quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Governo moçambicano diz que país criou mais de 200 mil empregos este ano



Cerca de 213 mil postos de trabalho foram criados entre janeiro e setembro em Moçambique, anunciou hoje o Governo, assinalando que a meta é gerar um milhão de empregos em cinco anos.

Segundo a ministra do Trabalho, Emprego e Solidariedade Social, Vitória Diogo, o executivo moçambicano na criação de emprego, quando falava no Seminário sobre empresas europeias e as questões laborais em Moçambique, hoje em Maputo.

"A par do emprego induzido pelos investimentos, numa perspetiva transversal, o Governo tem previstas e em implementação medidas que encorajam o autoemprego e o empreendedorismo, entre as quais, a promoção de estágios pré-profissionais, tendo mais de 4.300 jovens sido beneficiados até setembro deste ano", afirmou Vitória Diogo.

A ministra do Trabalho, Emprego e Solidariedade Social destacou que a criação de mais postos de trabalho não deve significar precariedade, sinistralidade, doenças profissionais, mutilação ou perda de vidas devido a falta de observância das regras de segurança, higiene e proteção no trabalho.

Nessa perspetiva, assinalou, as empresas devem considerar o equipamento de proteção e higiene no trabalho como um investimento tão essencial como a formação ou modernização do processo produtivo.

Referindo-se à contratação de mão de obra estrangeira, a governante disse que, no mesmo período, 13.601 expatriados foram legalmente contratados para trabalhar em Moçambique e 1.043 trabalhadores estrangeiros foram suspensos pelas autoridades laborais por terem sido recrutados fora da lei.

"Reconhecendo a escassez de técnicos qualificados e especializados em algumas áreas, o Governo abriu espaço para que as empresas, no quadro da legislação em vigor, recrutem mão de obra estrangeira especializada, visando o preenchimento de vagas disponíveis em certas áreas de atividade onde o país denota fortes carências", sublinhou Vitória Diogo.

A ministra apelou às empresas da União Europeia, em particular, e ao setor privado, no geral, a atuar dentro da lei laboral, priorizando a contratação de mão de obra moçambicana como regra e, excecionalmente, trabalhadores estrangeiros, em caso de falta de técnicos nacionais qualificados.

"O investimento direto estrangeiro é bem visto dentro das regras estabelecidas no país. Lembremo-nos sempre que estamos num Estado de direito", realçou Vitória Diogo.

PMA // APN - Lusa

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