É
uma vergonha que numa República exista um individuo na presidência que se
comporta como um monarca ridículo e insensível à pobreza que se instalou e
instala em Portugal, mais vergonha ainda por ser um protetor do governo que faz
gáudio de ter empobrecido o país e afirma com todo o descaramento que “Portugal
está melhor”, falando da crise como passado. Um PR que cumprisse a Constituição
(como jurou) devia exigir que os seus preferidos do governo - que protege - tomassem
medidas para enfrentar a miséria que assola os portugueses, quase três milhões.
Uma vergonha, que só não é para aqueles que dirigem (mal) os destinos do país
saracoteando docilmente em sintonia com banqueiros e grandes empresários,
destinando às populações o desprezo semelhante ao longo e terrível período do
fascismo salazarista. Desprezo que viamos sair de Belém, de São Bento e dos
ministérios no Terreiro do Paço. E são estes, nos atuais poderes, indiferentes
boçais à miséria que grassa no país, que tudo querem e tudo fazem para se
perpetuarem nos poderes por mais anos, gerando, certamente, mais miséria. Ser
humano que se digna não pode aceitar que esta situação prossiga e que muito
provavelmente se agrave. Urge romper os grilhões que Cavaco Silva, Pedro Passos
Coelho e Paulo Portas têm imposto aos portugueses. Urge meter na ordem democrática
e de justiça social os que têm espezinhado essas duas vertentes indissociáveis
do regime democrático. Nem Cavaco, nem o seu governo, merecem mais contemplações
ou benefícios da dúvida. Os portugueses exprimiram o seu repúdio às políticas
daqueles serviçais do grande capital nas recentes eleições legislativas. Dali
resultou uma maioria clara de esquerda. A esquerda que se entenda e que liberte
o país e os portugueses de tais avantesmas e de outras que ao longo de décadas
têm depauperado Portugal e enriquecido de modo inexplicável. Por coincidência (?)
Portugal e os portugueses têm empobrecido. Basta de miséria. Democracia,
justiça e liberdade é imperativo que não podemos continuar a permitir que seja
negado aos portugueses.
Da peça retirada do Jornal de Notícias (a seguir) é evidenciado que as mulheres são as maiores vítimas - e em maior número - do empobrecimento imposto à maioria dos portugueses... Provavelmente ocorrerá aos sociopatas que detêm os poderes: "Façam pela vida, prostituam-se." Não é difícil concluir que Portugal tem uma elite política (arco da governação) e do grande capital que é doentia, que está a conspurcar o país, para além de o roubar e de o vender - por não sentirem que é a sua Pátria, por serem parte integrante de uma pátria diferente, a pátria do cifrão. (MM / PG)
Mais
mulheres em risco de pobreza
A
população em risco de pobreza ou exclusão social manteve-se nos 27,5% em 2014
mas os dados do INE apontam para um agravamento da situação entre as mulheres.
Apesar
de as percentagens não mostrarem uma alteração entre 2013 e 2014, houve menos
14431 pessoas em situação de risco de pobreza ou exclusão social no ano
passado, totalizando 2853076.
Esta
situação pode ter sido reflexo da população residente em Portugal ter diminuído
naqueles dois anos, passando de 2867507 em 2013 para 2853076 em 2014.
Segundo
os dados atualizados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (ICOR),
28,1% das mulheres residentes em Portugal estavam em risco de pobreza ou
exclusão social no ano passado, uma percentagem que representa 1531774
mulheres.
Comparando
com 2013, verificou-se um aumento de 0,7%, referem os dados do Instituto
Nacional de Estatística (INE).
Já
entre o sexo masculino, a situação inverteu-se com uma redução de casos de
risco de pobreza ou exclusão social: em 2014, havia 1314619 homens nesta
situação (26,7%), menos 0,8% do que no ano anterior.
O
indicador população residente em risco de pobreza ou exclusão social combina
dois indicadores construídos com base em informação relativa ao ano de
referência do rendimento (Taxa de risco de pobreza após transferências sociais
e Intensidade laboral per capita muito reduzida) com um indicador com informação
relativa ao ano do inquérito (Taxa de privação material severa).
Entre
2009 e 2014, a população residente em risco de pobreza ou exclusão social
aumentou de 24,9% para 27,5% em 2014.
Dados
provisórios do INE relativos a 2014 sobre a situação de privação material
referem que nesse ano 25,7% dos residentes em Portugal viviam em privação
material e 10,6% em situação de privação material severa, dados semelhantes aos
registados no ano anterior.
As
famílias com crianças são as que mais frequentemente se encontram em privação
material (26,3%) e em privação material severa (11,3%).
Jornal
de Notícias
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