Opera
Mundi, São Paulo
Presidente
sírio diz que 'avisou' sobre o que poderia acontecer na Europa e exorta
Hollande, cujo governo apoia opositores de Assad, a mudar posição
O
presidente sírio se referia ao ataque com homens-bomba que deixou 44 mortos em
Beirute na última quinta-feira. O atentado, realizado no reduto do grupo
islâmico Hezbollah, seu aliado, também foi reivindicado pelo Estado Islâmico.
Assad
classifica não apenas o EI, mas todos os grupos opositores que lutam contra seu
governo na Síria como "terroristas". Ele afirmou que tem
"avisado sobre o que estava para acontecer na Europa há três anos".
"Dissemos: 'o que está acontecendo na Síria deve ser levado a sério'.
Infelizmente, as autoridades europeias não nos ouviram".
Ele
afirmou também que o presidente francês, François Hollande, deveria "mudar
sua política". "A pergunta sendo feita em toda a França hoje é: a
política francesa dos últimos cinco anos estava certa? A resposta é não."
A
França tem apoiado opositores do governo sírio desde os primeiros protestos
contra Assad, em 2011. Desde então, o país se encontra em guerra civil,
agravada pela chegada de militantes do Estado Islâmico, que também lutam contra
Assad e tentam dominar o país.
A
França é também parte de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos e que
realiza ataques aéreos contra o EI no Iraque desde o ano passado e na Síria
desde setembro. Esta foi uma das motivações declaradas pelo EI no comunicado
que reivindica a autoria dos ataques em Paris.
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