Hong
Kong, China, 25 nov (Lusa) -- Pelo menos 12 pessoas foram detidas hoje durante
a remoção de barricadas em
Mong Kok , uma das zonas ocupadas pelos protestos pró-democracia
na região chinesa de Hong Kong, palco de tensão e confrontos entre polícia e
manifestantes.
Centenas
de agentes tentavam controlar um troço de uma rua há cinco horas.
No
início da operação, os manifestantes, à semelhança de outras ocasiões, não
ofereceram resistência, apesar de continuarem a entoar palavras de ordem como
"queremos sufrágio universal".
Contudo,
à medida que a operação avançava, a tensão foi aumentando.
Os
confrontos intensificaram-se depois das 15:00 locais (07:00 em Lisboa), quando
a polícia lançou a última advertência para que os manifestantes desimpedissem 100 metros de uma rua do
bairro densamente povoado de Mong Kok.
A
remoção de hoje obedece a uma ordem judicial do Tribunal Superior de Hong Kong,
que ditou a autorização da assistência da polícia na eliminação das barreiras
de uma das ruas tomadas pelos manifestantes no bairro de Mong Kok.
Esta
decisão surgiu na sequência de uma ação interposta por grupos de taxistas e uma
empresa de autocarros que alegaram que os seus negócios estavam a sofrer com a
interrupção do tráfego na zona.
Yvonne
Leung, da Federação de Estudantes, disse à estação de televisão RTHK que os
agentes não deram informação suficiente sobre a operação. "O mapa que nos
mostraram não especificava exatamente que zonas vão ser desimpedidas",
criticou.
O
chefe do Executivo de Hong Kong, CY Leung, já expressou confiança no trabalho
da polícia e dos oficiais de justiça na remoção das barricadas.
Em
comunicado, a polícia alertou que tomará medidas contra quem obstruir o
trabalho de remoção das barricadas das ruas ou tiver um comportamento violento
para com os agentes.
Na
semana passada, as autoridades avançaram com o desimpedimento numa zona de
Admiralty, de acordo com uma ordem do tribunal que autorizou a retirada das
barricadas.
Os
manifestantes pró-democracia ocupam há mais de sete semanas algumas das
principais ruas da cidade em protesto contra a decisão do Governo da China de
pré-selecionar os candidatos a chefe do Executivo da Região Administrativa
Especial de Hong Kong.
Pequim
autorizou que a população de Hong Kong escolha por sufrágio universal o seu
líder que, no entanto, será alvo de uma pré-seleção por um comité.
DM
(ISG) // PNG
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