Cada
final de ano assoma a um indispensável balanço. Os objectivos foram cumpridos?
Que metas ficaram pelo caminho? 2015, assim como todos os seus predecessores,
dirige os votos finais a um momento colectivo de reflexão, no qual as pessoas
vão sopesar tudo que fizeram e deixaram de fazer.
Gabriel
Bocorny Guidotti* - Folha 8, opinião
Mas
sabe o que seria sensacional? Criar novas prioridades.
Nessa
época, muitas das promessas estão atreladas ao consumo ou a conquistas
profissionais. Indivíduos projectam os fundos do carro novo ou da casa própria.
Talvez trocar de emprego, fazer a viagem dos sonhos. Tudo natural, afinal,
avançar faz parte da vida.
Há,
contudo, uma despreocupação crescente em andamento. Nunca, eu disse nunca, ouvi
pais, filhos, irmãos, esposos e esposas desejando ser melhores para o ano
seguinte. Frustra-me observar que os problemas familiares de muitas pessoas
permanecerão em seu encalço nos próximos 12 meses, produzindo novos conflitos
todos os dias.
Desbravando
fronteiras da lei, a promessa que sinto falta é aquela pela qual todos os
motoristas se comprometeriam a respeitar as normas de trânsito, acabando com a
interrupção prematura de vidas.
Insistentes
infractores pesariam na consciência o potencial perigo que oferecem às famílias
de bem. Nesse mundo onírico, o valor comum brilharia como uma estrela no céu e
respeitar o próximo seria a directriz máxima entre os homens.
Vislumbrar
um futuro diferente melhor constitui parte primordial do ser humano e não se
pode tirar isso dele. Neste final de ano, revisite suas prioridades e valorize
as mais edificantes, pois o período convida para o encerramento e abertura de
novos ciclos.
2016
está chegando com a certeza de que a mudança é possível. Está na hora de
modificar comportamentos. Comece já!
*Jornalista
e escritor, Porto Alegre – Brasil
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