terça-feira, 25 de novembro de 2014

China: Pelo menos 12 detidos durante remoção de barricadas em Hong Kong




Hong Kong, China, 25 nov (Lusa) -- Pelo menos 12 pessoas foram detidas hoje durante a remoção de barricadas em Mong Kok, uma das zonas ocupadas pelos protestos pró-democracia na região chinesa de Hong Kong, palco de tensão e confrontos entre polícia e manifestantes.

Centenas de agentes tentavam controlar um troço de uma rua há cinco horas.

No início da operação, os manifestantes, à semelhança de outras ocasiões, não ofereceram resistência, apesar de continuarem a entoar palavras de ordem como "queremos sufrágio universal".

Contudo, à medida que a operação avançava, a tensão foi aumentando.

Os confrontos intensificaram-se depois das 15:00 locais (07:00 em Lisboa), quando a polícia lançou a última advertência para que os manifestantes desimpedissem 100 metros de uma rua do bairro densamente povoado de Mong Kok.

A remoção de hoje obedece a uma ordem judicial do Tribunal Superior de Hong Kong, que ditou a autorização da assistência da polícia na eliminação das barreiras de uma das ruas tomadas pelos manifestantes no bairro de Mong Kok.

Esta decisão surgiu na sequência de uma ação interposta por grupos de taxistas e uma empresa de autocarros que alegaram que os seus negócios estavam a sofrer com a interrupção do tráfego na zona.

Yvonne Leung, da Federação de Estudantes, disse à estação de televisão RTHK que os agentes não deram informação suficiente sobre a operação. "O mapa que nos mostraram não especificava exatamente que zonas vão ser desimpedidas", criticou.

O chefe do Executivo de Hong Kong, CY Leung, já expressou confiança no trabalho da polícia e dos oficiais de justiça na remoção das barricadas.

Em comunicado, a polícia alertou que tomará medidas contra quem obstruir o trabalho de remoção das barricadas das ruas ou tiver um comportamento violento para com os agentes.

Na semana passada, as autoridades avançaram com o desimpedimento numa zona de Admiralty, de acordo com uma ordem do tribunal que autorizou a retirada das barricadas.

Os manifestantes pró-democracia ocupam há mais de sete semanas algumas das principais ruas da cidade em protesto contra a decisão do Governo da China de pré-selecionar os candidatos a chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong.

Pequim autorizou que a população de Hong Kong escolha por sufrágio universal o seu líder que, no entanto, será alvo de uma pré-seleção por um comité.

DM (ISG) // PNG

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