Kuala
Lumpur, 21 nov (Lusa) -- A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)
inicia hoje uma cimeira de líderes com o objetivo de declarar as suas dez
economias como um mercado único, mas arranca condicionada pelas disputas
territoriais e o terrorismo.
Formada
pela Birmânia, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura,
Tailândia e Vietname, a ASEAN conta com 622 milhões de habitantes e um PIB
conjunto de 2,5 biliões de dólares.
O
bloco regional vai apresentar, no domingo, uma declaração da Comunidade ASEAN
com o objetivo de criar um mercado e uma base de produção únicos, com livre
circulação de capital, serviços, bens, investimento e pessoal qualificado.
Esta
declaração não deve implicar grandes alterações no grupo, que, na sua maioria,
já eliminou todos os impostos nas relações comerciais entre os seus parceiros,
com exceção do Camboja, Laos, Birmânia e Vietname, que o farão a partir de 01
de janeiro de 2016.
A
cimeira realiza-se numa altura em que as medidas de segurança foram reforçadas,
após os atentados de Paris, Beirute e Egito, e de informações da polícia que
apontavam para um possível ataque "iminente" na Malásia.
O
primeiro-ministro malaio, Najib Razak, apelou ao reforço da cooperação para
prevenir a radicalização e a violência extremista durante a cimeira, que se
espera que termine com um comunicado de condenação ao terrorismo, como o que
foi emitido dias antes no Fórum de Cooperação Económica da Ásia-Pacífico
(APEC), em Manila.
O
encontro em Kuala Lumpur surge também sem que a organização tenha chegado a um
consenso sobre a sua posição em relação à disputa territorial no Mar do Sul da
China, que tem levado a um aumento da tensão na região.
Pequim
reclama praticamente a totalidade deste espaço marítimo com dezenas de ilhas
ricas em petróleo, gás e recursos marinhos, e construiu infraestruturas de uso
militar nalgumas delas, reivindicadas pelo Vietname e Filipinas.
ISG//ISG
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