Macau,
China, 26 jan (Lusa) - A Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas
de Macau (APOMAC) está preocupada com o impacto da queda do euro em cerca de
1.300 antigos trabalhadores da administração portuguesa que residem no
território.
"[A
queda] vai afetar os aposentados que transferiram as suas pensões para
Portugal, o câmbio pode prejudicar todos os que residem em Macau", disse à
agência Lusa, o presidente da associação, Francisco Manhão.
O
euro atingiu hoje mínimos de 11 anos face ao dólar, após ter sido conhecido que
o partido anti-austeridade Syriza obteve uma vitória clara nas eleições gerais
na Grécia.
Em
relação à moeda de Macau, um euro vale hoje 8,9 patacas, mas a descida ainda
não afetou os rendimentos dos pensionistas, já que o mês de janeiro que foi
pago no dia 20, quando o câmbio se fixava em 9,2 patacas, e Francisco Manhão
acredita que a maioria dos antigos funcionários públicos já converteu o dinheiro.
Segundo
o presidente da APOMAC, o valor das pensões só sofre alterações se o câmbio se
fixar abaixo das nove patacas.
Se
a tendência de descida de mantiver, a associação pretende agir. "Estamos
muito atentos e estamos a pensar adotar medidas para compensar", afirmou
Francisco Manhão, remetendo mais pormenores para dia 04 de fevereiro, quando a
associação vai reunir para tomar uma decisão.
Atualmente,
há cerca de 1.300 reformados da antiga administração a residir em Macau que
recebem as suas pensões através de Portugal. Segundo o presidente da APOMAC, as
pensões variam entre 300 euros (pensões de sobrevivência) e 4.000 euros, sendo
que a maioria oscila entre os 2.000 e os 3.500 euros.
ISG
(IM) // JCS
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