Filipe
Nyusi será o primeiro chefe de Estado que não será, simultaneamente, presidente
da Frelimo.
Ramos Miguel
– Voz da América
Analistas
dizem que a influência que o presidente da Frelimo Armando Guebuza detém no
actual quadro político moçambicano e o ascendente que o mesmo terá sobre o seu
substituto, fazem prever que o recém-eleito Presidente da República, Filipe
Nyusi, poderá ter um papel secundarizado na liderança do país.
Filipe
Nyusi será o primeiro chefe de estado que não será, simultaneamente, presidente
da Frelimo, e analistas dizem que se ele quiser afastar-se da presidência do
partido ficará muito fragilizado.
Lázaro
Mabunda, analista afecto ao Centro de Integridade Pública(CIP), diz que o facto
de Filipe Nyussi não ser presidente da Frelimo significa que ele vai ficar
fragilizado.
Segundo
Mabunda, o presidente do partido dirige a comissão política "e é esta que
aprova o Governo e toma decisões importantes sobre a vida da nação, pelo que,
se Nyusi se afastar do presidente da Frelimo fica muito fragilizado".
Por
seu turno, o analista político Luís Loforte recordou que no período que
precedeu as eleições de Outubro findo, a sociedade fez violentas críticas á
Frelimo, e não acredita que Nyusi venha a ser surdo em relação a essas
críticas.
Referiu
que ao longo da sua campanha, Nyusi recuperou muitos aspectos dessas críticas,
" e isso "e sinal de que ele não poderá, no futuro, virar as costas
áquilo que eram as substâncias dessas críticas".
Luís
Loforte disse que um desses erros foi a excessiva ostentação de um poder
pessoal "mas ostentação através da acumulação, através da exibição e
através do excessivo culto à riqueza".
O
analista Faustino Caetano Mondlane afirmou também esperar que Filipe Nyusi
consiga encorajar os líderes da Frelimo a deixarem de acumular fortunas
pessoais com fundos resultantes da exploração de recursos naturais.
Sem comentários:
Enviar um comentário