Organização
de defesa dos jornalistas pede investigação eficiente
Voz
da América
O
Comité de Protecção de Jornalistas(CPJ) condenou o assassinato esta
sexta-feira, 28, do jornalista moçambicano Paulo Machava em pleno coração de
Maputo.
"Estamos
consternados com o vergonhoso assassinato de Paulo Machava e apelamos às
autoridades a investigarem o crime de forma eficiente, identificar o
motivo e processar os assassinos", disse Sue Valenine, coordenadora
do deoartamento de África da organização de defesa da liberdade de
imprensa e dos jornalistas.
Valentine
considera que "o assassinato de Machava não pode ter lugar num país que se
esforça para construir uma democracia duas décadas depois do fim de um conflito
civil"
O CPJ lembra ter documentado, desde 1992, o assassinato de apenas um jornalista em Moçambique relacionado com a sua actividade profissional.
O CPJ lembra ter documentado, desde 1992, o assassinato de apenas um jornalista em Moçambique relacionado com a sua actividade profissional.
Em
Novembro de 2000, Carlos Cardoso, editor do boletim diário Metical, foi
assassinado a tiros em Maputo após ter publicado uma investigação sobre
uma suposta corrupção num importante banco moçambicano.
Em
2003, seis homens foram condenados pelo assassinato.
"O
filho do ex-presidente Joaquim Chissano foi acusado como autor intelectual, mas
morreu antes do julgamento", lembra o Comité de Protecção de Jornalista
com sede em Nova Iorque.
Paulo
Machava, foi assassinado a tiro, na manhã desta sexta-feira, na cidade de
Maputo.
Os
seus familiares confirmaram à imprensa local que Machava foi baleado
mortalmente na avenida Agostinho Neto, centro da cidade, quando fazia os seus
habituais exercícios físicos.
Testemunhas
disseram que os assassinos faziam-se transportar numa viatura branca, de
onde dispararam cinco tiros contra o jornalista, antes de fugir.
A
polícia investiga o caso e já anunciou não possuir pistas.
Na
foto: Paulo Machava, jornalista moçambicano
Nota
PG
Vários
são os assassinatos de índole político-social que vitima jornalistas em
Moçambique. Curiosamente, ou tristemente, a tónica é quase sempre a mesma: “a
polícia anunciou não possuir pistas”. Muito mais haveria a citar de memória mas
nem será preciso porque os moçambicanos sabem muito bem que urge acabar de vez
com a mortandade de jornalistas e outros que visam no seu trabalho, no seu
ativismo, construir um Moçambique melhor mostrando a podridão de um regime que
teima em assobiar para o lado perante repressões e assassinatos (porque a “máquina”
assim ordena?) de filhos dignos da nação, que se dedicam a contribuir para a
democracia, para a transparência, para a liberdade que merecidamente deve ser
pertença de todos os povos. Terminamos com uma memória, entre tantas: “Gilles
Cistac não resistiu aos ferimentos provocados por vários tiros. “Qualquer um
pode ser abatido pelas suas opiniões”, disse o presidente do Conselho dos
Direitos Humanos.” – jornal Público 03.03.2015. Já foram descobertos os seus assassinos? É sempre a mesma coisa!
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