Mário Motta, Lisboa
José Sócrates, ex-primeiro-ministro, parece que esteve durante nove meses preso por razões políticas, logo, podemos considerá-lo um preso político. Tinha que acontecer, o cavaquismo no seu melhor e pior para os portugueses. Cavaquismo que se aproveitou do mentiroso-mor Passos Coelho com outro que tal à ilharga, Paulo Portas.
Afinal a montanha pariu um rato. A Operação Marquês, que trata do caso Sócrates, mais parece um balão cheio de cuspo venenoso dos que nele sopraram. Nisso inclui-se o tal chamado de super-juiz Carlos Alexandre que passou a mini-juiz, de tão acachapado que ficou em todo este processo. Do Ministério Público, então, pronuncia-se a maralha plebeia, como seja o "Monte da Diarreia". Imaginação em alta dose de desilusão daquela instituição. O que é mau, o que é uma vergonha, o que é um espinho na democracia. Para melhorar não vimos que a PGR faça o que deve. Para recuperar alguma dignidade para a instituição também nada vimos. O povo diz que vê jogadas, que Joana Marques Vidal, a Procuradora Geral da República foi uma jogada da direita cavaquista guarnecida por Passos e Portas, igualmente da direita doentia e perigosa. Quer dizer: na justiça muito poucos se salvam devido a estas trapalhadas, provavelmente sacanisses ou coisa pior, inadmissíveis, muito menos numa democracia que é fracota mas sempre é alguma coisa e deve ser fortalecida. Que grandes bandidos estão na Justiça, diz a popular voz que assinala assim o descrédito da instituição. É um dó de alma. Urge repor a decência e a dignidade na Justiça em Portugal.
José Sócrates quer ver a Justiça a funcionar. Pede que se retratem lá pelas bandas do Ministério Público. Quem não deve não teme. Afinal mantiveram na prisão aquele cidadão português, por acaso ex-primeiro-ministro, porquê? Razões de política, de ódios viscerais, de antagonistas partidários? Porquê? E os que depositaram cuspo venenoso no tal balão que se esvaziou vão ficar impunes? Daqui por uns tempos o mini-juiz Carlos Alexandre vai voltar a super? Sem justiça não há democracia... É aquilo que temos e que tem de ser urgentemente reparado. A justiça no Correio da Manha... A manha de uns quantos que descredibilizam a justiça. Basta! (MM / PG)
Sócrates
quer que Conselho Superior do MP atue disciplinarmente contra António Ventinhas
O
ex-primeiro-ministro José Sócrates solicitou aos membros do Conselho Superior
do Ministério Público que adotem os procedimentos disciplinares adequados à
reparação das ofensas que diz terem sido feitas pelo presidente do Sindicato
dos Magistrados do MP.
Através
dos advogados João Araújo e Pedro Dellile, o antigo líder do PS lembra que,
após as declarações de António Ventinhas sobre o processo Operação Marquês,
apresentou, a 16 de dezembro de 2015, uma denúncia à Procuradora-geral da
República (PGR), Joana Marques Vidal, que, "não obstante a gravidade das
declarações em causa, não teve até hoje seguimento que se conheça".
Nesse
sentido, a defesa de Sócrates resolveu agora enviar a todos os membros do
Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) um pedido para que promovam
"urgentemente", no ãmbito da competência disciplinar daquele órgão,
os procedimentos adequados à "reparação das ofensas, à reposição do
Direito e à salvaguarda da dignidade do MP e da confiança que ele deve
merecer".
Além
das ofensas à honra e consideração que Sócrates entende que lhe foram dirigidas
pelo magistrado, que alegadamente lhe assacou a prática de atos ilícitos, o
ex-primeiro-ministro diz que o dirigente do SMMP o ofendeu intencionalmente ao
"insinuar (...) ser ele um 'ladrão'", numa ofensa "tão grosseira
que só o ódio pessoal pode explicar".
A
defesa de Sócrates entende ainda que o presidente do SMMP violou os princípios
fundamentais do Estado de Direito, designdamente o direito à presunção de
inocência e a um processo justo e equitativo, tendo criar no público a convição
de culpa do arguido.
Alega
ainda que António Ventinhas violou deveres estatutários do cargo e da função,
atingindo o prestígio e a dignidade da instituição a que pertence.
"Tais
afirmações, pela qualidade funcional do seu autor, pela especial natureza dos
valores ofendidos (...) são de molde a causar escândalo e desconfiança pública,
suscitando a necessidade de serem, nessa vertente, urgentemente e rigorosamente
avaliadas", concluem os advogados de Sócrates.
A
participação de Sócrates reporta-se às declarações feitas por António ventinhas
à Lusa, TVI e Público, a 15 de dezembro, em que o presidente do SMMP afirmou
que "o principal responsável pela existência" do processo Operação
Marquês chama-se José Sócrates, "porque se não tivesse praticado os factos
ilícitos, este processo não teria acontecido".
O
procurador salientou ainda a necessidade de os portugueses decidirem se querem
"perseguir políticos corruptos, se querem acreditar nos polícias ou nos
ladrões".
FC
// SO - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário