Ricardo
Salgado, Bava, Bataglia, Granadeiro e outros que tal. A cafeína do Expresso
Curto abre e aborda o bando de bandidagem no âmbito da Operação Marquês. Sabe-se
que Sócrates já “papou” um ano de prisão, assim, como não quer a coisa. O Salgado
e os outros muchachos é que não. O juiz que é super é mesmo super, aqui têm a
prova. Ainda para mais por Salgado (e outros?) estarem nos “embrulhos” de
outras “operações” e com processos e investigações em curso. Ou será que não é
nada disso. Ou será que no caso de Sócrates prendem e depois investigam, no
caso de Salgado… é que não. Pois. E se os prendessem a todos até apurarem os
crimes que cometeram? Ah, o estado de direito que serve para uns mas esses são
poucos… Pois. E destes, se um deles fosse mesmo um esfarrapado (os esfarrapados
não cometem crimes destes, de lesa povos e países) então o desgraçado estaria
por anos na prisão até por fumar um charro mal amanhado no autocarro da Carris
ou dos STCP. Carago, mas que estado de direito, mas que democracia!
Fiquemos
cientes que dos da lista de DDTs o mal deles vai ser batatas. Justiça, onde
andas? Por caminhos esconços, sabemos. Mas quanto esconsos são?
Tudo o que é atrás dito para nada conta e é inusitado? Pois. Até configura um crime. Já sabemos
disso. E adiante que se faz tarde.
Fiquem
com o Curto do Expresso e outros crimes. E há Miguel Relvas, o "novo rico", além de utilidades escolhidas pelo escriba de serviço no pasquim do tio Balsemão (estamos a brincar, oh titio). Aproveitem a cafeína após o almoço (se almoçarem). Amanhã
há mais. Certo é que o Curto de hoje mexe na fossa pestilenta que perdura doentiamente neste país. - MM
/ PG
O
que Ricardo Salgado disse (e o que não disse) ao Ministério Público
Miguel
Cadete - Expresso
A
18 de janeiro, Ricardo
Salgado foi chamado pelo procurador Rosário Teixeira para ser
interrogado. Tinham passado quase duas semanas desde que Hélder
Bataglia havia prestado declarações, também no âmbito da Operação Marquês,
e denunciado a participação do antigo homem forte do outrora poderoso
Grupo Espírito Santo no caso que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
É esse interrogatório, de quatro horas, que hoje vem a público na revista “Visão”, acabadinha de chegar às bancas, num trabalho de Sílvia Caneco.
Na última sexta-feira, tinha passado pouco mais de um mês, foi a vez de Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, ex-CEO e ex-chairman da PT, terem sido constituídos arguidos num processo cuja acusação deverá ser conhecida dentro de duas semanas.
Da lista de arguidos do maior caso de corrupção alguma vez levantado pela justiça portuguesa já fazem parte um anterior chefe de governo, o até então maior banqueiro português e os dois principais gestores daquela que era considerada a maior e a mais exemplar empresa portuguesa do século XXI.
E o que disse Ricardo Salgado depois de ouvir o procurador do Ministério Público ler-lhe, ao longo de trinta longos minutos, as razões por que se havia decidido a chamá-lo para depor? Que estava em “choque” e que merecia “um copinho de água”.
Seguir-se-ia um depoimento, interrompido em várias ocasiões, em que Salgado tentou reverter as acusações de Hélder Bataglia, em que incriminou Álvaro Sobrinho do BES Angola, e onde respondeu por transferências feitas para as contas de Carlos Santos Silva, alegadamente testa de ferro de José Sócrates, Zeinal Bava, Henrique Granadeiro, José Dirceu, homem de mão de Lula da Silva, presidente do Brasil, e para si próprio. Pelo caminho ainda terá referido os nomes de Nuno Vasconcellos, da Ongoing, e Horta e Costa, o gestor que antecedeu Bava e Granadeiro na PT.
Trata-se de um rol enorme de recebedores de avultadas transferências, na versão do Ministério Público, a partir de um bem recheado saco azul do Grupo Espírito Santo, a ES Enterprises. Uma lista de pagamentos do GES que, de momento, soma 90 milhões de euros. A lista dos arguidos no processo, essa, já soma mais de duas dezenas. Quer apanhar o fio à meada? Leia este texto de Micael Pereira publicado na Revista do Expresso.
Tudo começou em 2007, para fazer face à OPA da Sonae sobre a PT. Bava e Granadeiro terão recebido nesse ano, cerca de 14 milhões de euros. Mais tarde, entre 2010 e 2012, quando já estava em curso a venda da Vivo e a aquisição da Oi por parte da PT, os montantes subiram: Bava sentiu uma conta bancária em Singapura crescer, Granadeiro foi associado a uma outra na Suíça por Ricardo Salgado. Os dois terão recebido mais de 30 milhões de euros durante esse período.
Ainda antes, a partir de 2006, também para manter o controlo da PT ameaçado pelas investidas da Sonae, Salgado terá feito circular dinheiro por Hélder Bataglia, que no todo ou em parte, viria chegar às contas de João Paulo Pinto de Sousa, primo de José Sócrates, e Carlos Santos Silva, amigo do ex-primeiro-ministro. Sete milhões mais 12 milhões dá quase vinte milhões.
Mais tarde, aniquilado o processo da OPA, e à época da venda da participação da PT na brasileira Vivo, e a entrada no capital da Oi, rodaram mais 7,5 milhões mais 2,75 milhões mais 4 milhões e ainda outros 4 milhões. Beneficiários? Bataglia, o próprio Ricardo Salgado e Álvaro Sobrinho. Mas há mais, muito mais, neste processo que envolve o primeiro de um Governo de Portugal, o mais poderoso banco e a maior empresa do país. Está tudo na “Visão”.
E até um provérbio, alegadamente de extração inglesa, “Pássaros com as mesmas penas voam juntos”, que não bate certo. A acusação formal, porém, tudo indica, bate a 17 de março. Faltam duas semanas.
Daniel Oliveira, na sua coluna de opinião no Expresso Diário, chama a atenção para o perigo de querer meter toda a corrupção nacional (e também a internacional, dadas as ligações à operação Lava Jato) no mesmo saco. “Alguém acredita que se fará uma investigação sólida, abrindo tão ambiciosa frente como a da PT/BES, a duas semanas do fim do prazo?”, diz.
Até Carlos Costa, atualmente governador do Banco de Portugal, foi envolvido por Salgado, que relembra a montagem de uma offshore que permitiu ao governo de Portugal receber o que emprestou a Angola através de um sindicato liderado pelo BES. Na década de 1990, Costa estava no BCP, um dos bancos que fez parte desse sindicato.
A esse propósito, veja aqui a Grande Reportagem da SIC, assinada por Pedro Coelho, em que se investiga o papel de supervisor do Banco de Portugal durante a implosão do BES. “Assalto ao Castelo” é o primeiro de três episódios que em 25 minutos esmiúçam a queda do banco liderado por Ricardo Salgado. Teria a porcaria “sido varrida para baixo do tapete”?
É esse interrogatório, de quatro horas, que hoje vem a público na revista “Visão”, acabadinha de chegar às bancas, num trabalho de Sílvia Caneco.
Na última sexta-feira, tinha passado pouco mais de um mês, foi a vez de Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, ex-CEO e ex-chairman da PT, terem sido constituídos arguidos num processo cuja acusação deverá ser conhecida dentro de duas semanas.
Da lista de arguidos do maior caso de corrupção alguma vez levantado pela justiça portuguesa já fazem parte um anterior chefe de governo, o até então maior banqueiro português e os dois principais gestores daquela que era considerada a maior e a mais exemplar empresa portuguesa do século XXI.
E o que disse Ricardo Salgado depois de ouvir o procurador do Ministério Público ler-lhe, ao longo de trinta longos minutos, as razões por que se havia decidido a chamá-lo para depor? Que estava em “choque” e que merecia “um copinho de água”.
Seguir-se-ia um depoimento, interrompido em várias ocasiões, em que Salgado tentou reverter as acusações de Hélder Bataglia, em que incriminou Álvaro Sobrinho do BES Angola, e onde respondeu por transferências feitas para as contas de Carlos Santos Silva, alegadamente testa de ferro de José Sócrates, Zeinal Bava, Henrique Granadeiro, José Dirceu, homem de mão de Lula da Silva, presidente do Brasil, e para si próprio. Pelo caminho ainda terá referido os nomes de Nuno Vasconcellos, da Ongoing, e Horta e Costa, o gestor que antecedeu Bava e Granadeiro na PT.
Trata-se de um rol enorme de recebedores de avultadas transferências, na versão do Ministério Público, a partir de um bem recheado saco azul do Grupo Espírito Santo, a ES Enterprises. Uma lista de pagamentos do GES que, de momento, soma 90 milhões de euros. A lista dos arguidos no processo, essa, já soma mais de duas dezenas. Quer apanhar o fio à meada? Leia este texto de Micael Pereira publicado na Revista do Expresso.
Tudo começou em 2007, para fazer face à OPA da Sonae sobre a PT. Bava e Granadeiro terão recebido nesse ano, cerca de 14 milhões de euros. Mais tarde, entre 2010 e 2012, quando já estava em curso a venda da Vivo e a aquisição da Oi por parte da PT, os montantes subiram: Bava sentiu uma conta bancária em Singapura crescer, Granadeiro foi associado a uma outra na Suíça por Ricardo Salgado. Os dois terão recebido mais de 30 milhões de euros durante esse período.
Ainda antes, a partir de 2006, também para manter o controlo da PT ameaçado pelas investidas da Sonae, Salgado terá feito circular dinheiro por Hélder Bataglia, que no todo ou em parte, viria chegar às contas de João Paulo Pinto de Sousa, primo de José Sócrates, e Carlos Santos Silva, amigo do ex-primeiro-ministro. Sete milhões mais 12 milhões dá quase vinte milhões.
Mais tarde, aniquilado o processo da OPA, e à época da venda da participação da PT na brasileira Vivo, e a entrada no capital da Oi, rodaram mais 7,5 milhões mais 2,75 milhões mais 4 milhões e ainda outros 4 milhões. Beneficiários? Bataglia, o próprio Ricardo Salgado e Álvaro Sobrinho. Mas há mais, muito mais, neste processo que envolve o primeiro de um Governo de Portugal, o mais poderoso banco e a maior empresa do país. Está tudo na “Visão”.
E até um provérbio, alegadamente de extração inglesa, “Pássaros com as mesmas penas voam juntos”, que não bate certo. A acusação formal, porém, tudo indica, bate a 17 de março. Faltam duas semanas.
Daniel Oliveira, na sua coluna de opinião no Expresso Diário, chama a atenção para o perigo de querer meter toda a corrupção nacional (e também a internacional, dadas as ligações à operação Lava Jato) no mesmo saco. “Alguém acredita que se fará uma investigação sólida, abrindo tão ambiciosa frente como a da PT/BES, a duas semanas do fim do prazo?”, diz.
Até Carlos Costa, atualmente governador do Banco de Portugal, foi envolvido por Salgado, que relembra a montagem de uma offshore que permitiu ao governo de Portugal receber o que emprestou a Angola através de um sindicato liderado pelo BES. Na década de 1990, Costa estava no BCP, um dos bancos que fez parte desse sindicato.
A esse propósito, veja aqui a Grande Reportagem da SIC, assinada por Pedro Coelho, em que se investiga o papel de supervisor do Banco de Portugal durante a implosão do BES. “Assalto ao Castelo” é o primeiro de três episódios que em 25 minutos esmiúçam a queda do banco liderado por Ricardo Salgado. Teria a porcaria “sido varrida para baixo do tapete”?
OUTRAS
NOTÍCIAS
Alguém falou em offshores? Paulo Núncio, antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais no governo de Passos Coelho, foi ontem ouvido no Parlamento no âmbito de uma comissão dedicada a apurar a responsabilidade da transferência sem rasto de 10 mil milhões de euros para offshores. E disse que a responsabilidade política pela não divulgação dessas estatísticas era sua. E assumiu que essa decisão não foi, porventura, “a mais adequada”.
Os deputados do PS não ficaram satisfeitos e tal como conta Adriano Nobre na edição de ontem do Expresso Diário, vão chamar ao Parlamento Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque, os ministros com a pastas das Finanças durante os anos que a passagem de dinheiro para offshores cresceu desmesuradamente.
Rocha Andrade, o atual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, reconheceu que uma falha técnica impediu, entre 2010 e 2014, a passagem dessa informação para o sistema central. Daí a discrepância entre os valores referentes a 2014 e 2015.
Entretanto, desapareceram três territórios da lista negra de offshores, já durante a vigência deste governo. A Ilha de Man, Jersey e o Uruguai foram eliminados do grupo de 79 praças financeiras que podem ser consideradas paraísos fiscais.
Portugal cresce. A publicação de estatísticas revela que Portugal vive um dos seus momentos de ouro. O crescimento do PIB nos últimos três meses de 2016, 2%, foi o maior desde o segundo trimestre de 2010. O desemprego está no valor mais baixo desde março de 2009 e a confiança dos consumidores está em máximos de quase 17 anos, desde março de 2000. O reino do otimismo, aqui, por Elisabete Tavares e Sónia Lourenço.
Obamas ganham 57 milhões com livros. Barack e Michelle venderam os direitos da publicação de dois livros à Penguin Random House por um balúrdio. Não se conhece a data de publicação ou o tema. DE acordo com o Financial Times, só se sabe que os volumes serão vendidos em conjunto.
Procurador Geral da Administração Trump reunia com os russos. Jeff Sessions encontrou-se, de acordo com o “Washington Post”, em duas ocasiões com o embaixador da Rússia, Sergey Kislyak. Os encontros tiveram lugar durante a campanha presidencial. Michael Flynn, conselheiro para a segurança, foi saneado em fevereiro exatamente pelas mesmas razões. Sessions desmentiu essas reuniões no Senado, mas os democratas pedem a sua demissão.
Bolsa de Nova Iorque em máximos. Os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq estão a bater recordes depois de Trump ter prometido baixar os impostos das empresas e empreender um programa de construção de infraestruturas. O Dow Jones ultrapassou ontem, pela primeira vez os 21 mil pontos. A Bolsa de Londres acompanha. No último ano cresceu 18%.
Brexit atrasa. Porque ontem, a Câmara dos Lordes votou favoravelmente uma proposta de emenda à lei. O governo de Theresa May é agora obrigado a apresentar propostas que protejam os direitos dos cidadãos da UE residentes no Reino Unido, três meses depois de ser ativado o artigo 50.º do Tratado de Lisboa.
François
Fillon vai depor. O candidato dos republicanos à eleição presidencial francesa
foi chamado para ser interrogado pelos juízes a 15 de março, uma semana antes
da primeira volta. O candidato fala em tentativa de “assassinato político”. Fillon
reúne esta manhã com a sua equipa para preparar um “fim de semana decisivo”, de
acordo com o “Le Figaro”.
Por seu lado, Emmanuel Macron, o jovem candidato do movimento En Marche, revelou hoje o seu programa em exclusivo no jornal “Le Parisien”. Propostas para a educação, terrorismo e segurança social estão já a ser discutidas na imprensa gaulesa.
Miguel Frasquilho na TAP. O ainda presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal será o futuro chairman da companhia aérea de bandeira portuguesa, noticiou o “Jornal de Negócios”. Diogo Lacerda Machado também faz parte da administração.
Miguel Relvas tem 31% de um novo candidato ao Novo Banco. O ex-ministro de Passos Coelho é proprietário de quase um terço da Aethel, a maior accionista da Pivot, que fez uma proposta para a aquisição do Novo Banco, diz o “Público” na primeira página.
Ruy de Carvalho fez 90 anos. E foi condecorado pelo Presidente com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito. O decano dos atores portugueses pediu para os jornalistas combaterem o Presidente norte-americano, Donald Trump.
Acabaram as borlas no Museu Berardo. A partir de maio, a entrada custa cinco euros. Só as crianças não pagam para visitar a coleção do empresário madeirense instalada no CCB, em Lisboa.
Por seu lado, Emmanuel Macron, o jovem candidato do movimento En Marche, revelou hoje o seu programa em exclusivo no jornal “Le Parisien”. Propostas para a educação, terrorismo e segurança social estão já a ser discutidas na imprensa gaulesa.
Miguel Frasquilho na TAP. O ainda presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal será o futuro chairman da companhia aérea de bandeira portuguesa, noticiou o “Jornal de Negócios”. Diogo Lacerda Machado também faz parte da administração.
Miguel Relvas tem 31% de um novo candidato ao Novo Banco. O ex-ministro de Passos Coelho é proprietário de quase um terço da Aethel, a maior accionista da Pivot, que fez uma proposta para a aquisição do Novo Banco, diz o “Público” na primeira página.
Ruy de Carvalho fez 90 anos. E foi condecorado pelo Presidente com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito. O decano dos atores portugueses pediu para os jornalistas combaterem o Presidente norte-americano, Donald Trump.
Acabaram as borlas no Museu Berardo. A partir de maio, a entrada custa cinco euros. Só as crianças não pagam para visitar a coleção do empresário madeirense instalada no CCB, em Lisboa.
Real
Madrid empata em casa com o Las Palmas. Resultado estava em 3 – 1 mas Cristiano
Ronaldo marcou por duas vezes nos últimos minutos: primeiro de pénalti e
logo depois num fantástico cabeceamento. O Barcelona venceu por 6 – 1 e está na
liderança: tem mais um ponto e mais um jogo que o Real Madrid. Luís Enrique
anunciou que não será treinador do Barça na próxima temporada.
“Antero entrega Pinto da Costa”, lê-se na manchete do “Correio da Manhã”. Ex-vice denuncia Presidente do FC Porto no julgamento sobre segurança ilegal.
FRASES
“Merda e mais merda”. Jean Claude Juncker, Presidente da Comissão Europeia, ontem, no Parlamento Europeu, a propósito da discussão sobre o “Livro Branco sobre o Futuro da Europa”
“Eu disse ‘sim, Ricardo, se precisares, eu faço. Desde que me transfiras o dinheiro, eu faço esses pagamentos”. Hélder Bataglia, interrogado pelo MP, na “Sábado”
“Estamos dez anos à frente da concorrência”. Luís Filipe Vieira, Presidente do Benfica, na imprensa desportiva
“O desejo feminino continua a ser escandaloso”.Nicole Garcia, atriz e realizadora francesa, no jornal “i”
“Quase tudo o que foi para o Panamá ficou oculto”. Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, na comissão parlamentar
O QUE ANDO A LER
Simon Sebag Montefiore é especialista na história da Rússia. Os leitores do Expresso sabem isso muito bem, desde que há semanas lhes foi oferecida uma biografia de Estaline, o czar vermelho.
Já publicado do mesmo autor, mas ainda sem tradução português, encontra-se também “Romanov’s” (W&N, 2016) em que Montefiore se dedica a fazer a história da dinastia Romanov desde que chegou ao poder em 1613 até ser decapitada – 18 assassínios – na sequência da revolução de fevereiro de 1917. Claro que a história dos Romanov, como Montefiore a conta, serve para perceber a pulsão expansionista russa dos dias de hoje. Durante o tempo em que reinaram, a Rússia cresceu de forma impressionante, chegando a dominar um sexto de todo o território do planeta, levando a acreditar que essa não era uma propriedade exclusiva daquele regime. Pois se o mesmo se verificou posteriormente no tempo da União Soviética e já nos nossos dias.
Mas se o longo volume em que se faz a história dos Romanov, quase 700 páginas, ajuda aperceber o interesse atual da Rússia na Crimeia, ele é, sobretudo, uma detalhada e também colorida descrição dos hábitos da corte, dominada pelo medo que um sistema autocrático impunha a todas as suas principais figuras.
A capacidade necessária para gerir o poder, ameaçado ora pela igreja, ora pelos militares, ora pela nobreza, transformava a vida na corte num exercício de enorme dificuldade em que o erro marcava o destino. O erotismo, a volúpia, o sadismo ou o sexo desbragado que marcaram muitos dos Romanovs não só favorece a leitura como funcionava como contrapeso de um universo carregado de opressão e que, no limite, era impossível gerir. Amor e morte, como em qualquer boa história romântica, não faltam.
Por hoje é tudo. O Expresso online é atualizado em permanência. Logo mais, pelas 18h, o Expresso Diário traz os temas que serão notícia amanhã mais a opinião dos nossos colunistas. Amanhã, para servir mais um curto de bandeja, estará por cá Ricardo Marques. Tenha um bom dia.
“Antero entrega Pinto da Costa”, lê-se na manchete do “Correio da Manhã”. Ex-vice denuncia Presidente do FC Porto no julgamento sobre segurança ilegal.
FRASES
“Merda e mais merda”. Jean Claude Juncker, Presidente da Comissão Europeia, ontem, no Parlamento Europeu, a propósito da discussão sobre o “Livro Branco sobre o Futuro da Europa”
“Eu disse ‘sim, Ricardo, se precisares, eu faço. Desde que me transfiras o dinheiro, eu faço esses pagamentos”. Hélder Bataglia, interrogado pelo MP, na “Sábado”
“Estamos dez anos à frente da concorrência”. Luís Filipe Vieira, Presidente do Benfica, na imprensa desportiva
“O desejo feminino continua a ser escandaloso”.Nicole Garcia, atriz e realizadora francesa, no jornal “i”
“Quase tudo o que foi para o Panamá ficou oculto”. Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, na comissão parlamentar
O QUE ANDO A LER
Simon Sebag Montefiore é especialista na história da Rússia. Os leitores do Expresso sabem isso muito bem, desde que há semanas lhes foi oferecida uma biografia de Estaline, o czar vermelho.
Já publicado do mesmo autor, mas ainda sem tradução português, encontra-se também “Romanov’s” (W&N, 2016) em que Montefiore se dedica a fazer a história da dinastia Romanov desde que chegou ao poder em 1613 até ser decapitada – 18 assassínios – na sequência da revolução de fevereiro de 1917. Claro que a história dos Romanov, como Montefiore a conta, serve para perceber a pulsão expansionista russa dos dias de hoje. Durante o tempo em que reinaram, a Rússia cresceu de forma impressionante, chegando a dominar um sexto de todo o território do planeta, levando a acreditar que essa não era uma propriedade exclusiva daquele regime. Pois se o mesmo se verificou posteriormente no tempo da União Soviética e já nos nossos dias.
Mas se o longo volume em que se faz a história dos Romanov, quase 700 páginas, ajuda aperceber o interesse atual da Rússia na Crimeia, ele é, sobretudo, uma detalhada e também colorida descrição dos hábitos da corte, dominada pelo medo que um sistema autocrático impunha a todas as suas principais figuras.
A capacidade necessária para gerir o poder, ameaçado ora pela igreja, ora pelos militares, ora pela nobreza, transformava a vida na corte num exercício de enorme dificuldade em que o erro marcava o destino. O erotismo, a volúpia, o sadismo ou o sexo desbragado que marcaram muitos dos Romanovs não só favorece a leitura como funcionava como contrapeso de um universo carregado de opressão e que, no limite, era impossível gerir. Amor e morte, como em qualquer boa história romântica, não faltam.
Por hoje é tudo. O Expresso online é atualizado em permanência. Logo mais, pelas 18h, o Expresso Diário traz os temas que serão notícia amanhã mais a opinião dos nossos colunistas. Amanhã, para servir mais um curto de bandeja, estará por cá Ricardo Marques. Tenha um bom dia.
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