segunda-feira, 13 de abril de 2015

Justiça. COOPERAÇÃO COM TIMOR-LESTE CONTINUA SUSPENSA



Sónia Graça - Sol

Seis meses depois de o Executivo de Xanana Gusmão ter expulsado sete magistrados portugueses, a cooperação na área da Justiça com Timor-Leste continua suspensa e alguns dos 12 portugueses que no início do ano ainda se encontravam naquele país já regressaram a Portugal.

Foi o caso de três inspectores da Polícia Judiciária - contratados pelo Instituto Camões ao abrigo do Programa de Justiça da União Europeia e que tinham como missão dar formação a dezenas de timorenses que irão integrar a nova polícia científica e de investigação criminal de Timor  - cujos contratos terminaram no passado dia 28 de Fevereiro. 

“Os recentes acontecimentos obrigaram-nos, naturalmente, a proceder a uma reavaliação da cooperação na área da Justiça, que se encontra suspensa exactamente para essa reavaliação” - disse ao SOL fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros, ressalvando que Portugal não quer “abandonar uma perspectiva de longo prazo”, pois há “interesse numa cooperação profícua e sectorialmente diversificada com Timor”.

Nove funcionários portugueses ainda permanecem no país, mas voltarão no final deste ano, quando terminarem os respectivos contratos. Por outro lado, os 10 timorenses (entre eles dois juízes) que se encontravam em Portugal, ao abrigo de acordos de cooperação bilateral e multilateral, já regressaram ao seu país no final do ano passado, uma vez que a formação terminou nessa altura. 

Originalmente, Timor contou com a colaboração de 32 portugueses nesta área, mas tudo mudou quando em Outubro do ano passado o Executivo de Xanana Gusmão expulsou sete juízes.  

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