O
líder comunista, coligado com "Os Verdes" na CDU, respondeu hoje à
anunciada ausência do Presidente da República das cerimónias de comemoração do
05 de outubro com a promessa de repor o feriado abolido.
Numa
"arruada" no centro de Setúbal, com fraca adesão comparada com outros
locais e tendo em conta os quatro deputados eleitos há quatro anos no distrito,
Jerónimo de Sousa reiterou que Cavaco Silva "sempre teve esse protagonismo
de fazer tudo para salvar a política de direita, de uma forma ou de outra",
referindo-se às declarações do chefe de Estado no sentido de já ter cenários
preparados relativamente às eleições de domingo, no percurso entre a sadinas
Igreja de Santa Maria da Graça e a praça Bocage.
"É
uma decisão que só responsabiliza o próprio. Tudo faremos para que o 05 de
outubro volte a ser um feriado nacional, que foi roubado aos trabalhadores, e
que no próximo ano possamos comemorar a implantação da República, um feriado
devolvido a quem trabalha. A vida não para depois do dia 04 (de outubro), dia
05 ou dia 06... e, naturalmente, a República merece ser celebrada",
afirmou.
Segundo
o secretário-geral do PCP, "o Presidente da República tem de seguir à
letra a Constituição e não apressar nem cenários, nem reflexões, nem soluções
sem que o povo português vote".
Num
penúltimo dia de campanha marcado pela divulgação de diversas sondagens que
atribuem mais intenções de voto à coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP), o
dirigente comunista lembrou o "quadro geral, neste país e pela Europa, em
que as sondagens têm falhado rotundamente", não devendo as pessoas
fixar-se nelas "como uma verdade suprema e intocável".
"Não
são ainda capazes de dizer se aparece ou não uma grande derrota (para a maioria
PSD/CDS-PP), partindo dos mais de 50% dos votos de há quatro anos", acrescentou,
sobre a diminuição de votação prevista para os partidos do Governo face a 2011.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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