Mais
de 90% dos donativos que o Centro Português para a Cooperação (CPPC) recebeu,
Organização Não Governamental fundada, entre outros, por Pedro Passos Coelho e
ligada à Tecnoforma, destinou-se ao pagamento a colaboradores, adianta a edição
desta sexta-feira do Diário de Notícias.
Primeiro,
Pedro Passos Coelho esqueceu-se. Ao sétimo dia, Pedro Passos Coelho lembrou-se.
Falamos das alegadas verbas que o primeiro-ministro terá recebido das mãos da
Tecnoforma quando supostamente era deputado em regime de exclusividade.
Ora,
depois de um lapso de memória, o chefe do Governo afirmou perante o Parlamento
que o dinheiro que havia embolsado apenas dizia respeito a despesas de
representação. Por que levou uma semana a recordar-se, ficou por esclarecer.
Mas
o polémico caso promete ainda dar que falar. A edição de hoje do Diário de
Notícias avança que a ONG adstrita à Tecnoforma, que teve em Passos Coelho um dos
seus fundadores, aplicava mais de 90% dos donativos a pagar aos colaboradores.
De
acordo com o Relatório e Contas relativo ao ano de 1998 do Centro Português
para a Cooperação (CPPC), dos 15.600 contos (75,8 mil euros) encaixados, 14.542
contos (72 mil euros) serviram para remunerar colaboradores, indica a mesma
publicação.
Isto,
quando as despesas com pessoal se haviam fixado em zero e em 3.200 contos (16
mil euros) nos dois anos anteriores.
Saliente-se
que o caso Tecnoforma ‘rebentou’ com uma denúncia assinada de forma lacónica
por ‘Vasco’, que dava conta do pagamento de 150 mil euros a Pedro Passos
Coelho, que nunca teriam sido declarados pelo então deputado da Assembleia da
República. O líder do Executivo viria, então, a admitir ter recebido despesas
de representação por parte daquela empresa, sem no entanto clarificar o valor
em causa.
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Assunção Esteves rejeita pedido de acesso a documentos de Passos
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