Jerónimo
de Sousa já reagiu à apresentação do programa do PS.
O
secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa falou sobre as propostas de redução
de impostos prometidas pelo PS, PSD e CDS, segundo o Jornal de Negócios.
“O
atual Governo anunciou um novo corte de 600 milhões de euros nas pensões e
reformas para 2016. Por seu turno, o PS prepara-se para aprofundar a sua
contra-reforma da Segurança Social de 2007, envolvendo agora também a redução
da TSU para as empresas, tal como PSD e CDS, e que, ao contrário do que se vem
propalando, e mantém no seu projeto de programa eleitoral como uma medida a
implementar a prazo. Aqui o recuo foi: 'não sendo para já, será mais à frente”,
declarou.
Jerónimo
de Sousa classificou, por isso, as propostas do programa do PS de “perigosas” e
reveladoras de “algum ziguezague”.
“Esta
medida vai significar ainda maior fragilização do modelo de financiamento do
regime previdencial e a aposta na redução do valor das reformas”, garante e
acrescenta que “bem podem PS e PSD/CDS-PP alimentar artificiais diferenças,
juras de discordância de fundo, mas, como diz o nosso povo: quanto mais juram
mais mentem”.
O
líder comunistas recordou ainda o tempo em que o Governo foi liderado por
Sócrates, em que “dava o sinal de partida para as profundas restrições ao
acesso a prestações sociais não contributivas e a outros apoios sociais
dependentes da verificação da condição de recursos e ainda quanto à proteção no
desemprego", algo "obviamente aprofundado pelo atual Governo
PSD/CDS-PP, que continuou a cruzada de redução de direitos sociais, substituindo-os
por medidas assistencialistas assentes no fornecimento de refeições em
cantinas, uma espécie de sopa dos pobres".
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