quinta-feira, 14 de abril de 2016

Angola. SONANGOL ANUNCIA DESCOBERTA DE GRANDE CAMPO DE GÁS NATURAL



A concessionária nacional de hidrocarbonetos Sonangol anunciou ontem, em comunicado, a existência de gás natural em dimensões comerciais em três blocos das concessões petrolíferas angolanas.

A companhia declarou que testes confirmaram reservas de 139 milhões de barris de condensados e de 2,5 triliões de pés cúbicos de gás, perfazendo um total de 570 milhões barris de óleo equivalente no poço Lontra-1 do bloco 20/15, na Bacia do Kwanza.

No poço Katambi-1 do bloco 24/11 há reservas estimadas em 280 milhões de barris de condensados e oito triliões de pés cúbicos de gás, o que totaliza 1,7 bilhões de barris de óleo equivalente. 

A operação deste bloco é regida por um contrato de partilha de produção subscrito a 20 de Dezembro de 2011 entre a Sonangol EP, Sonangol Pesquisa e Produção e BP Exploration Angola.

Os comunicados também revelam a existência de gás em quantidades comerciais no poço Lira-1 do bloco 14/14, na Bacia do Congo.

A companhia anunciou que vai iniciar contactos com os operadores dessas concessões para a discussão das  opções, visando o aproveitamento e desenvolvimento   do gás natural descoberto. 

O documento refere que, simultaneamente, em coordenação com o Ministério dos Petróleos, a Sonangol vai trabalhar com o Executivo na definição da legislação regulatória, contratual, tributária e fiscal que permita o investimento para a confirmação do potencial de exploração de gás natural e para a monetização dos recursos descobertos no quadro de uma estratégia para elevar a participação do gás na formação de receitas públicas. 

Dados disponíveis indicam que, no ano passado, a produção angolana de gás natural no Angola LNG caiu em oito por cento, para 507.293 toneladas métricas, o que aconteceu depois de uma paralisação que se prolongou por mais de um ano, desde 10 de Abril de 2014.

A companhia retomou a produção no quarto trimestre, mas previa que os carregamentos só começassem ao longo dos primeiros três meses deste ano. 

Em Maio do ano passado, a direcção do  Angola LNG revelou as causas da paralisação da produção, afirmando que se deveu a uma falha num dos gasodutos do sistema de queima de gás, um incidente do qual “não resultaram quaisquer danos humanos e ambientais”. 

A paragem da fábrica foi prolongada de modo a permitir à empreiteira Bechtel a  solução das anomalias relativas ao incidente e, ao mesmo tempo, melhorar a capacidade da produção fabril e retomar em segurança as exportações para os mercados da Europa e da Ásia.

Jornal de Angola – Foto: João Gomes

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