quarta-feira, 8 de abril de 2015

Portugal - PCP. DOS “ARRANJINHOS” DE COSTA ÀS DÚVIDAS DAS ELEIÇÕES NA MADEIRA




Jerónimo considera "interessante" Costa rejeitar "arranjinhos"

O secretário-geral do PCP considerou hoje "interessante" a declaração do líder do PS recusando "arranjinhos" para "prosseguir as mesmas políticas" de austeridade e prometeu apresentar as "grandes linhas programáticas" comunistas em maio.

"A afirmação é interessante. Resta saber o que o PS propõe para uma política alternativa e evitar esses 'arranjinhos'", afirmou Jerónimo de Sousa, após um encontro com membros da Organização dos Trabalhadores Científicos na sede comunista da rua Soeiro Pereira Gomes, em Lisboa.

O líder socialista tinha clarificado, na véspera em Almada, que "não haverá arranjinhos para, com outros protagonistas, prosseguir as mesmas políticas", acrescentando que, "apesar dos cortes nos salários, cortes nas pensões, cortes das despesas sociais, apesar do aumento da carga fiscal, a verdade é que as finanças públicas não estão melhores do que há quatro anos".

"Em termos de substância, daquilo que é fundamental e estratégico para o país, é preciso lembrar que o PS tem responsabilidades em governos anteriores por uma política, designadamente em relação à área da ciência e da tecnologia, que conduziu a esta situação dos bolseiros, em vez de uma carreira definida por estágio, formação e inclusão numa carreira harmoniosa e evolutiva. O PS abriu a porta e o Governo PSD/CDS arrombou-a", criticou o líder comunista.

Questionado sobre o programa eleitoral do PCP e com a data anunciada por Costa para apresentação de documento semelhante por parte do PS (06 de junho), Jerónimo de Sousa declarou que, "pelo menos as grandes linhas programáticas, já com sustentabilidade e algum desenvolvimento, serão apresentadas antes".

"Pensamos anunciar, talvez em maio, as grandes linhas de orientação programática, independentemente de depois, mais à frente, apresentarmos o programa em si mesmo", disse, esclarecendo que as medidas com que o PCP vai concorrer às legislativas têm vindo a estar "em construção", através de numerosos "encontros" com diversas entidades", para uma "política alternativa patriótica e de esquerda".

O secretário-geral do PCP voltou ainda a lamentar afirmações recentes do primeiro-ministro, Passos Coelho, em visita ao Japão, prevendo que Portugal venha a ser um dos países mais competitivos do mundo.

"Verifica-se um subfinanciamento sistemático. Na cabeça do primeiro-ministro está uma solução de competitividade assente em baixos salários e trabalho sem direitos", afirmou, defendendo a necessidade de apoio ao investimento na ciência e na tecnologia contra "o empobrecimento geral do país".

Lusa, em Notícias ao Minuto

PCP pede audição urgente do ISS por atraso na atribuição de pensões

O grupo parlamentar do PCP pediu hoje "com caráter de urgência" a audição da presidente do conselho diretivo do Instituto da Segurança Social, Mariana Ribeiro Ferreira, devido aos "atrasos muito significativos" na atribuição das pensões e outros problemas.

"Não são aceitáveis os elevados tempos de espera para a atribuição de uma pensão nem são aceitáveis as longas filas de espera para aceder ao atendimento presencial", diz o PCP, no requerimento hoje apresentado na comissão parlamentar de Segurança Social e Trabalho, onde está a ser ouvido o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares.

Durante a sua audição, Mota Soares já tinha afirmado que o tempo médio de atribuição de uma pensão é atualmente de 35 dias.

"Conseguimos reduzir para 35 dias o tempo médio de atribuição de uma pensão", afirmou.
Contudo, mesmo após as declarações do ministro, o PCP pediu a audição "urgente" de Mariana Ribeiro Ferreira afirmando ter informações "de enorme gravidade, relativas ao funcionamento do Centro Nacional de Pensões".

"De acordo com a informação recolhida, registam-se no centro Nacional de Pensões atrasos muito significativos nos processos de atribuição das pensões e outros problemas que configuram a negação de acesso à segurança social aos cidadãos e, portanto, se materializam numa verdadeira violação do direito constitucionalmente consagrado à segurança social", diz o documento.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Eleições/Madeira CDU: Rejeição do Ratton contribui para permanência de dúvidas

A CDU/Madeira afirmou hoje que a decisão do Tribunal Constitucional que indefere o recurso apresentado para a recontagem dos votos vem contribuir para que permaneça a dúvida sobre a fiabilidade dos resultados das eleições de 29 de março.

"A decisão do Tribunal Constitucional (...) de deliberar pela não realização de uma nova assembleia de apuramento geral irá contribuir para que as dúvidas existentes sobre os resultados eleitorais e a vontade popular expressa na votação do passado dia 29 de março se mantenham", pode ler-se no comunicado divulgado pela CDU/M.

No mesmo documento, esta força política sublinha que "nestas condições ficará para sempre a dúvida sobre a fidedignidade e a fiabilidade dos resultados apurados na Assembleia de Apuramento Geral".

No entender desta coligação, o TC ao optar pela não avaliação dos recursos apresentados "sonega assim a necessidade de garantir o apuramento da verdade" em matéria de atos eleitorais na região.

A CDU destaca também que apresentou o recurso solicitando a recontagem dos votos junto do Tribunal Constitucional (TC) para garantir uma "recuperação rigorosa e fiável da correspondência entre os votos expressos pelos eleitores e os constantes das atas das assembleias de voto e os resultados finais apurados".

No mesmo comunicado, a CDU/M considera que "esta é a atitude que corresponde à superior exigência de ver garantida a verdade eleitoral, face às situações que se verificaram em todo este processo", apontando que ocorreram múltiplos casos que "indiciam uma desconformidade entre os votos expressos e os resultados proclamados".

Classifica igualmente de "irregular e anómalo" o funcionamento da Assembleia de Apuramento Geral" que se realizou a 31 de março, que começou por retirar a maioria absoluta ao PSD para duas horas depois admitir um "erro" na atribuição dos mandatos, visto que o programa informático não havia levado em conta a votação da ilha do Porto Santo.

Na nota, a CDU refere ainda que a realização dessa assembleia ficou marcada pela "falta de condições físicas adequadas a uma operação desta importância e envergadura, o incumprimento dos critérios de pluralidade exigidos pelos princípios constitucionais e legais de direito eleitoral, e entraves vários colocados pelos membros da Assembleia de Apuramento Geral às atividades de fiscalização por parte dos representantes das candidaturas".

O TC indeferiu hoje todos os recursos relativos às eleições regionais na Madeira, incluindo os que pediam uma nova contagem dos votos, disse à Lusa fonte ligada ao processo eleitoral.

O Tribunal Constitucional (TC) indeferiu os cinco recursos interpostos por PSD, CDS-PP, CDU, MAS e Plataforma dos Cidadãos.

Desta forma, mantêm-se os resultados que garantem a eleição de 24 deputados e a maioria absoluta para o PSD.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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