Na
semana do Orçamento, toda a esquerda regista subidas na intenção de voto.
Popularidades de PM e líder do CDS crescem o mesmo. Passos regista um quarto do
saldo que tinha há um ano
Os
bons resultados de PS e CDS nas eleições autárquicas tiveram repercussão nas
popularidades dos respetivos líderes: António Costa e Assunção Cristas, os dois
vencedores da noite de 1 de outubro, veem os seus saldos crescer exatamente os
mesmos 1,6% cada um no barómetro mensal da Eurosondagem para o Expresso e SIC.
Maior
variação, mas de sinal contrário, só na popularidade de Pedro Passos Coelho: o
presidente do PSD (que já tinha assumido ir deixar o cargo, aquando da
realização desta sondagem) decresce 3,6% em relação ao mês passado. O seu saldo
é agora de 4,4% (45% menos do que os 8% que tinha em setembro), muito perto do
valor mais baixo que registou desde que passou de primeiro-ministro a líder da
oposição — 3,6% em dezembro de 2015. Mas é na comparação com o que tinha há
exatamente um ano que a sua queda ganha outra expressão: em outubro de 2016, o
seu saldo era quase quatro vezes superior (16,6%).
A
desgraça do líder social-democrata é acompanhada pelo percurso novamente
descendente do seu partido nas intenções de voto. O PSD perde ‘apenas’ 0,7% em
comparação com o mês passado (tem agora 28%), mas é quanto basta para o atirar
para o valor mais baixo desde que está na oposição. Já o seu antigo parceiro de
Governo perde 0,8% e volta aos 6% (um mínimo que o CDS não registava neste
barómetro desde agosto de 2016).
Em
contrapartida, todos os partidos da ‘geringonça’ sobem nas intenções de voto
dos inquiridos — no que pode bem ser já uma consequência das boas notícias do
Orçamento do Estado de 2018 (cujas linhas gerais começaram a ser conhecidas nos
últimos dias em que decorreram as entrevistas para o inquérito): o PS retoma a
trajetória ascendente que tinha interrompido há um mês e fixa-se nos 41%, já
muito perto de um limiar mínimo para a ambicionada maioria absoluta; o BE sobe
0,6 pontos percentuais e volta aos 9% (que não tinha desde maio) e a CDU,
depois de dois meses em perda, ganha duas décimas em relação a setembro e está
agora com 7,5%.
Cristina
Figueiredo | Expresso (ver mais no original)
Sem comentários:
Enviar um comentário