Passos
elege combate às desigualdades sociais como prioridade
O
líder do PSD sublinhou hoje que o que está causa nas eleições de outubro é uma
escolha sobre o futuro e não uma "escolha partidária" e defendeu a
necessidade de colocar o combate às desigualdades sociais no topo da agenda
política.
"A
escolha que vamos ter em outubro não é uma escolha partidária, não é uma
escolha do interesse pessoal do interesse pessoal de cada eleitor, é uma
escolha sobre o futuro de toda a sociedade portuguesa", afirmou o
presidente social-democrata, no encerramento da Universidade de Verão do PSD,
que decorreu ao longo da semana em Castelo de Vide.
Sublinhando
querer falar "com todos, independentemente das barreiras
ideológicas", Passos Coelho admitiu que Portugal é hoje um país
"profundamente desigual", defendendo a necessidade de "colocar o
combate às desigualdades sociais e económicas no topo da agenda política nos
próximos anos".
Num
discurso sem qualquer referência direta ao PS ou ao secretário-geral
socialista, António Costa, o também primeiro-ministro vincou a necessidade de
não existir uma "visão estritamente partidária do mandato", argumentando
que um executivo não governa apenas para quem votou nele, mas para todos.
"Costuma-se
dizer que quando um Presidente da República é eleito se torna Presidente de
todos os portugueses, mas não é verdade que um Governo quando é escolhido e é
eleito só é Governo de uns quantos, é também Governo de todos", disse
Passos Coelho, que tinha na plateia o dirigente do CDS-PP, João Almeida.
Num
'piscar de olhos' à esquerda e aos indecisos, Passos Coelho assegurou que a
coligação PSD/CDS-PP está aberta a todos que não sendo de nenhum dos dois
partidos "acham que o mundo não é a preto e branco" e que o que está
em causa para futuro "não são convicções ideológicas, nem dogmatismo
partidários, são coisas muito concretas".
Insistindo
na necessidade de não reduzir a política a "nós e eles" e às
"trincheiras daqueles que governam apenas para certos grupos", Passos
Coelho defendeu que a coligação ter de funcionar do ponto de vista social para
todos os portugueses.
"As
diferenças entre aqueles que se candidatam ao Governo são muito importante para
os cidadãos fazerem não escolhas partidárias, mas nacionais", argumentou,
apelando aos eleitores que não são nem do PSD, nem do CDS-PP para que pensem no
que querem para o futuro e não apenas nas "dificuldades muito grandes"
a que possam associar o atual executivo.
"Em
democracia devemos ser racionalmente egoístas nas escolhas que fazemos, porque
é isso que faz sentido", sustentou, reiterando a necessidade de escolher
também a pensar "no coletivo, na sociedade em geral e não apenas naquilo
que nos toca diretamente".
Lusa,
em Notícias ao Minuto, ontem – Título PG
Sem comentários:
Enviar um comentário