Raul
Diniz | opinião
A
fonte da pobreza exasperante dos angolanos, advém da falta da presença de
espírito e da inexistência de amor a Deus e ao próximo conjugada, com a falta
de respeito pelo povo, que os mais altos dirigentes brucutus do partido nutrem
pelo povo que explora inexoravelmente. Além do mais, a fome e a miséria não têm
a empatia da democracia. também o povo não se compadece com a fraude eleitoral.
O contingentismo entre o MPLA e a componente civil social da politica activa
agrava de sobremaneira a frágil estabilidade social que o país atravessa.
É
nesse momento crítico para todo país, que os meus distintos camaradas, o
Marcolino Moco e Artur Pestana (Pepetela), sujeitaram-se a assumir publicamente
o papel de cabos eleitorais de João Lourenço, o indicado de JES.
E
essa, hein camaradas! E eu é que sou o bandido e invejoso! O nosso povo
não merece esse tipo de tratamento vindo de pessoas que deviam estar ao seu
lado defendendo-o desses parasitas, que se apossaram indecentemente do poder.
Em
Angola, bandidos, gatunos, milionários e os larápios multimilionários safados
esbanjam opulência e risonhos caminham impunes de mãos dadas. A ação politica
se hoje está demasiado polarizada entre duas partes contendentes, de um lado
esta a minoria dos adeptos e gestores da ditadura, e do outro a maioria dos que
querem livrar-se dela. No entanto, a verdade é que temos um país atípico gerido
por criminosos do colarinho branco, que vivem acobertados a sombra do tedioso
poder judicial.
A
pergunta que não quer calar, será que João Lourenço conseguirá mesmo
neutralizar a corrupção tão enraizada no seio da superstrutura do MPLA e do
regime? Camarada João Lourenço não brinque com a inteligência dos angolanos,
brincadeira tem ora meu camarada, e a ora para gracejo não é essa.
Quando
ouço os discursos vespertinos do camarada candidato de JES as eleições, fico
até aboamado com a expressiva eloquência insensata expressas que se tornam a
cada momento mais inóxios. Dá até impressão que o alter-ego do candidato foi
gravemente atingido pelo complexo de édipo mal resolvido, onde o pai, fundador
da dinástica ditadura impõe a regra da fidelidade canina ao filhote frangote e
candidato a ditador mirim. Qual Kim jong-Il (pai) qual Kim Jong-Un (filho) Isso
em Angola não vai pegar.
Em
N’dala-tando e Malanje não existe essa de engrandecer os discursos dos filhos
da ditadura, podem até vir com suas múltiplas feitiçarias, mas aqui eles não
prosperam. Aqui no Norte, eles entram a falar demais, mas, acabam por sair caladinhos.
Que o digam o antigo Presidente da Republica, dr. António Agostinho Neto, e o
agora candidato a Vice-presidente Bornito de Sousa Diogo.
João
Lourenço fala que fala, mas nada diz, parece até um vulgar tagarela, feito
computar adulterado que tem o disco regido infectado com vírus da
desinteligência. Os angolanos não precisam conviver ancorados as incongruências
do JL e de seus amigos, temos que dar a volta por cima e deixar de sermos
temerosos e/ou trémulos, como se todos padecêssemos da alzheimer.
O
regime mergulhou o país num rio de as aguas turvas, que banham o enevoado
regime. Se essa enchente de aguas turvas não forem drenadas com a urgência
necessária, a situação poderá fugir ao controlo e o país poderá descambar, e,
afundar-se no tenebroso mar do esquecimento.
O
país segue imparável em direcção a sua previsível desintegração social. A
base social do país está rachada ao meio, foi atingida fortemente pela
instabilidade politica económica social. De um lado estão os muito ricos
que somam 7% da população e do outro estão os 93% dos muito pobres sem
esperanças de sobreviver.
Por
si só, essa situação cria um desalento perigoso e demonstra a insuperável
situação de descrédito por que passa o regime. Essa vulnerável governação
inviabiliza de todo o desenvolvimento económico, por outro lado, fragiliza o
MPLA pela longevidade no poder, alem disso, a campanha do MPLA não nos
apresentou até aqui nenhuma agenda credível, reformadora com programas sérios e
implementáveis que ajude o país a sair da crise que fomos jogados pelo
presidente que governa Angola há 38 anos ininterruptos.
Além
disso os sucessivos governos do MPLA não conseguiram transmitir segurança aos
cidadãos nem tão pouco uma agenda de reformas económicas após 42 anos de poder,
nem conseguiram assegurar de forma contundente o funcionamento tranquilo das
instituições do estado com total independência.
O
regime não tem condições para brecar a profundidade da crise observada, a
sociedade no seu todo está incrédula e preocupadas com o aprofundamento da
crise que proporciona o roubo do que ainda resta do país.
Não
é de estranhar que essa situação atinja fortemente 93% da população, que
actualmente vive abaixo da linha de pobreza. Infelizmente para os angolanos, os
mais altos dirigentes do partido afastaram-se do propósito de defender e
permanecer ao lado do povo. Quis o destino que assim não fosse, o MPLA
constituiu-se em carrasco do povo.
O
MPLA de JES esta lotado de mercenários narcisistas, que apenas querem o poder
pelo poder, e assim continuar a deslapidar sofregamente o erário publico
nacional. O importante para eles é ver quem rouba mais, e quem melhor esconde o
fruto do roubo no exterior
Alem
disso, o país politico está de todo polarizado. De um lado está a quadrilha
criminosa minoritária dos muito ricos empoderada. Do outro lado está 93%
daqueles que são impiedosamente execrados e destituídos de todos seus direitos
e surripiadas as suas riquezas por aquela minoria de 7% dos que infernizam a
vida do povo há 42 anos.
No
passado recente, indaguei a campanha de João Lourenço para saber com quem e
para quem ele governaria, caso ganhe as eleições, até hoje não obtive qualquer
resposta.
Hoje
vou reformular a pergunta da seguinte maneira: como, com quem, e para quem JL
governaria o país? JL sabe que tem a perna um MPLA engripado e imaturo
politicamente apesar dos anos de estrada, JL também tem consciência que é
observado silenciosamente pelo MPLA sempre desconfiado.
Ao
longo dos anos de absoluto totalitarismo, o MPLA foi ingloriamente inábil na
forma como lidou com a sensibilidade do povo. Por outro lado, a ganância dos
dirigentes levou o partido a prestar um serviço, que redundou num estrondoso
desserviço publico-social para o país.
Ainda
assim, o MPLA ainda que desencantado, não consegue deixar de conduzir o país
através do retrovisor, quando deveria conduzi-lo pelo para-brisa olhando para
frente. De facto, a verdade é que o povo não vê melhorias que lhe permita
arvorar esperanças de dias melhores após as eleições. Aliás, esse MPLA doente
que aí está, nada mais é que um partido anestesiado que perdeu a capacidade de
sonhar os sonhos do povo. O MPLA está sem saída, e nada mais tem a dar ao país.
Sinceramente esse MPLA que aí está, se manter-se novamente no poder, certamente
o povo ficará ainda mais pobre.
Pessoalmente
sou dos que não gravita em torno de teorias pré-concebidas, nem sou dos que
afirma que os políticos corruptos. Não existe politico corruptos nem maus,
somos nós cidadãos quem coloca no poder gente corrupta e maldosa, nós somos os
únicos culpados por haver bandidos desqualificados sem ética e sem moral no
poder. Ninguém nasce politicamente corrupto, eles entram bandidos e corruptos
no poder.
O
séquito que acompanha o MPLA/JES não permite que o soberano fiscalize a
governação e os excessos do poder, igualmente eu não faço concepções aos
corruptos. A esse bando de corruptos e gatunos desalmados, combato-os
frontalmente de forma contundente como deve fazê-lo qualquer filho autóctone
legitimo. Meu único objectivo é o de continuar a lutar contra as injustiças.
Hoje
estou certo que nenhum angolano quer ter em presidente da república fraco,
maneável e híper-dependente do seu antecessor. Como já afirmei antes, João
Lourenço não é o candidato desejado pelo partido, que surge com força politica
necessária para alterar o funcionamento das regras impostas pelo regime
decrepito que opera o xadrez politico nacional. Aliás, ele é mais do mesmo, só
que demasiado fraco, e para agravar mais, ele não tem nenhum projecto, nem
qualquer programa pessoal politico-pessoal para o país.
João
Lourenço ainda não se apercebeu da sua real fragilidade e fraqueza, ele pensa
estar a dar-nos alguma coisa, quando na verdade não dá coisa nenhuma. O
angolano não quer que a fraude eleja o presidente da republica. Queremos todos
que Angola tenha um presidente ungido pela violência da verdade que o voto
popular produz.
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