O
PCP considera que o chumbo do Novo Banco nos testes de 'stress' e a necessidade
de recapitalizar a instituição vêm confirmar que o Governo e os reguladores
"mentiram à exaustão", defendendo que o banco não seja vendido.
"Fica
confirmado que o banco vai ter de ser recapitalizado em 1.398 milhões de euros.
Basta de mentiras", afirmou Jorge Pires, da comissão política do PCP,
considerando que esta necessidade de capital é "mais uma prova de que o
Governo e os reguladores mentiram à exaustão".
Em
declarações à Lusa, o dirigente comunista defendeu que o processo de venda do
Novo Banco deve "ser parado de imediato", porque "deve ficar no
controlo público, com a atividade focada no investimento público".
O
Banco Central Europeu (BCE) identificou necessidades de capital de 1.398
milhões de euros, no Novo Banco, no cenário adverso dos testes de 'stress', que
terão de ser colmatadas no prazo de nove meses.
Neste
contexto, o Banco de Portugal vai iniciar "de imediato" uma nova
fase, na venda do Novo Banco, agora que são conhecidos os resultados dos testes
de 'stress' do BCE e as necessidades de capital da instituição.
"A
preparação da nova etapa do processo de venda será iniciada de imediato, agora
que está afastado um dos principais fatores de incerteza que condicionou o
procedimento anterior", lê-se na nota de imprensa hoje divulgada pelo
Banco de Portugal, logo após os resultados dos exames à saúde financeira do
Novo Banco terem sido divulgados pelo BCE.
"Defendemos
que o processo de venda do banco deve ser parado. Como é possível passarem a
ideia de que será possível recuperar os 4.900 milhões de euros injetados, em
nome da acalmia dos mercados e de recuperação da confiança?", questionou
Jorge Pires.
O
comunista defendeu que chega de "enganar os portugueses", num
processo que classificou de "pouco transparente", criticando a
recente contratação do ex-secretário de Estado dos Transportes, Sérgio
Monteiro, para liderar o Fundo de Resolução, que tem a incumbência de vender o
Novo Banco.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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