Alberto
Castro, Londres
Por
mais que não simpatize com ele (suas políticas) não posso deixar de reconhecer
naquele a quem Mário Soares etiquetou de ''cherne de águas profundas'' a
marcação de uns pontos na minha consideração. Poucos são os políticos europeus
com coragem suficiente para dizer na cara dos britânicos que a sua influência
na política global seria ZERO fora da UE. Disse-o sem observar princípios
sensíveis da diplomacia, não como português (julgo que não se atreveria) mas na
qualidade de presidente cessante da Comissão Europeia, frisando fazê-lo sem
problema porque agora sentia-se um ''homem livre''.
A bravata aconteceu no influente programa televisivo matutino dominical de análise política da BBC, ''The Andrew Marr Show'', conduzido pelo jornalista do mesmo nome, antigo editor de política da emissora. Dizer na cara dos brits, orgulhosos de resquícios do seu império como a Commonwealth e sendo ainda um dos cinco países com assente permanente no Conselho de Segurança da ONU, que são insignificantes fora da UE é arranjar bronca da forte.
A bravata aconteceu no influente programa televisivo matutino dominical de análise política da BBC, ''The Andrew Marr Show'', conduzido pelo jornalista do mesmo nome, antigo editor de política da emissora. Dizer na cara dos brits, orgulhosos de resquícios do seu império como a Commonwealth e sendo ainda um dos cinco países com assente permanente no Conselho de Segurança da ONU, que são insignificantes fora da UE é arranjar bronca da forte.
Durão
Barroso falou ainda sobre o polêmico tema da imigração urgindo políticos
britânicos pró-Europa a ter um discurso mais positivo sobre o assunto e a
fincar a inegociabilidade do principio de livre circulação de pessoas e bens no
espaço comunitário que o Reino Unido quer limitar. Disse ainda que não serão
aceites por Bruxelas as propostas dos Conservadores visando a criação de um
teto de imigrantes europeus.
As
declarações de Barroso provocaram autênticas ondas de reações. São manchete em
jornais e notícia de abertura de telejornais ainda hoje, um dia após ter feito
as mesmas, e motivo de várias análises de políticos e comentadores britânicos.
Destaca o The Guardian que Cameron já reagiu dizendo à DB que ''está
interessado no que querem os britanicos e não no que pensa a Comissão''.
*Jornalista
freelance e colunista
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em Notícias ao Minuto, da Lusa
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