sábado, 14 de novembro de 2015

Assad diz que política francesa no Oriente Médio contribuiu para avanço do terrorismo



Opera Mundi, São Paulo

Presidente sírio diz que 'avisou' sobre o que poderia acontecer na Europa e exorta Hollande, cujo governo apoia opositores de Assad, a mudar posição

O presidente sírio se referia ao ataque com homens-bomba que deixou 44 mortos em Beirute na última quinta-feira. O atentado, realizado no reduto do grupo islâmico Hezbollah, seu aliado, também foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

Assad classifica não apenas o EI, mas todos os grupos opositores que lutam contra seu governo na Síria como "terroristas". Ele afirmou que tem "avisado sobre o que estava para acontecer na Europa há três anos". "Dissemos: 'o que está acontecendo na Síria deve ser levado a sério'. Infelizmente, as autoridades europeias não nos ouviram".
 
Ele afirmou também que o presidente francês, François Hollande, deveria "mudar sua política". "A pergunta sendo feita em toda a França hoje é: a política francesa dos últimos cinco anos estava certa? A resposta é não."

A França tem apoiado opositores do governo sírio desde os primeiros protestos contra Assad, em 2011. Desde então, o país se encontra em guerra civil, agravada pela chegada de militantes do Estado Islâmico, que também lutam contra Assad e tentam dominar o país.

A França é também parte de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos e que realiza ataques aéreos contra o EI no Iraque desde o ano passado e na Síria desde setembro. Esta foi uma das motivações declaradas pelo EI no comunicado que reivindica a autoria dos ataques em Paris.

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