Futebol. Lopetegui
foi despedido. O FC Porto está nas lonas. Foi uma invasão espanhola no clube
dos morcões que deu no que sempre aconteceu com as invasões espanholas. Foram
de rabo alçado para as terras deles. Considerando o facto temos de mudar o adágio
“de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos” e acrescentar que “nem bons
treinadores”. Dali, dos nuestros hermanos, nem o perfume Tabu prestava. Servia,
isso sim, para os militares em vias de irem para a guerra colonial porem nas almofadas em que dormiam nas casernas
apinhadas de soldados para abafar o pivete a chulé que impregnava as casernas à
noite. Era uma solução que agradava aos jovens recrutas. Abafava o chulé e
adormeciam com o cheiro a putas, por via do Tabu. Grandes sonhos. Bem, mas isto não interessa
nada.
Se
veio aqui por causa do título que demos a este Expresso Curto onde também
metemos o bedelho desiluda-se, foi mesmo para virem ao engano. Lopetegui foi-se
mas Jesus fica de pedra e cal no Sporting. Claro que este título vai garantir
mais umas 10 mil visitas ao Página Global. Os 3 efes do salazarismo funcionam
sempre com os portugueses: fado, futebol e Fátima. Porra. “Beber vinho dá
trabalho a um milhão de portugueses”, também era outra “máxima” do salazarismo.
Até é para admirar que Cavaco não tenha ressuscitado essa “máxima” do
salazarismo. Saudosista e ressabiado como está Cavaco tudo tem feito para reimplantar
o salazarismo. Parece que só resultou por 4 anos. Vêm aí outros tempos. “Tempo
novo”, diz Sampaio da Nóvoa. Assim abre Miguel Cadete este Expresso Curto que aí
vem. Chega de treta. Já agora: o FC Porto precisa mesmo de um milagre, só Jesus
o pode ajudar.
Redação
PG / MM
Bom
dia, este é o seu Expresso Curto
Miguel
Cadete - Expresso
Menos
impostos, menos exames, mais Marcelo?
2016
começa sob o signo de um “tempo novo”, como diria o candidato a Presidente
da República Sampaio da Nóvoa. Este governo, aberto por António Costa contra o
tradicional "arco da governação", está definitivamente em marcha.
Ontem soube-se que vamos pagar menos IRS. A maior parte dos portugueses começará a sentir os impostos mais leves já no final deste mês de janeiro quando for aliviado, total ou parcialmente, do jugo da sobretaxa criada por Vítor Gaspar na anterior legislatura.
Quem ganha até 801 euros mensais (brutos) será completamente dispensado desse tributo ainda que aqueles com vencimentossuperiores a 5786 euros a mantenham na íntegra. Lembre-se que, ao contrário do que sucedia até aqui, a nova versão da sobretaxa prevê taxas diferentes de acordo com o nível de rendimento.
Vamos voltar a comprar televisões com ecrãs de dois metros? Não é crível. Mas para saber quanto mais é possível poupar ou, sobretudo, gastar, o melhor é atirar-se ao Simulador que o Expresso disponibiliza e que lhe permite perceber de antemão quanto mais vai ganhar. Muito pouco, tudo ou nada? Depende do seu nível de rendimentos. E até do número de filhos.
Se ontem soubemos que vamos pagar menos impostos, é provável que hoje seja conhecido o novo modelo de avaliações do sistema educativo. E, tanto quanto se sabe, há exames que vão cair. Na edição de ontem do Expresso Diário, é dado como praticamente certo o fim dos exames no 4º ano, criados pelo antigo ministro Nuno Crato na anterior legislatura. O curioso é que a Comissão Nacional de Educação, presidida pelo ainda mais antigo ministro David Justino, reuniu um grupo de diretores de escolas e professores que acreditam, na sua maioria, na validade do vetusto exame da 4ª classe.
O novíssimo ministro Tiago Brandão Rodrigues apresentará hoje o novo modelo de avaliações. Mas nos últimos dias vários jornais deram como confirmado o desaparecimento dos exames do 6º ano e também do 9º ano, tal como é previsto numa proposta de lei do PCP.
A solução poderá andar em torno da sua substituição por uma prova de aferição, algo que também é contestado, sobretudo pelo menor envolvimento de pais e alunos. A Comissão Nacional de Educação advoga aliás, a criação de mais um exame no 9º ano, o de “literacia científica”, a acrescentar aos de Matemática e Português.
Na edição de hoje do Público, o tema também é chamado à primeira página, onde se sublinha que a avaliação dos alunos já mudou mais de 20 vezes em Portugal nos últimos 16 anos. A inexistência clara de um plano ao longo de todos estes anos é sinal de incerteza ou de vaidade, poderia perguntar-se. A única certeza é que este é um tempo novo.
Quanto ao primeiro debate entre dois dos candidatos que mais expectativas geram nas próximas eleições presidenciais, as doutrinas também se dividem. No Expresso, Ângela Silva destaca a viragem de Marcelo Rebelo de Sousa que terá passado ao ataque. “A sua história é de vazio e ausência” disse a Sampaio da Nóvoa quando este o acusava de ser um catavento: “temos 20 declarações suas a dizer uma coisa e 20 a dizer o contrário”. Marcelo puxou dos galões: “acertando ou errando, estive cá. Onde é que o senhor esteve nos últimos 20 anos?”
No Público, Paulo Pena, diz que foi Sampaio da Nóvoa quem marcou o tom: “ainda há três meses defendeu o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas”. E continuou colando o adversário a um passado menos abonatório, enquanto político mas também enquanto comentador. Marcelo defendeu por seu lado que Nóvoa era um candidato de fação e não tão consensual. Mas para o candidato apoiado por três ex-Presidentes da República foi Marcelo quem deu “apoio a políticas que estão na base das fraturas que marcaram o país: idosos contra jovens, empregados contra desempregados”.
Mais Marcelo ou mais Nóvoa? Mais consenso ou mais fação? Marcelo é favorito e vai à frente nas sondagens mas pode, por isso mesmo, ser penalizado pela abstenção. Basta que o seu eleitorado acredite que já está ganho. Nóvoa continua a procurar reunir aesquerda de maneira a forçar uma segunda volta.
Hoje há mais com o despique que também se prevê aquecido entre Marcelo Rebelo de Sousa e Maria de Belém.
Ontem soube-se que vamos pagar menos IRS. A maior parte dos portugueses começará a sentir os impostos mais leves já no final deste mês de janeiro quando for aliviado, total ou parcialmente, do jugo da sobretaxa criada por Vítor Gaspar na anterior legislatura.
Quem ganha até 801 euros mensais (brutos) será completamente dispensado desse tributo ainda que aqueles com vencimentossuperiores a 5786 euros a mantenham na íntegra. Lembre-se que, ao contrário do que sucedia até aqui, a nova versão da sobretaxa prevê taxas diferentes de acordo com o nível de rendimento.
Vamos voltar a comprar televisões com ecrãs de dois metros? Não é crível. Mas para saber quanto mais é possível poupar ou, sobretudo, gastar, o melhor é atirar-se ao Simulador que o Expresso disponibiliza e que lhe permite perceber de antemão quanto mais vai ganhar. Muito pouco, tudo ou nada? Depende do seu nível de rendimentos. E até do número de filhos.
Se ontem soubemos que vamos pagar menos impostos, é provável que hoje seja conhecido o novo modelo de avaliações do sistema educativo. E, tanto quanto se sabe, há exames que vão cair. Na edição de ontem do Expresso Diário, é dado como praticamente certo o fim dos exames no 4º ano, criados pelo antigo ministro Nuno Crato na anterior legislatura. O curioso é que a Comissão Nacional de Educação, presidida pelo ainda mais antigo ministro David Justino, reuniu um grupo de diretores de escolas e professores que acreditam, na sua maioria, na validade do vetusto exame da 4ª classe.
O novíssimo ministro Tiago Brandão Rodrigues apresentará hoje o novo modelo de avaliações. Mas nos últimos dias vários jornais deram como confirmado o desaparecimento dos exames do 6º ano e também do 9º ano, tal como é previsto numa proposta de lei do PCP.
A solução poderá andar em torno da sua substituição por uma prova de aferição, algo que também é contestado, sobretudo pelo menor envolvimento de pais e alunos. A Comissão Nacional de Educação advoga aliás, a criação de mais um exame no 9º ano, o de “literacia científica”, a acrescentar aos de Matemática e Português.
Na edição de hoje do Público, o tema também é chamado à primeira página, onde se sublinha que a avaliação dos alunos já mudou mais de 20 vezes em Portugal nos últimos 16 anos. A inexistência clara de um plano ao longo de todos estes anos é sinal de incerteza ou de vaidade, poderia perguntar-se. A única certeza é que este é um tempo novo.
Quanto ao primeiro debate entre dois dos candidatos que mais expectativas geram nas próximas eleições presidenciais, as doutrinas também se dividem. No Expresso, Ângela Silva destaca a viragem de Marcelo Rebelo de Sousa que terá passado ao ataque. “A sua história é de vazio e ausência” disse a Sampaio da Nóvoa quando este o acusava de ser um catavento: “temos 20 declarações suas a dizer uma coisa e 20 a dizer o contrário”. Marcelo puxou dos galões: “acertando ou errando, estive cá. Onde é que o senhor esteve nos últimos 20 anos?”
No Público, Paulo Pena, diz que foi Sampaio da Nóvoa quem marcou o tom: “ainda há três meses defendeu o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas”. E continuou colando o adversário a um passado menos abonatório, enquanto político mas também enquanto comentador. Marcelo defendeu por seu lado que Nóvoa era um candidato de fação e não tão consensual. Mas para o candidato apoiado por três ex-Presidentes da República foi Marcelo quem deu “apoio a políticas que estão na base das fraturas que marcaram o país: idosos contra jovens, empregados contra desempregados”.
Mais Marcelo ou mais Nóvoa? Mais consenso ou mais fação? Marcelo é favorito e vai à frente nas sondagens mas pode, por isso mesmo, ser penalizado pela abstenção. Basta que o seu eleitorado acredite que já está ganho. Nóvoa continua a procurar reunir aesquerda de maneira a forçar uma segunda volta.
Hoje há mais com o despique que também se prevê aquecido entre Marcelo Rebelo de Sousa e Maria de Belém.
OUTRAS
NOTÍCIAS
Lopetegui já não é treinador do FC Porto. Rui Barros, que fazia parte da equipa que acompanhava o técnico basco, é quem vai dirigir o treino desta sexta-feira. Barros, que tem um passado vitorioso enquanto jogador do FC Porto, assume o cargo de forma interina, estando ao rubro a especulação quanto ao próximo treinador. Julen Lopetegui foi a segunda contratação consecutiva falhada no FC Porto, depois de Paulo Fonseca ter sido também despedido a meio da época.
Lopetegui sai do clube ao fim de uma temporada e meia sem conquistar qualquer título ou sequer ir a uma final. A sua equipa não conseguiu ganhar qualquer dos três últimos jogos tendo perdido com o Marítimo (Taça da Liga) e Sporting e empatado em casa com o Rio Ave.
Pharol processa Deloitte. A Pharol, empresa que ficou a gerir o investimento da PT na Rioforte e a participação no Brasil, meteu uma ação de responsabilidade contra a Deloitte por violação dos deveres contratuais enquanto auditora externa da antiga PT. Em causa estão os prejuízos provocados pela aplicação de €897 milhões na falida Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo. A Pharol pede nesta açãouma indemnização correspondente à diferença entre os 897 milhões de euros e o valor que a empresa vier a receber no âmbito do processo de insolvência da Rioforte, diz o Expresso. Em outubro já tinham entrado ações contra Henrique Granadeiro (ex-Presidente da PT) e os administradores Pacheco de Melo e Morais Pires.
Tudo de olhos postos na China, onde a Bolsa, ontem, fechou 29 minutos depois da abertura quando já se registava uma queda de 7%. Hoje o mercado está altista depois de, durante a noite, terem sido suspendido os mecanismos de controlo que, afinal, tiveram consequências opostas às pretendidas. Nas primeiras horas, o índice bolsista CSI300 subiu 1,7% ainda que os analistas continuem a apontar o dedo à sua volatibilidade. Durante a noite, o Estado valorizou o yuan, exatamente o contrário do que tem feito nas últimas três semanas. O cataclismo chinês levou a perdas graves nos mercados globais. O índice S&P500 fechou ontem a perder 2,37% e o EuroStoxx50 caiu 1,74%. O Guardian está a acompanhar a situação minuto a minuto.
Hoje há Bowie. O mais icónico artista de todos os tempos completa 69 anos e publica o álbum “Blackstar”. Ontem foi conhecido um novo e perturbante vídeo e hoje ficam disponíveis as sete canções que marcam mais uma reviravolta na carreira do camaleão. No Expresso Diário, Rui Miguel Abreu discorre sobre o disco e os músicos que levaram Bowie para o jazz, 50 anos depois de ter publicado o seu primeiro single. Diferente de tudo o que fez até hoje. Igual a ele próprio.
FRASES
“Em Portugal, António Costa e o PS compreenderam que, quando de umas eleições sai um parlamento fragmentado, mas demonstrando uma vontade de mudança por parte das forças da cidadania, tal como também aconteceu em Espanha, é dever das forças de mudanças entenderem-se”. Pedro Sánchez, líder do PSOE, em visita à sede do PS
“É decisivo relançar o investimento em Portugal”. Augusto Mateus, no “Diário Económico
“Às vezes vou para casa e já nem me lembro do que disse”. Jorge Jesus, no “Record”
“Cavaco pode ir a seguir para um convento onde se fazem atos de arrependimento, oração e penitência”. Ângelo Correia, no jornal “i”
“Ninguém tem dúvidas em quem Cavaco Silva irá votar: é em Marcelo”. Sampaio da Nóvoa
“Tem que trazer ex-PR na lapela, eu não preciso. A mim não me pediram para avançar. Decidi avançar”. Marcelo Rebelo de Sousa
O QUE EU ANDO A OUVIR
Tenho para mim que atravessar o Alentejo, de carro, rumo ao Algarve enquanto se ouve ora o álbum vermelho ora o álbum azul dos Beatles é das melhores viagens que se pode fazer.
Porém, desde as vésperas de Natal que já não é preciso levar para o automóvel as caixas com as quatro rodelas de CD que fizeram dessas duas colectâneas das mais famosas de sempre. Note: são duas coleções de canções que não marcaram apenas o seu tempo.
Ricardo Camacho, médico, produtor e teclista dos Sétima Legião dizia com graça que se podia adivinhar em cada cançoneta dos Oasis se ela vinha do álbum azul ou vermelho. Mas isso prova muito pouco sobre a validade dos Beatles, na minha modesta opinião.
A verdade é que a chegada dos Beatles aos serviços de streaming tornou obsoleta a trapalhada dos CD. Mas isso não muda nem um mílimetro a opinião que um dos meus primos mais velhos me impingiu desde o tempo das corridas de caricas: eles são o melhor grupo do mundo.
E eu não sou dos que divide os Beatles adolescentes do início dos Beatles sérios do fim. Ainda hoje, tanto gosto das cantigas com um minuto e tal ou dois minutos como o "Ticket to Ride" como do "A Day in the Life".
E tanto gosto da Marselhesa no "All You Need Is Love" como do "She Loves You". Gosto das rocalhadas inspiradas pelo Chuck Berrye gosto do psicadelismo. Até gosto do Paul McCartney quando se arma aos cucos e finge que é compositor de música clássica. Não gosto do "Obla Di Obla Da", nem do "Yesterday".
Mas gosto dos Beatles quando eram comerciais sem saberem. E dos Beatles que ninguém conhece e que o Luís Guerra meteu numa playlist no site novo da BLITZ, como é esta aqui, com trinta pérolas escondidas e que acaba com o "Revolution 9" num jeito arty de experimentação e que também tem o "Taxman" do George Harrison em modo lo-fi e baladas como "Julia".
Gosto de poder tudo isto sem ter. Isto é, ter acesso a todas as músicas (ou quase) que me apetecer de maneira legal e sem ter que pagar o que me custava os olhos da cara. Não gosto de ter o que não preciso.
Gosto que a indústria do disco, ou alguém por ela, tenha encontrado uma solução para uma recessão que durou 15 anos e que impediu que se apostasse em novo talento. Não gosto que queiram acabar com isso procurando voltar atrás.
Mas gosto muito que os Beatles, ou alguém por eles, tenha permitido que as suas canções estejam no Spotify, e na Apple Music e no Tidal e em todo o lado. Não gosto de quem se quer fazer passar por defensor dos artistas quando já tem uma conta bancária astronómica.
Gosto de poder estar cá e assistir a estas coisas todas.
Também por isso lhe desejo em bom dia. E que acompanhe toda atualidade no Expresso Online. E mais logo, atente na análise e opinião no Expresso Diário.
Não se esqueça que hoje é também dia de festa de aniversário da SIC Notícias. Esteja atento vem aí uma grande emissão a partir do quartel-general de Laveiras com um Expresso da Meia Noite especial.
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