sábado, 6 de junho de 2015

“Lesados do BES”. Roubados com o aval de Cavaco, do governo e do Banco de Portugal




Sentem-se roubados. Com o aval de Cavaco Silva, do governo e do Banco de Portugal. Entram em desespero e a revolta é imensa. Manifestam-se com uma réstia da paciência que em alguns ainda existe mas em outros não. São os “lesados do BES”. Mais propriamente os roubados do BES. 

Dir-se-à que roubados estão a ser quase todos os portugueses. Com o aval do presidente da República e do governo. Mas o povo é sereno. É a sorte dos que roubam os portugueses e Portugal. No caso dos “lesados do BES” é que a serenidade se esgotou e estão a protestar em crescendo com a legitimidade que em país democrático reconheceria a ilegitimidade daqueles que juraram cumprir e fazer cumprir a Constituição mas que afinal a rasgam e, quem sabe, fazem dela o mesmo uso que dão ao papel higiénico. Se assim não acontece... parece.

Redação PG

Lesados do BES tentam passar cordão policial junto à residência oficial do PM



Cerca de uma centena de lesados do papel comercial vendido aos balcões do BES tentaram hoje derrubar as grades de um cordão policial junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.

Os manifestantes queixavam-se do calor no local onde estavam acantonados pela polícia e de estarem longe da residência oficial de Pedro Passos Coelho.

A polícia impediu os manifestantes de remover as barreiras que tinham sido colocadas, mas durante a confusão houve bastonadas e algumas pessoas foram retiradas e imobilizadas pelas autoridades.

Os confrontos duraram poucos minutos mas manteve-se um ambiente de tensão durante mais algum tempo. Os ânimos acalmaram e, entretanto, pelo menos dois dos manifestantes encaminharam-se para a residência oficial de Passos Coelho.

A agência Lusa refere pelo menos dois feridos.

Os manifestantes encontraram-se hoje de manhã frente à sede do Novo Banco, na Avenida da Liberdade, e percorreram a pé as ruas de Lisboa até São Bento, a residência oficial de Pedro Passos Coelho, passando pela sede do PS, no Largo do Rato.

TSF/Lusa



Lesados do BES cortam Avenida da Liberdade

Os lesados em papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) vendido aos balcões do Banco Espírito Santo (BES) voltaram hoje a manifestar-se junto à sede do Novo Banco, em Lisboa, e cortaram a Avenida da Liberdade.

Os manifestantes, cerca de duas centenas, gritaram palavras de ordem contra o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha.

"Carlos Costa: A desgraça dos pequenos e a frouxidão com as grandes burlas" e "Passos Coelho: Executa a provisão ou demissão", eram algumas das palavras de ordem exibidas nos cartazes.

Os lesados vão ainda esta tarde dirigir-se à residência oficial do primeiro-ministro, o Palácio de São Bento, em Lisboa.

Margarida Diniz, uma das lesadas do papel comercial, disse à agência Lusa que os lesados vão "continuar a lutar" pela causa, mesmo após a venda do Novo Banco. "Temos de mostrar ao novo comprador que se quer clientes no seu banco tem de assumir os erros dos outros", acrescentou.

Já Alfredo Rui, outro dos lesados, referiu que quer o seu dinheiro "que está no banco há cinquenta anos". "Considero-me enganado pelos gestores do banco porque foram eles que foram a minha casa", disse, adiantando que se não for restituído do dinheiro "isto vai acabar muito mal".

São cerca de 2.500 os clientes do Novo Banco com papel comercial do GES no montante total de 527 milhões de euros.

A 3 de agosto de 2014, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

TSF - Lusa

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