quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Moçambique. CRISE OU INCOMPETÊNCIA?



@Verdade, Editorial

Se, no passado recente, havia dúvidas em relação ao destino do país, hoje parece não haver. A cada dia que passa é notório que Moçambique continua, a passos largos, a descer às profundezas do pântano da desgraça, resultante da incompetência mórbida do Governo da Frelimo. O sinal mais evidente desta triste realidade é o facto de os moçambicanos estarem a ser obrigados a apertar o cinto mais do que já está.

Para o povo, tanto o cidadão que aufere salário mínimo nacional assim como o camponês que sobrevive da sua pequena machamba, a situação tornou-se insustentável, até porque os preços de produtos de primeira necessidade não param de subir. Os preços, na verdade, galopam, à semelhança de um cavalo sem freio, a cada segundo. Esta é uma realidade que os moçambicanos têm dificuldades de se adaptar. O mais preocupante é que não se vislumbra mudança do cenário a curto prazo.

Até ao período que veio ao de cima as escandalosas dívidas contraídas ilegalmente com o aval do Estado, o custo da cesta básica para o sustento de um agregado familiar composto por, pelo menos, cinco pessoas durante um mês, rondava os 12 mil meticais. Nesse valor não incluida as depesas relacionadas com higiene, carne vermelha e entretenimento. Presentemente, para ter a mesma quantidade de produtos alimentares os moçambicanos têm de desembolsar mais de 20 mil meticais. Além da cesta básica, os cidadãos têm outras necessidades com a saúde, o vestuário, a educação, a água e a energia.

É, simultaneamente, preocupante e revoltante a crise económica que o país atravessa, sobretudo quando se conhece os indivíduos que deliberadamente causaram esta lancinante situação. Ou seja, hoje, o custo de vida está cada vez mais alto, e os responsáveis por tudo isso prosseguem impunes e em lume brando. Continuam a levar a sua vida folgada, regada de uísque e vinhos, e estão a marimbar-se do sofrimento por que o povo passa.

Aliás, a desculpa esfarrapada usada pelo Governo de turno continua a ser a inexistente produção interna de alimentos. Isso é, na verdade, caricato, visto que o país possui milhares de terra arável, porém, o Governo pouco ou quase nada faz para incentivar a produção interna, fazendo com que se importa tomate, pão ralado, cebola, batata, entre outros produtos, dos países vizinhos. É uma vergonha de proporções astronómicas. É, portanto, uma demonstração de incompetência de bradar os céus!

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