domingo, 8 de novembro de 2015

EURODEPUTADA ANA GOMES DIZ QUE ASSISTIU A ELEIÇÕES CALMAS NA BIRMÂNIA



Lisboa, 08 nov (Lusa) -- A eurodeputada Ana Gomes, observadora da União Europeia às eleições na Birmânia que decorreram hoje disse à Lusa que na zona da capital birmanesa assistiu a um processo que decorreu bem e com calma.

"Eu só posso falar por aquilo que eu vi e, portanto, é uma visão muito limitada e muito parcial. Ainda não fiz o confronto com os meus colegas que estão cá na missão do Parlamento Europeu e da missão da União Europeia. No grupo em que estava integrada tudo correu bem e com calma", disse Ana Gomes em contacto telefónico a partir de Lisboa, acrescentando que o processo lhe lembrou Timor-Leste pela calma e compostura das pessoas.

Sobre locais visitados, Ana Gomes disse que o ato eleitoral correu com ordem, foi pacífico e que as pessoas estavam claramente muito "entusiasmadas" por votar.

"Nos sítios onde eu estive registou-se uma elevada afluência", disse ainda a eurodeputada portuguesa que esteve em Rangum mas também numa zona fora da capital.

As assembleias de voto para as eleições legislativas que decorreram hoje na Birmânia fecharam às 16:00 (09:30 em Lisboa) tendo Ana Gomes assistido também ao início da contagem dos votos.

"Os resultados vão sendo conhecidos parcialmente, são públicos mas o processo de contagem vai demorar algum tempo. Os resultados oficiais vão demorar alguns dias", acrescentou a eurodeputada socialista.

A líder da Liga Nacional para a Democracia, Aung San Suu Kyi, 70 anos, prémio Nobel da Paz, apresentou-se como a provável vencedora seguida pelo dirigente do Partido para o Desenvolvimento e Progresso da União (USDP, na sigla em inglês).

Seja qual for o resultado, o presidente da Birmânia, Thein Sein prometeu respeitar a vontade dos eleitores expressa nas urnas.

"Aceitaremos o desejo dos eleitores, seja qual for. O mais importante para este país é a estabilidade e o desenvolvimento" disse o chefe de Estado no momento em que votava acompanhado pela mulher no centro eleitoral de Naipyido.

Thein Sein foi primeiro-ministro da última Junta Militar e desde 2001 encabeça um governo civil que defende a implementação de reformas no sentido de uma "democracia disciplinada".

PSP // JMR

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