O
secretário-geral do PCP afirmou hoje que o voto na Coligação Democrática
Unitária (CDU), que inclui "Os Verdes", serve "para impedir as
maiorias absolutas que alguns querem para prosseguir e aprofundar a política de
exploração, empobrecimento e declínio nacionais".
Em
Almada, Jerónimo de Sousa assinalou o último dia do prazo para entrega das
listas de candidatos a deputados nas legislativas de 04 de outubro salientando
que o elenco daquela coligação conta com uma maioria de elementos com menos de
50 anos, oito cabeças de lista do género feminino (36,4%) e 36 independentes
(14%).
"O
voto na CDU é o voto numa candidatura com provas dadas, assente numa política
de verdade, trabalho, honestidade e competência, num projeto de futuro, o voto
que contribui para impor uma das maiores derrotas de sempre a PSD/CDS-PP e
penalizar, em conjunto, PS, PSD e CDS, os partidos responsáveis pela degradação
da situação do povo e do país, para impedir as maiorias absolutas que alguns
querem para prosseguir e aprofundar a política de exploração, empobrecimento e
declínio nacionais", declarou.
O
líder comunista vincou o apelo à adesão às propostas da CDU "para eleger
mais deputados à Assembleia da República que dirão não a todas as malfeitorias
contra trabalhadores e povo e que apresentarão e dirão sim às soluções
necessárias à melhoria dos direitos e das condições de vida, base da rutura com
a política de direita".
"Quando
uns e outros tentam, através de avaliações quantitativas dos seus falsos
programas, credibilizar uma política que falhou rotundamente e arruinou o
país", insistiu, referindo-se a socialistas, sociais-democratas e
democratas-cristãos, a CDU corresponde "ao compromisso de uma força
política que faz o que diz e diz o que faz".
Jerónimo
de Sousa elencou diversos aspetos de regressão na vida dos portugueses nos
últimos anos de governações da direita e do PS e anteviu um "pacote de
aprofundamento" da mesma política, "após as eleições legislativas,
caso tenham votos para isso".
"Quando
tudo isto é a verdade da realidade do país, que se opõe à encenação dos
partidos responsáveis pela atual situação, a CDU assume a necessidade da rutura
com o rumo de declínio nacional e aponta a solução: uma política alternativa,
patriótica e de esquerda, vinculada aos valores de Abril, dando expressão e
força ao projeto consagrado na Constituição da República", prometeu.
O
cabeça de lista da CDU por Lisboa resumiu as suas propostas à renegociação da
dívida (nos seus juros, montantes e prazos), à promoção da produção nacional e
emprego, ao controlo público de setores e empresas estratégicos, à valorização
de salários e pensões e à defesa dos serviços e funções sociais do Estado,
entre outras.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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