Em
entrevista ao Financial Times, o secretário-geral do PS fala num acordo
"histórico" para viabilizar um governo de esquerda. E compromete-se a
respeitar as obrigações internacionais de Portugal.
Depois
das entrevistas às agências Reuters e France Presse, ontem, António Costa fala
esta quarta-feira ao jornal britânico Financial Times.
Um
entrevista em que se diz "preparado" para formar um governo
anti-austeridade, suportado por uma coligação alargada de esquerda. Esse
governo compromete-se a manter Portugal no euro e a respeitar os compromissos
internacionais do país.
António
Costa assume ao FT que as negociações com o Partido Comunista e com o Bloco de
Esquerda "estão mais avançadas" do que com a coligação PSD / CDS.
"Não estamos a fazer bluff, estamos a agir de boa fé", sublinha.
Por isso, "seria melhor ter um governo liderado pelo PS".
Costa
compara mesmo o entendimento à esquerda com a queda do Muro de Berlim. E
assegura que "não foi o PS que passou para o lado dos partidos
anti-europeus". Pelo contrário, foram o PCP e o BE que "aceitaram
negociar um programa comum de governo, que não coloque em risco os compromissos
de Portugal com a zona euro" e os restantes credores.
"O
PS é o partido português mais pró-europeu", afirma o secretário-geral
socialista. Por isso, "comparado com o radicalismo do atual governo (de
centro-direita) e com as medidas brutais que o país tem sofrido, existe agora a
possibilidade de acabar com a austeridade, sem pôr em causa as obrigações
internacionais" de Portugal.
Guilhermina
Sousa - TSF - foto Leonel Castro / Global Imagens
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