O
antigo presidente são-tomense, Fradique de Menezes, que foi ouvido no
processo de alegada corrupção de magistrados do Supremo Tribunal de
Justiça no processo da cervejeira Rosema, deu hoje uma conferência de
imprensa onde anunciou que tudo fará para ver o seu nome limpo.
Fradique
de Menezes deu hoje uma conferência de imprensa onde anunciou que tudo fará
para ver o seu nome limpo na justiça.“O meu advogado tem todo o meu mandato para
poder prosseguir com este processo (…) A Procuradoria-Geral da República tem
que chegar a uma conclusão e levar o caso avante, se for preciso, até ao
tribunal”, declarou.
Fradique
Menezes foi ouvido como testemunha no caso de alegada corrupção de magistrados
do Supremo Tribunal de Justiça no processo da cervejeira Rosema.
O antigo presidente decidiu avançar com uma queixa-crime por difamação e injúria contra o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Manuel Silva Gomes Cravid, e contra os magistrados Frederico da Gloria e Justino Veiga.
Na
semana passada, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça quebrou o silêncio
e denunciou a tentativa de suborno, afirmando que o caso da cervejeira Rosema é
o caso mais polémico do sistema judiciário no país. O Presidente do Supremo
Tribunal de Justiçadisse que a democracia está em perigo e denunciou uma
“cabala” contra a sua pessoa.
As
alegadas acusações de corrupção, neste caso, envolvem o antigo ministro da
Justiça, Justino Veiga, até à data assessor do Presidente do Supremo Tribunal,
que o demitiu, bem como o vice-presidente do PCD, Delfim Neves, e o seu
homólogo do MLSTP PSD, Osvaldo Vaz. Osvaldo Vaz, que entretanto se demitiu do
cargo, denunciou ingerência da ADI, partido no poder, nos assuntos internos do
partido.
Entretanto
o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, pediu celeridade à justiça, referindo-se
ao caso da cervejeira Rosema com “a máfia que ameaça a democracia do país”.
Miguel
Martins/RFI
Foto:
Fradique de Menezes, antigo chefe de Estado de São Tomé e Príncipe
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