Há
que dizer (escrever): Nicolau Santos no Expresso Curto é acontecimento
positivo. Lá está ele de lacinho imponente mesmo quando não está. Se olharem
aqui para o lado podem ver. No Expresso, a foto do Nicolau mal o representa
porque está deslaçado. Por isso aqui no PG recorremos ao Nicolau laçado. Não o
imaginamos de outro modo. É o mesmo que com o BB, o Baptista Bastos (olá meu querido!). O adorno é
parte integrante das suas personalidades. Ora tomem lá, seus desleixados,
quando deixam o laço fora dos colarinhos.
Adiante
que se faz tarde: e para ler o que há? Há Nicolau, há temporal climatérico. Medonho.
Perderam-se vidas. A estupidez dos humanos não tem par. Vão ver o mar revolto e
depois o mar agarra-os e leva-os. Não valeu de nada os avisos em barda na
comunicação social para que nos afastássemos do mar (ainda em vigor). Bem, até
valeu. Que se saiba foram para aí uma dúzia de pessoas arrastadas para o mar
mas só uma ou duas é que não foram resgatadas… com vida. Isto até agora.
Aconteceu ontem lá mais para o norte de Portugal. Que descansem em paz… os que
em vida foram tão estúpidos e morreram por atracão ao feérico e bravo mar que
os tragou num ápice. Com a natureza não se pode facilitar. É lição que vem no
nosso ADN desde os primórdios. Só a estupidez se sobrepõe a ela, à lição.
Sobre
o conteúdo do Expresso Curto, do Nicolau, vão ler. Nicolau no país das
maravilhas…
Bom
dia, bom fim-de-semana, boa semana que se irá iniciar na próxima segunda-feira…
e por aí adiante. Passem bem.
MM
/ PG
Bom
dia, este é o seu Expresso Curto
Nicolau
Santos - Expresso
“Portugueses,
só vos faltam as qualidades”
Bom
dia, este é o seu Expresso Curto, servido depois de um enorme temporal que
assolou todo o país e que promete continuar pelo dia de hoje. E há pelo menos
uma pessoa desaparecida no mar.
Felizmente que hoje em dia temos o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que decreta avisos azuis, vermelhos, laranjas, amarelos e verdes para nos alertar para tudo o que de mau a Natureza nos pode dar, ao mesmo tempo que nos faz recomendações como as nossas avós: evite circular com o mau tempo, use roupa quente, luvas e gorros com o frio, vista camisas leves e beba muita água no Verão. Sentimo-nos sempre um bocadinho infantilizados quando ouvimos os avisos do IPMA. Já os avisos da Marinha são mais pertinentes: evite os passeios à beira-mar e as fotografias radicais. Pois, neste caso houve dez pessoas que não escutaram o conselho e foram até à linha da água para fazer um ritual a Yemanjá em Ílhavo. Correu mal porque não estamos no verão brasileiro. Quatro foram arrastadas por uma onda e uma senhora de cerca de 40 anos encontra-se desaparecida.
Talvez por isso, mas também porque ontem ao fim da tarde foi inaugurada uma das maiores retrospetivas da sua obra na Fundação Gulbenkian (que hoje abre ao público) não pude deixar de me lembrar da forma como José de Almada Negreiros, “Poeta d’Orpheu, futurista e tudo”, termina o seu “Ultimatum futurista às gerações portuguesas do séc. XX”: “O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem, Portugueses: só vos faltam as qualidades”.
E noutro texto, “Manha e falso prestígio, os dois males de que sofre a vida portuguesa”, Almada zurze sem dó nem piedade: “Entretanto, a nossa querida terra está cheia de manhosos, de manhosos e de manhosos, e de mais manhosos. E numa terra de manhosos não se pode chegar senão a uma terra de falsos prestígios. É o que há mais agora por aí em Portugal: os falsos prestígios”. O texto foi publicado no Diário de Notícias em 3 de Novembro de 1933. E sim, não vou escrever o óbvio.
Almada era assim. Abrasivo, implacável, polemista (o muito glosado Manifesto Anti-Dantas é talvez o melhor exemplo), cujo talento extravasou para múltiplas atividades. Há 24 anos que não havia uma mostra antológica da sua obra visual. São mais de 400 peças, que percorrem os 50 anos de trabalho da figura de proa do modernismo português. Pelo olhar das netas, Rita e Catarina de Almada Negreiros, o Expresso visitou “José de Almada Negreiros: Uma maneira de ser moderno”, e propõe uma viagem pela Lisboa do artista.
O(s) mundo(s) de Almada são o tema de capa da revista E deste sábado. Mas não pode deixar de ir à Gulbenkian.
E se quiser conhecer melhor o seu pensamento, então é indispensável que leia “Almada Os Painéis A Geometria E tudo”, um conjunto de entrevistas que o jornalista António Valdemar fez a Almada, com epicentro nos Painéis de São Vicente de Fora, “um dos temas fundamentais, polémicos e mais absorventes da cultura portuguesa”.
Já agora também não pode deixar de ir visitar a exposição de um grande amigo de Almada e um artista genial, infelizmente desaparecido aos 30 anos: Amadeo de Souza Cardozo. Está no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado e invoca a exposição individual que Amadeo realizou de 4 a 18 de dezembro de 1916 na Liga Naval Portuguesa. Almada, aliás, não faz a coisa por menos: “Amadeo de Souza Cardozo é a primeira descoberta de Portugal na Europa no século XX. O limite da descoberta é infinito porque o sentido da descoberta muda de substância e cresce em interesse – por isso que a descoberta do caminho marítimo prá Índia é menos importante que a exposição de Amadeo de Souza Cardozo na Liga Naval de Lisboa”.
E como estamos com a mão na massa fica já com outro encargo para o fim de semana: ir também visitar a exposição de Moita Macedo que se encontra exposta no Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva. Dos quadros aos objetos pessoais e à poesia vamos de surpresa em surpresa na descoberta de um grande pintor e poeta, pai de cinco filhos, um dos quais, Paulo Macedo, é o atual presidente da Caixa Geral de Depósitos. Só é pena a exposição ser pequena. No andar de cima pode ver várias obras de Vieira da Silva e Arpad Szenes, bem como outros quadros da coleção de Jorge de Brito. Numa parede está um alerta: para preservar a coleção de Vieira da Silva, o Estado português tem de atuar, comprando-as, porque pouco a pouco tem sido retiradas várias obras do museu pelos herdeiros de Jorge de Brito e presumivelmente vendidas para o estrangeiro.
Felizmente que hoje em dia temos o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que decreta avisos azuis, vermelhos, laranjas, amarelos e verdes para nos alertar para tudo o que de mau a Natureza nos pode dar, ao mesmo tempo que nos faz recomendações como as nossas avós: evite circular com o mau tempo, use roupa quente, luvas e gorros com o frio, vista camisas leves e beba muita água no Verão. Sentimo-nos sempre um bocadinho infantilizados quando ouvimos os avisos do IPMA. Já os avisos da Marinha são mais pertinentes: evite os passeios à beira-mar e as fotografias radicais. Pois, neste caso houve dez pessoas que não escutaram o conselho e foram até à linha da água para fazer um ritual a Yemanjá em Ílhavo. Correu mal porque não estamos no verão brasileiro. Quatro foram arrastadas por uma onda e uma senhora de cerca de 40 anos encontra-se desaparecida.
Talvez por isso, mas também porque ontem ao fim da tarde foi inaugurada uma das maiores retrospetivas da sua obra na Fundação Gulbenkian (que hoje abre ao público) não pude deixar de me lembrar da forma como José de Almada Negreiros, “Poeta d’Orpheu, futurista e tudo”, termina o seu “Ultimatum futurista às gerações portuguesas do séc. XX”: “O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem, Portugueses: só vos faltam as qualidades”.
E noutro texto, “Manha e falso prestígio, os dois males de que sofre a vida portuguesa”, Almada zurze sem dó nem piedade: “Entretanto, a nossa querida terra está cheia de manhosos, de manhosos e de manhosos, e de mais manhosos. E numa terra de manhosos não se pode chegar senão a uma terra de falsos prestígios. É o que há mais agora por aí em Portugal: os falsos prestígios”. O texto foi publicado no Diário de Notícias em 3 de Novembro de 1933. E sim, não vou escrever o óbvio.
Almada era assim. Abrasivo, implacável, polemista (o muito glosado Manifesto Anti-Dantas é talvez o melhor exemplo), cujo talento extravasou para múltiplas atividades. Há 24 anos que não havia uma mostra antológica da sua obra visual. São mais de 400 peças, que percorrem os 50 anos de trabalho da figura de proa do modernismo português. Pelo olhar das netas, Rita e Catarina de Almada Negreiros, o Expresso visitou “José de Almada Negreiros: Uma maneira de ser moderno”, e propõe uma viagem pela Lisboa do artista.
O(s) mundo(s) de Almada são o tema de capa da revista E deste sábado. Mas não pode deixar de ir à Gulbenkian.
E se quiser conhecer melhor o seu pensamento, então é indispensável que leia “Almada Os Painéis A Geometria E tudo”, um conjunto de entrevistas que o jornalista António Valdemar fez a Almada, com epicentro nos Painéis de São Vicente de Fora, “um dos temas fundamentais, polémicos e mais absorventes da cultura portuguesa”.
Já agora também não pode deixar de ir visitar a exposição de um grande amigo de Almada e um artista genial, infelizmente desaparecido aos 30 anos: Amadeo de Souza Cardozo. Está no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado e invoca a exposição individual que Amadeo realizou de 4 a 18 de dezembro de 1916 na Liga Naval Portuguesa. Almada, aliás, não faz a coisa por menos: “Amadeo de Souza Cardozo é a primeira descoberta de Portugal na Europa no século XX. O limite da descoberta é infinito porque o sentido da descoberta muda de substância e cresce em interesse – por isso que a descoberta do caminho marítimo prá Índia é menos importante que a exposição de Amadeo de Souza Cardozo na Liga Naval de Lisboa”.
E como estamos com a mão na massa fica já com outro encargo para o fim de semana: ir também visitar a exposição de Moita Macedo que se encontra exposta no Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva. Dos quadros aos objetos pessoais e à poesia vamos de surpresa em surpresa na descoberta de um grande pintor e poeta, pai de cinco filhos, um dos quais, Paulo Macedo, é o atual presidente da Caixa Geral de Depósitos. Só é pena a exposição ser pequena. No andar de cima pode ver várias obras de Vieira da Silva e Arpad Szenes, bem como outros quadros da coleção de Jorge de Brito. Numa parede está um alerta: para preservar a coleção de Vieira da Silva, o Estado português tem de atuar, comprando-as, porque pouco a pouco tem sido retiradas várias obras do museu pelos herdeiros de Jorge de Brito e presumivelmente vendidas para o estrangeiro.
OUTRAS
NOTÍCIAS
Um
facto histórico: pela primeira vez na história de Angola após o
restabelecimento definitivo da paz, em 2002, e a instauração de eleições
multipartidárias, o Presidente José Eduardo dos Santos não será o cabeça
da lista do MPLA às próximas eleições legislativas, marcadas para agosto. João Lourenço é o cabeça de lista,
seguido de Bornito de Sousa, José Eduardo dos Santos e Fernando Dias dos
Santos. Entre as surpresas contam-se a entrada na lista de Vicente Pinto de
Andrade, um histórico nacionalista crítico do MPLA e a exclusão do filho do
presidente Filomeno dos Santos.
Uma notícia verdadeiramente surpreendente: François Hollande, o ainda Presidente da França, arrisca-se a ser o mais forte candidato à substituição de Donald Tusk à frente do Conselho Europeu. A questão vai ser debatida hoje em La Valetta, onde se reúnem informalmente os líderes europeus para preparar o Conselho Europeu de 25 de Março, em Roma, que celebrará os 60 anos da integração. E o que recomenda Hollande para tal cargo? Pois, o perfil elevado que manteve em matéria de política externa e de apoio aos Estado Unidos no combate ao Estado Islâmico. Ele há cada uma…
Um Expresso Curto sem Donald Trump já não sabe ao mesmo.
Depois de ontem se ter desentendido fortemente com o primeiro-ministro australiano durante “o pior telefonema do dia”, agora é Ted Malloch, o provável nomeado por Trump para embaixador junto da União Europeia, que é contestado por “ter apostado no colapso da moeda única dentro de meses”, além de outras declarações pouco simpáticas para a União Europeia. Os eurodeputados Manfred Weber, líder do Partido Popular Europeu, e Guy Verhofstadt, presidente da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa, escreveram a Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, e a Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, pedindo-lhes para rejeitarem Malloch.
Mas há mais Trump, claro. O homem ameaça cortar os fundos a uma universidade que retirou o convite para intervir a um orador de extrema-direita; oferece ajuda militar ao México para combater os “bad hombres” (esperemos que sejam os traficantes de droga); e resolveu lançar umas farpas a Arnod Schwarzenegger, que agora apresenta o programa televisivo que Trump liderou durante dez anos, dizendo que as audiências foram um desastre. Schwarzenegger é que não se ficou e num vídeo publicado no Twitter replicou: “Ei Donald. Tenho uma ideia fantástica. Porque não trocamos de empregos? Tu tomas conta da tv, porque és um perito em audiências. E eu tomo conta do teu trabalho, para as pessoas poderem dormir descansadas outra vez.”
E ainda mais Trump. O presidente norte-americano vai suspender a regra fiduciária que obrigaria os gestores de activos a trabalharem para o melhor interesse dos clientes e ordenar uma revisão da lei Dodd-Frank para o sector financeiro. Promete!
Na Holanda, os votos das eleições legislativas de 15 de março vão ser contados à mão, uma medida do governo para prevenir a fraude eleitoral, numa altura em que há “indícios do interesse da Rússia” no processo eleitoral. O governo quer manter a confiança do público no sistema eleitoral e acredita que uma votação eletrónica está sujeita a ataques informáticos que descredibilizam o processo. Ainda chegamos à votação por braço no ar…
Em Inglaterra, no afã de justificar o Brexit, o Governo de Theresa May encomendou um livro branco para comparar os direitos dos cidadãos da ilha com os da União Europeia. A dado passo o documento indica que os britânicos têm direito a 14 semanas anuais de férias pagas! É um erro ou uma gralha pois na realidade, os britânicos que trabalham cinco dias por semana têm direito a 5,6 semanas (28 dias úteis) de férias pagas. Na redes sociais já circulam piadas de quem diz estar desejoso de vir a poder solicitar todas as férias que a saída da União Europeia supostamente lhes vai conceder.
Boa notícia! A Tanzânia escolheu o consórcio constituído pela portuguesa Mota-Engil e pela turca Yapi Merkezi para construírem cerca de 400 quilómetros de linha férrea que vai ligar o país ao Burundi e ao Ruanda. O contrato vale mil milhões de euros. Mais uma lança em África!
Outra boa notícia (mas pode ser só ficção): Scott Ross, produtor de filmes como “Titanic” ou “Apollo 13”, tem um projecto de 100 milhões de dólares para criar de raiz um estúdio de animação em Portugal: o Playground. E já apresentou ao Governo aquela que será a “Pixar do século XXI”. Grande cena!
Ah, não é só por cá que os bancos são uma dor de cabeça. Em Espanha, o Banco Popular terminou o exercício de 2016 com um resultado negativo de 3.485 milhões de euros devido ao registo de provisões, depois de um prejuízo de 3.580 milhões registado no último trimestre do ano passado.
Em matéria futebolística, o Benfica teve uma semana aziaga. Depois de ter perdido com o Vitória de Setúbal por 1-0 e ter agora o FC Porto apenas a um ponto de distância, também não conseguiu contratar o central do Sporting, Sebastián Coates, que o jornal desportivo mais bem informado sobre o Benfica dava como garantido no clube da Luz. Afinal, Sebastián Coates vai continuar a representar o Sporting. O defesa central assinou contrato até 2022 ficando com uma cláusula de rescisão de 45 milhões de euros. E o extremo Gelson Martins renovou até 2022, tendo uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros. Desta vez Bruno de Carvalho não deixou fugir as pérolas.
Quanto ao árbitro do importante FC Porto-Sporting, sábado às 20H30 no Dragão, será Hugo Miguel que, segundo a Tribuna do Expresso Diário, é “filho de árbitro, futebolista fraquinho, bom guarda-redes e homem caridoso”. Nada o recomenda para a função mas como se diz às senhoras grávidas, que tenha uma boa hora (e meia, no caso)…
FRASES
“Houve uma campanha negra dirigida contra mim”. Maria de Belém, jornal i. Pois foi. Quando uma pessoa perde é sempre por causa dessas campanhas. E desta vez, a avaliar pelos resultados das presidenciais, deve ter metido vudu a sério.
“A expressão ‘terrorismo islamita’ causa-nos uma profunda mágoa. Semelhante expressão não pode ser utilizada, não é justo. Porque Islão e terrorismo não podem ser associados”. Recep Tayyip Erdogan, presidente turco, dando uma “chazada” à chanceler alemã Angela Merkel, que utilizou a expressão numa conferência de imprensa conjunta. Compreende-se: um democrata como Erdogan fica sempre magoado com estas injustiças.
“O nosso entendimento não é o de nacionalizar o Novo Banco, é de o manter na esfera pública, se não existir nenhuma proposta de compra que seja vantajosa e proporcional ao valor que o Governo atribui à instituição bancária em causa”. Carlos César, líder parlamentar do PS. Hummm, se for assim, o Novo Banco vai manter-se durante bastante tempo na esfera pública…
“Portugal é um país estranho. Um país onde as políticas económicas são decididas, e implementadas, sem ligação à realidade. A concertação social, coisa que muita gente elogia como se fosse a última Coca-Cola do deserto, é uma delas”. Camilo Lourenço, colunista, Jornal de Negócios, que sofre de fortes problemas de azia desde há um ano e que não bebe Coca-Cola para apaziguar as dores.
O QUE ANDO A LER. E A OUVIR
O que ando a ler já sabe: a biografia de Estaline que o Expresso está a publicar. Ainda só vou no segundo volume, após o suicídio da mulher do ditador soviético, cuja paranoia securitária vai subir em flecha a partir desse facto. Também vou no segundo volume da saga de Elena Ferrante. Estou naquele ponto em que Lila se prende de amores por Nino, apesar de ser casada, quer-me parecer que a coisa vai acabar mal, ou não se passasse a história em Nápoles, terra de grandes mafiosos. E também estou a meio de “A Gorda”, de Isabela Figueiredo. Confesso que estou a ficar desiludido. Por isso, recomendo o primeiro livro dela “Caderno de memórias coloniais”. É um murro no estômago e não se consegue parar de ler.
Quanto a ouvir, estou verdadeiramente apaixonado pela Nina Simone, que só agora descobri. Já comprei pelo menos quatro CD’s (sou daqueles que ainda compra CD’s). E entretanto vi no Netflix “What happened Miss Simone?”, que explica o trajeto da cantora e aquilo que a leva a passar dos blues de amor e do jazz para as canções de intervenção, numa altura em que o movimento negro nos Estados Unidos se batia pelos seus direitos cívicos. Um belo retrato.
E pronto, sai mais um Expresso Curto para a mesa do canto. Agora, o cafezinho servido aqui só regressa na segunda-feira. Até lá, seguindo as indicações do IPMA, agasalhe-se e não saia de casa. Se sair, leve gabardine e guarda-chuva, que deve abrir quando estiver fora do carro. Use galochas de plástico mas se por acaso estiver de sapatos e estes se molharem, corra para casa e troque as meias encharcadas por umas secas e de lã. Vai ver que se fizer tudo direitinho ainda vai trabalhar para o IPMA. Haja Deus!
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