Sydney, Austrália,
05 abr (Lusa) -- A polícia australiana deteve hoje um antigo sindicalista e
dirigente regional do Partido Trabalhista no seu regresso à Austrália, depois
de ter combatido ao lado das milícias curdas contra o grupo estado islâmico na
Síria, informou a imprensa local.
Matthew Gardiner,
de 43 anos, que saiu da Austrália no início do ano, foi detido esta manhã no
aeroporto de Darwin, no norte do país, após regressar do Médio Oriente via
Estocolmo e Singapura, segundo a estação de televisão ABC.
Gardiner, que
serviu como engenheiro no exército australiano na Somália nos anos 1990, foi
demitido da presidência da filial do Partido Trabalhista no Território Norte e
a sua militância foi suspensa após ter saído do país, indicou o partido.
Um porta-voz do
Procurador-Geral disse que os australianos estão proibidos de apoiar qualquer
grupo armado na Síria, incluindo as milícias curdas e que combater no
estrangeiro pode ser punido até com pena perpétua na Austrália.
"Sabemos que
há australianos que acreditam estar a tomar a decisão correta ao envolverem-se
em conflitos no estrangeiro, mas isto só agrava o sofrimento na Síria e no
Iraque e coloca esses australianos em perigo", disse o porta-voz.
O Governo estima
que 110 australianos saíram do país para se juntarem à luta do estado islâmico,
cerca de 20 dos quais terão morrido em combate, enquanto outros 400 são
vigiados pelas forças de segurança do país oceânico.
FV // MSF
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