Díli,
08 out (Lusa) - A Organização Mundial de Parlamentos Contra a Corrupção, que
Timor-Leste integrou em 2010, lançou hoje em Díli, capital timorense, uma
campanha para sensibilizar a população para o combate àquela prática.
"A
campanha vai consistir na consciencialização da sociedade para o combate à
corrupção", afirmou à agência Lusa o deputado Francisco Branco, presidente
do Conselho Executivo da organização em Timor-Leste.
Segundo
o deputado da Fretilin (Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente), a
campanha vai ser feita através do envio de mensagens para os telemóveis dos
cidadãos, com o apoio de duas operadoras de telecomunicações do país, e de
publicidade institucional, que vai passar na Rádio Televisão de Timor-Leste.
"Esta
é uma questão de todos nós e temos de reconhecer que a sociedade é permissiva
com a corrupção. A campanha é essencialmente para mudar as mentalidades para
que todos cooperem na prevenção da corrupção", disse o deputado.
Segundo
o Índice da Corrupção Percecionada de 2013 divulgado pela Transparência
Internacional, Timor-Leste estava na 119ª posição do ranking com 30 pontos,
numa escala em que zero revela um país percecionado como altamente corrupto e
100 um país percecionado como muito transparente.
"É
um país novo com instituições recentes e ainda com quadros legais a
completarem-se", afirmou Francisco Branco.
O
deputado salientou, contudo, que o Estado de Timor-Leste já "fez algo que
muitos países fazem".
"Em
12 anos (Timor-Leste restaurou a independência em 2002) já levamos muitos
ex-ministros a tribunal e muitos foram julgados e condenados. O que é um ato de
muita coragem", sublinhou.
MSE
// PJA - Lusa
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