O
político de direita que planeou o assassinato de um herói anti-apartheid
sul-africano obteve liberdade condicional por motivos médicos nesta
sexta-feira, o que anulou uma decisão anterior do ministro da Justiça de
bloquear a sua saída da prisão.
Clive
Derby-Lewis, político de extrema direita que planeou o assassinato do líder do
Partido Comunista Chris Hani em 1993, numa tentativa de desencadear uma guerra
racial, cumpria pena de prisão perpétua pelo assassinato.
Derby-Lewis
foi diagnosticado com um cancro e requereu a liberdade condicional. Mas o
ministro da Justiça, Michael Masutha, negou o pedido em Janeiro pelo fato do
seu cancro estar no estágio 3, e não no estágio 4, um pré-requisito para que
seja considerada a liberdade condicional médica. Ele, então, pediu à Justiça
que reavaliasse a decisão do ministro, e teve o seu pedido acatado.
Derby-Lewis
escapou da pena de morte porque foi abolida no país e já estava há 20 anos na
prisão. O assassinato de Hani pôs em risco a transição da África do Sul de um
governo de minoria branca para uma democracia multirracial, já que deu origem a
distúrbios em todo o país e provocou temores de uma guerra civil.
Verdade
(mz) com agências
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