Mário Motta, Lisboa
Os
familiares dos presos políticos que se opõem ao regime angolano perspetivam
manifestar-se hoje em Luanda, apesar da proibição do regime. Não será difícil antever
que a repressão policial cairá sobre as mães, irmãs, outros familiares e amigos
dos presos políticos. Logo, pelo final do dia, já saberemos a quantidade de
detidos e de feridos que serão, uma vez mais, vítimas da repressão ao modo
salazarista e colonialista do regime chefiado por José Eduardo dos Santos.
Do
jornal Rede Angola respigamos alguns parágrafos que publicou ontem e que aqui
no PG no título Parentes
de activistas confirmam marcha no dia 28 apesar da oposição do Governo reproduzimos
integralmente.
Do
Rede Angola:
“Após
65 dias de detenção, os jovens do denominado Movimento Revolucionário enfrentam
muitos problemas de saúde, alguns a recomendar muitos cuidados médicos.”
As
mães: “Nós estamos preparadas para a manifestação do dia 28 e por isso convido
outras mães a nos ajudarem a libertar os nossos filhos”, pediu."
É
hoje. De que tem medo o regime angolano? Não entende que está a definhar tal
qual o salazarismo e o colonialismo. Que está a trair os propósitos e ideologia
que foram o motor da luta contra o fascismo colonial português?
Nesse
tempo, recuando pouco mais de 40 anos, Portugal e as colónias eram para
usufruto e roubo de meia-dúzia de famílias do regime salazarista. Atualmente,
talvez pouco mais de meia-dúzia de outras famílias usufruem e roubam o que
pertence a todos os angolanos, negando-lhes a liberdade, a justiça, a
democracia, a igualdade, a dignidade de viverem numa sociedade igualitária e
justa.
Isto
é traição aos heróis angolanos que tombaram numa guerra de décadas. Afinal o
fascismo e o colonialismo servem de modelo a uns quantos traidores que em
Angola se desviaram do rumo que deu origem à luta de libertação de todos os
angolanos. Haja justiça, já que não há decência nem vergonha!
Imagem
reproduzida de Folha 8
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