Na
semana em que vai ser conhecido o relatório preliminar da Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) ao colapso do Banco Espírito Santo, a TSF avança com as
principais conclusões das mais de trezentas horas de audições. A jornalista Ana
Catarina Santos analisa os dados relativos ao braço angolano do império
Espírito Santo, o BESA (BES Angola), cruza os depoimentos prestados na CPI,
verifica os documentos, os relatórios e as auditorias sobre o tema e apresenta
as principais conclusões que levaram ao colapso do BESA.
Este
é, porventura, o bloco mais blindado e opaco de todo o caso BES/GES, tendo em
conta que quase todos os depoentes invocaram o segredo de justiça, o sigilo
bancário angolano ou até o segredo pessoal para se recusarem a responder às
questões.
O
BESA foi, pode dizer-se, a pedra amarrada ao pé que atirou o BES para o fundo
do abismo.
Pelos
factos apurados na Comissão Parlamentar de Inquérito e pela vasta prova
documental, pode afirmar-se que a exposição do BES ao BESA atingia níveis
excessivos. A totalidade do montante de crédito mal parado ou crédito que
inspirava dúvidas, além do investimento em dívida soberana de Angola,
representavam cerca de 80% da carteira de crédito do BESA - um rombo gigante a
rondar os 5.700 milhões de euros, que levou ao pedido de ajuda do BES ao Estado
Angolano através de uma garantia soberana autorizada por José Eduardo dos
Santos.
Neste
dossier especial é analisada a relação entre Ricardo Salgado e o empresário
angolano Álvaro Sobrinho e procuramos seguir as pistas que possam esclarecer
qual o destino do dinheiro dos empréstimos do BESA.
É
ainda analisada a actividade da ESCOM, as comissões pagas pelo negócio dos
submarinos via ESCOM, a ligação da ESCOM e do BESA ao sector imobiliário e da
construção civil em Angola, e qual o papel do empresário José Guilherme, que
terá oferecido uma prenda - liberalidade - de 14 milhões de euros a Ricardo
Salgado.
Esta
quarta-feira, 13 de Abril, na terceira parte deste dossier especial, a
Jornalista Ana Catarina Santos procura explicar como a queda do BESA levou à
queda do BES. Ou vice-versa.
A
reportagem "Anatomia da queda do Império - o BESA", é da autoria da
jornalista da TSF Ana Catarina Santos, a sonoplastia é de João Félix Pereira.
As
Jornalistas Ana Catarina Santos e Judith Menezes e Sousa acompanharam em
permanência esta que foi a mais mediática das Comissões de Inquérito.
A
TSF sintetiza o essencial de seis meses de trabalho, trezentas horas de
audições levadas a cabo por vinte e três Deputados, de todos os Partidos
Políticos, resistentes às longuíssimas maratonas de trabalho. Cinquenta e cinco
testemunhos presenciais, dezasseis depoimentos por escrito, oito mil páginas de
transcrições, centenas de auditorias, relatórios, documentos, cartas, etc. numa
Comissão de Inquérito histórica à procura da verdade, em que nunca houve apenas
uma verdade. Um trabalho sobre a anatomia da queda de um dos maiores Bancos
portugueses e do império Espírito Santo com mais de 150 anos.
Um
trabalho de Ana Catarina Santos com sonoplastia de João Félix Pereira
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