Hong
Kong, China, 02 dez (Lusa) -- O líder do Partido Cívico, Alan Leong, disse hoje
que o campo pró-democrata não se vai entregar à polícia ou retirar do movimento
em Hong Kong ,
depois de os líderes do 'Occupy Central' anunciarem que se vão entregar às
autoridades.
Alan
Leong reagia assim ao anúncio feito hoje pelos três fundadores do "Occupy
Central", movimento de desobediência civil formado no início de 2013 para
pressionar reformas políticas, mas que nas últimas semanas assumiu uma posição
mais discreta à medida que os estudantes foram radicalizando as suas ações, no
âmbito dos protestos pelo sufrágio universal pleno na antiga colónia britânica.
Alan
Leong disse respeitar a decisão dos organizadores do 'Occupy Central', mas
afirmou que "o Partido Cívico não vai seguir os seus passos".
"Nós
não nos vamos retirar do movimento dos guarda-chuvas até que fique clara a
direção que este vai tomar", disse Leong, citado pela Rádio e Televisão
Pública de Hong Kong (RTHK).
"Tanto
quanto sei, a maioria do campo pró-democrata está a assumir uma posição
idêntica", acrescentou.
Em
meados de outubro, o membro do Partido Cívico Ken Tsang foi espancado em
Admiralty, epicentro dos protestos pró-democracia, junto à sede do Governo,
tendo as imagens sido captadas pela estação de televisão de Hong Kong TVB.
Sete
agentes da polícia de Hong Kong foram, na semana passada, detidos por agressão,
no âmbito da alegada violência policial contra Tsang.
Os
manifestantes pró-democracia contestam uma decisão de Pequim que limita o
sufrágio universal naquele território.
O
Governo central chinês insiste que os candidatos a chefe do executivo em 2017
devem ser pré-selecionados por um comité, condição rejeitada pelos
manifestantes.
O
número de pessoas nas ruas diminuiu significativamente desde o final de
setembro, mas os ativistas mantiveram dois locais de protesto: Admiralty, junto
ao complexo governamental, e outro de menor dimensão no distrito comercial de
Causeway Bay.
FV
// VM
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