quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Moçambique: RENAMO RECORRE HOJE AOS BOICOTES, AMANHÃ NÃO SABEMOS




Renamo boicota tomada de posse

Os eleitos da Renamo boicotaram hoje a tomada de posse da Assembleia Provincial de Manica, centro de Moçambique, mas o MDM usou o seu voto decisivo para viabilizar a constituição do órgão.

A assembleia provincial tem 80 deputados. Destes, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) tem 39 eleitos e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) tem um deputado.

"Fiz um voto de consciência em respeito a vontade do eleitorado" declarou à Lusa Domingos Soqueires, eleito do MDM, à saída da cerimónia de tomada de posse, adiantando que a sua "espectativa é de ver o órgão constituído completamente nos próximos dias".

Os eleitos da Renamo pelos 10 círculos da província de Manica não estiveram presentes, em resposta aos apelos do seu líder, Afonso Dhlakama, que rejeita os resultados eleitorais, validados na semana passada pelo Conselho Constitucional, e exige um governo de gestão.

Em declaração hoje à Lusa, Sofrimento Matequenha, delegado político da Renamo em Manica, disse que a ausência está relacionada com a "reivindicação dos resultados eleitorais" e os membros daquela formação política "deverão, em princípio, tomar posse depois de um entendimento político com o Governo".

Moçambique realizou as segundas eleições multipartidárias das assembleias provinciais e as quintas eleições legislativas e presidenciais a 15 de outubro passado, cujos resultados proclamados dão vitória à Frelimo e ao seu candidato presidencial Filipe Nyusi, colocando a Renamo e o seu líder, Afonso Dhlakama em segundo lugar e o MDM e o seu presidente, Daviz Simango em terceiro lugar.

Em contacto com a imprensa, após sua investidura, Rosita Lubrino, a presidente eleita da Assembleia provincial de Manica para este mandato, disse que espera a situação fique resolvida nos próximos 30 dias.

Para este mandato, a responsável considera que o maior desafio do órgão é a construção de um novo edifício.

Entretanto, a cerimónia, que decorreu num palco aberto numa das ruas da cidade, foi marcada por fortes medidas de segurança.

Lusa, Notícias ao Minuto

Renamo inviabiliza constituição de assembleias em três províncias

O boicote da Renamo à cerimónia de tomada de posse nas assembleias provinciais de Sofala, Tete e Zambézia, centro de Moçambique, inviabilizou" hoje as primeiras sessões dos órgãos, por não reunirem quórum para deliberar.

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, elegeu 45 dos 82 membros, contra 30 da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder desde 1975) e sete do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força politica, da Assembleia provincial de Sofala, centro de Moçambique, seu tradicional bastião militar e político, contra apenas um membro no anterior mandato, devendo eleger o presidente e vice-presidente, para o órgão funcionar e deliberar validamente.

"Não podemos constituir os órgãos de direção da assembleia provincial de Sofala com ausência da Renamo", declarou Manuel Ramissane, presidente cessante, eleito pela Frelimo, que dirigiu a cerimónia na Beira, Sofala, informando o "adiamento da sessão para uma data a anunciar".

O mesmo cenário repetiu-se em Tete, onde a Renamo ficou com 42 membros para o órgão, contra 37 da Frelimo e três do MDM, não reunindo os últimos dois, poderes para decidir. Já na Zambézia, o maior círculo eleitoral de Moçambique, a Renamo elegeu 51 membros dos 92 mandatos, cabendo à Frelimo 37 lugares e quatro ao MDM.

Os 294 membros da Renamo eleitos para as 10 assembleias provinciais moçambicanas não tomaram parte na cerimónia de investidura, realizada em simultâneo em todas as capitais provinciais, em cumprimento de uma diretiva da última sessão da Comissão Política do partido, realizada em dezembro na Gorongosa.

Moçambique realizou as segundas eleições multipartidárias das assembleias provinciais e as quintas eleições legislativas e presidenciais a 15 de outubro passado, cujos resultados proclamados dão vitória à Frelimo e ao seu candidato presidencial Filipe Nyusi, colocando a Renamo e o seu líder, Afonso Dhlakama, em segundo lugar e o MDM e o seu presidente, Daviz Simango, em terceiro lugar.

Os dois partidos da oposição rejeitam os resultados eleitorais, estando a Renamo a exigir a formação de um Governo de Gestão, como solução para a alegada fraude que ocorreu nas eleições gerais.

Entretanto, Manica foi a única província do centro de Moçambique que formou hoje a Assembleia provincial, com um voto decisivo do MDM, que viabilizou a constituição e legitimou o órgão, após ausência da Renamo.

Lusa, Notícias ao Minuto

*Título PG

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