sábado, 12 de agosto de 2017

ANGOLA QUER UM PRESIDENTE UNGIDO PELO VOTO POPULAR



Raul Diniz | opinião

A fonte da pobreza exasperante dos angolanos, advém da falta da presença de espírito e da inexistência de amor a Deus e ao próximo conjugada, com a falta de respeito pelo povo, que os mais altos dirigentes brucutus do partido nutrem pelo povo que explora inexoravelmente. Além do mais, a fome e a miséria não têm a empatia da democracia. também o povo não se compadece com a fraude eleitoral. O contingentismo entre o MPLA e a componente civil social da politica activa agrava de sobremaneira a frágil estabilidade social que o país atravessa.

É nesse momento crítico para todo país, que os meus distintos camaradas, o Marcolino Moco e Artur Pestana (Pepetela), sujeitaram-se a assumir publicamente o papel de cabos eleitorais de João Lourenço, o indicado de JES.

E essa, hein camaradas! E eu é que sou o bandido e invejoso!  O nosso povo não merece esse tipo de tratamento vindo de pessoas que deviam estar ao seu lado defendendo-o desses parasitas, que se apossaram indecentemente do poder.

Em Angola, bandidos, gatunos, milionários e os larápios multimilionários safados esbanjam opulência e risonhos caminham impunes de mãos dadas. A ação politica se hoje está demasiado polarizada entre duas partes contendentes, de um lado esta a minoria dos adeptos e gestores da ditadura, e do outro a maioria dos que querem livrar-se dela. No entanto, a verdade é que temos um país atípico gerido por criminosos do colarinho branco, que vivem acobertados a sombra do tedioso poder judicial.

A pergunta que não quer calar, será que João Lourenço conseguirá mesmo neutralizar a corrupção tão enraizada no seio da superstrutura do MPLA e do regime? Camarada João Lourenço não brinque com a inteligência dos angolanos, brincadeira tem ora meu camarada, e a ora para gracejo não é essa.

Vilanagem à farta | OS SALÁRIOS MILIONÁRIOS NA ELETRICIDADE DE MOÇAMBIQUE (EDM)



@Verdade | Editorial

Nestes tempos em que o país vive uma crise sem precedentes provocada pelo Governo da Frelimo, através das dívidas contraídas ilegalmente em nome dos moçambicanos, um grupo de necrófagos que constituem o Conselho de Administração da empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) mostra, às escâncaras, todas as suas falinhas e já não disfarçam os seus insanciáveis apetites pelo dinheiro público.

Um documento que o jornal @Verdade teve acesso mostra a pouca vergonha que tem acontecido nos cofres da empresa estatal que detém o monopólio da distribuição de energia. Decididamente, o Conselho de Administração da EDM foi criada para esvaziar e destruir os cofres daquela empresa pública, no lugar de contribuir para o desenvolvimento da mesma. Ora vejamos: num ano em que o aumento salarial decretado pelo Governo moçambicano para sector de energia foi de 13,3 por cento, o Conselho de Administração da EDM aumentou as suas remunerações, durante o ano passado, em mais de 60 por cento, passando, assim, a auferir cada um dos sete administradores cerca de um milhão de meticais mensais.

Esses salários, diga-se em abono da verdade, são um insulto não só aos outros funcionários da Electricidade de Moçambique mas também aos moçambicanos. Aliás, as remunerações dos administradores da EDM representam uma grosseira falta de respeito à dignidade do povo moçambicano. Milhares de moçambicanos vivem em condições de extrema pobreza, com problemas sérios de falta de acesso à corrente eléctrica, mas um punhado de individuo abocanham anualmente uma fortuna que tiraria a população do sufoco em que se encontra.

Quase todos os dias, são registados casos de consumidores de energia eléctrica que se mostram agastados com a má qualidade de serviços prestados pela EDM, para além de falta de seriedade em solucionar algumas situações pontuais. Porém, ao invés de procurar soluções para os problemas do consumidores, os administradores da empresa estão preocupados em aumentar os seus ordenados. O mais caricato é que todos os anos a empresa tem vindo a apresentar prejuízos, quando na verdade se trata de uma manobra para continuarem a saquear os cofres do Estado.

Moçambique e a anarquia na educação| HÁ TURMAS COM 173 ALUNOS NO NIASSA



Para suprir défice 32 mil salas em Moçambique Nyusi propôs-se a construir 4.500

Oficialmente em Moçambique existe um professor para cada turma de 62 alunos. O Plano Quinquenal do Governo(PQG) de Filipe Jacinto Nyusi propôs-se a reduzir esse rácio para uma média de 57 alunos por turma. Porém o @Verdade descobriu cinco escolas na província do Niassa onde cada turma tem mais de 100 alunos, numa delas, do ensino secundário, encontramos 173 alunos a tentarem estudar a oitava classe. Paradoxalmente, para colmatar o défice de mais de 32 mil salas de aulas no país, o PQG propõe construir somente 4.500 novas salas até 2019.

Continua a ser uma utopia a qualidade de educação em Moçambique, desabafa um professor que lecciona uma turma do ensino secundário com mais de cem estudantes. “De algum tempo para cá, o espírito de vontade política moçambicana, tem se alimentado de discursos falaciosos em torno da qualidade de ensino. Entretanto, o cenário é contraditório, porque, ainda encontramos turmas superlotadas, acima do normal” acrescentou o entrevistado do @Verdade.

O docente, que falou com o @Verdade na condição de anonimato, não tem ilusões, “o processo de planificação escolar nesta classe sufoca a qualidade e a intervenção eficiente do professor, que acaba sendo o mais sacrificado”.

Fretilin vai convidar PLP e KHUNTO para formar plataforma de governação em Timor-Leste



Díli, 12 ago (Lusa) - A Fretilin, partido timorense mais votado nas legislativas, anunciou hoje que vai convidar os dois partidos que se estreiam no Parlamento Nacional, PLP e KHUNTO a ter conversações para a formação de uma plataforma "sólida e segura" de governação.

"A Fretilin decide convidar o PLP e o KHUNTO para com a Fretilin iniciar conversações mais substanciais para a formação de uma plataforma de entendimento sólido e seguro de Governação", anunciou o secretário-geral do partido, Mari Alkatiri.

Essas conversações com o Partido Libertação Popular (PLP) - oito lugares no parlamento - e com o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) - cinco lugares - pretendem "definir formalmente o formato mais adequado do entendimento capaz de responder às legítimas expectativas" do povo timorense, sublinhou.

Alkatiri, que leu uma declaração da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) em conferência de imprensa, disse que o partido vai ainda "manter o diálogo com todos os outros partidos".

QUEM NOS QUALIFICOU COMO HOMO SAPIENS?



Portador de elevada inteligência, o animal homem tem diante de si todas as condições científicas e tecnológicas para criar um mundo mais equilibrado (ecologicamente), menos injusto (economicamente), mais fraterno (humanamente) e menos desigual (socialmente).

Acontece que, mesmo diante de todo esse cabedal de possibilidades, favoráveis à qualidade de vida e ao bem-estar das populações, o próprio homem vem se encaminhando para um sentido oposto, indo ao encontro da escuridão, dada suas ostensivas ações praticadas nesses últimos tempos.

Marcus Eduardo de Oliveira*

São vários os fatores condicionantes desse processo, começando, sobretudo, no descaso e no mau uso feito pelo Ser Humano em relação às coisas da natureza. Com direito ao emprego de uma fina ironia, só mesmo a nossa espécie, inteligente e sábia, é capaz de esgotar a própria fonte (natureza) de suporte à vida.

Paradoxalmente, a inteligência do animal homem tem sido capaz de promover o desserviço de nos aproximar do precipício existencial. A capacidade do homem de se autodestruir é incomensurável e se evidencia de diferentes maneiras: quer pelos alimentos consumidos, modificados e repletos de resíduos de agrotóxicos muito acima do permitido; quer pela água das nascentes frequentemente contaminadas com resíduos químicos; quer pelo ar que se respira, cada vez mais poluído por nossos carros e indústrias; e, principalmente, quer pelo tipo de economia de desperdício praticada (nunca houve tanta derrelição como agora), face à perniciosa e predominante "ideologia do consumismo".

BRASIL | A ‘democracia’ dos sem-vergonha



Se a  medirmos pelos predicados mínimos de toda a democracia que é o respeito à soberania popular, a observância dos direitos fundamentais do cidadão

Leonardo Boff* – do Rio de Janeiro | Correio do Brasil | opinião

É difícil ficar calado após ter assistido à funesta e desavergonhada sessão da Câmara dos Deputados que votou contra a admissibilidade de um processo pelo STF contra o Presidente Temer por crime de corrupção passiva.

O que a sessão mostrou foi a real natureza de nossa democracia que se nega a si mesma. Se a  medirmos pelos predicados mínimos de toda a democracia que é o respeito à soberania popular. A observância dos direitos fundamentais do cidadão, a busca de uma equidade mínima na sociedade e o incentivo à participação, o bem comum; além de uma ética pública reconhecível, então ela comparece como uma farsa e como uma negação de si mesma.

Nem sequer é uma democracia de baixíssima intensidade. Ela se revelou, desta vez, com nobres exceções; como um covil de denunciados por crimes; de corruptos e de ladrões de beira de estrada, assaltando os pobres níqueis dos cidadãos.

Criminosos ou acusados

Como iriam votar a favor da admissibilidade de um julgamento de um Presidente pelo Supremo Tribunal Federal se cerca de 40% de atuais deputados respondem a vários tipos de processos na Corte Suprema? Vigora sempre um conluio secreto entre os criminosos ou acusados como tais, no estilo das “famgilias” da máfia.

Nunca em minha já longa e cansada existência ouvi que algum candidato para financiar sua campanha vendeu seu sítio ou se desfez de algum bem. Mas sempre recorreu a empresários e a outros endinheirados. Para financiar sua milionária eleição. O caixa 2 se naturalizou e as propinas fabulosas foram crescendo de campanha em campanha na medida que aumentavam as trocas de  benefícios.

Covil-mor

Desta vez, o palácio do Planalto se transformou no covil-mor do grande Ali-Babá que a céu aberto distribuía benesses, prometia subsídios aos milhões ou mesmo oferecia outros benefícios para comprar votos a seu favor.  

Só esse fato mereceria uma investigação de corrupção aberta e escandalosa aos olhos dos que guardam um mínimo de ética e de decência, especialmente de gente do povo que ficou profundamente estarrecida e envergonhada.

Efetivamente nenhum brasileiro merecia tamanha humilhação a ponto de tantos sentirem vergonha de ser brasileiros.

Os parlamentares, incluídos os senadores, representam antes os interesses corporativos dos que financiaram suas campanhas do que os cidadãos que os elegeram.

Já temos tido a distância temporal suficiente para podermos perceber com clareza o sentido do golpe parlamentar dado com a cumplicidade de parte do judiciário e do massivo apoio da mídia empresarial: desmontar os avanços sociais em favor da população mais pobre que sempre foi, desde a Colônia, no dizer do maior historiador mulato Capistrano de Abreu, “castrada e recastrada, sangrada e dessangrada”. E também alinhar o Brasil à lógica imperial dos USA no lugar de uma política externa “ativa e altiva”.

As classes oligárquicas (Jessé Souza, ex-presidente exonerado do IPEA pelo atual Presidente) nos dá o número exato: 71.440 de supermilionários. Cuja renda mensal, geralmente pela financeirização da economia, alcança R$ 600 mil por mês. Nunca aceitarem que alguém vindo do andar de baixo e representante dos sobreviventes da histórica tribulação dos filhos e filhas da pobreza, chegasse a ocupar o centro do poder.

Ficaram assustadas com a presença deles nos aeroportos e nos shoppings centers, lugares de sua exclusividade. Deviam ser devolvidos ao lugar de onde nunca deveriam ter saído: a periferia e a favela. Não apenas os querem distantes de seus espaços.

Golpe

Vão mais longe: odeiam-os, humilham-nos e difundem este desumano sentimento por todos os meios. Não é povo que odeia,  confirma-o Jessé Souza. Mas esses endinheirados que  os exploram e com tristeza e por obrigação legal lhes pagam os miseráveis salários. Por que pagar, sem sempre trabalharam de graça como antigamente?

Historiadores do nível de José Honório Rodrigues, entre outros, têm mostrado que sempre que os descendentes e atualizadores da Casa Grande percebem que políticas sociais transformadoras das condições de vida dos pobres e marginalizados. Dão um golpe de estado por medo de perderem o nível escandaloso de sua acumulação. Considerada uma das mais altas do mundo. Não defendem direitos para todos. Mas privilégios de alguns, quer dizer, deles. O atual golpe obedece à mesma lógica.

Há muito desalento e tristeza no país. Mas este padecimento não será em vão. É uma noite que nos vai trazer uma aurora de esperança de que vamos ultrapassar essa crise rumo a uma sociedade, no dizer de Paulo Freire, “menos malvada” e onde “não seja tão difícil o amor”. 

*Leonardo Boff é teólogo, escritor e professor universitário, expoente mundial da Teologia da Libertação.

PELA VIDA PARA TODA A HUMANIDADE E PELO RESPEITO PELO PLANETA!



Recordando o último “cumpleaños” do Comandante Fidel, a 13 de Agosto de 2016 – http://www.cubadebate.cu/opinion/2016/08/13/el-cumpleanos/#.WY7S1SbkVlY

“Una importante especie biológica está en riesgo de desaparecer por la rápida y progresiva liquidación de sus condiciones naturales de vida: el hombre.
(...)
Cesen los egoísmos, cesen los hegemonismos, cesen la insensibilidad, la irresponsabilidad y el engaño. Mañana será demasiado tarde para hacer lo que debimos haber hecho hace mucho tiempo”.

(DISCURSO PRONUNCIADO EN RÍO DE JANEIRO POR EL COMANDANTE EN JEFE EN LA CONFERENCIA DE NACIONES UNIDAS SOBRE MEDIO AMBIENTE Y DESARROLLO, EL 12 DE JUNIO DE 1992.) – Ligação vídeo em baixo.

Martinho Júnior | Luanda 

1- Hoje, dia 11 de Agosto de 2017, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo em Luanda, desfilaram sob os nossos olhos alguns dos painéis possíveis sobre a memória, os ensinamentos, a sensibilidade e o amor rigoroso do povo cubano e do Comandante Fidel por toda a humanidade, filtrado no respeito pelo planeta azul, nossa “casa comum”…

Aqui e agora, em Angola, a Operação Carlota (http://www.granma.cu/granmad/secciones/30_angola/artic01.html) continua por via da educação, por via da saúde, por via da expressão daqueles que Cuba Revolucionária contribuiu solidariamente para arrancar às trevas… testemunhámo-lo num anfiteatro cheio de entidades capazes de dar seguimento à longa batalha pelas ideias, para dar sequência à lógica com sentido de vida sem se perder emoção e criatividade, mesmo que haja que enfrentar tanta barbárie resultante da subversão do que deveria ser a civilização ao alcance do século XXI…

Muitos feitos foram lembrados, muitas estatísticas foram apresentadas e Cuba salientou como sua própria “prova de vida” o seu empenho na longa luta contra o subdesenvolvimento, no seguimento da história contemporânea de libertação de África do colonialismo, do “apartheid” e de muitas sequelas que se arrastam do passado (http://paginaglobal.blogspot.com/2017/03/maturacao-da-amizade-afro-cubana.html).

2- O Comandante Fidel, enquanto homem de vanguarda, adiantou-se nos conceitos críticos sobre o estado do mundo e da humanidade…

Isso deveu-se também e em parte às suas contínuas experiências de luta e de reflexão sobre África (https://convencao2009.blogspot.com/2015/06/o-internacionalismo-cubano-em-angola.html), o continente mais vulnerável de todos e aquele sobre o qual paira um teimosamente perverso condor que não cessa de o debicar, de tal modo ele tem sido obrigado a permanecer inerte, prostrado e vilipendiado, século após século!

A esse propósito, lembro, há 25 anos, naquele Rio de Janeiro madrugador e disposto a um inevitável ponto de situação sobre o homem e o planeta, o Comandante Fidel alertava para o que hoje considerei como a “MODERNIDADE GASEIFICADA” em que se estava já a cair, quando a lógica com sentido de vida era apenas um embrião para uma vanguarda que perseguia e persegue, um outro destino para a humanidade e para a Mãe Terra!...

São ainda poucos, os que detêm as rédeas do mundo, capazes de entender e levar à prática o sentido estratégico dessa mensagem lúcida, ainda que compelidos por uma corrida contra o tempo que está cada vez mais longe de estar ganha!...

São ainda poucos os que ousam em consciência ter a percepção da saga comum do Movimento de Libertação em África e da Revolução Cubana, trilhada de Argel ao Cabo “da Boa Esperança”...“Precisamente no sentido inverso ao projetado pelo império anglo-saxónico sob inspiração de Cecil John Rhodes… do Cabo ao Cairo…” (http://paginaglobal.blogspot.com/2016/12/de-argel.html).

… Todavia a memória, os ensinamentos, a sensibilidade e o amor rigoroso do Comandante Fidel estão aí, gerando predisposição para a continuidade da longa batalha das ideias, dos conceitos e das práticas revitalizadoras de que África tanto carece! (http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/02/angola-cuba-e-memoria-do-grande-salto.html).

3- Sentimos os riscos aqui em África quando o percurso libertário se tornou realidade de norte para sul seguindo a verticalidade do meridiano…

Sentimos os riscos num dos continentes que mereceu a atenção dialética e substantiva do Comandante Fidel, onde os maiores desertos quentes do planeta avançam imparáveis, diminuindo a área de um dos pulmões tropicais do globo…

Os desertos avançam e condenam as tão frágeis culturas africanas a cada vez mais tensões esgotantes, a conflitos artificiosos e a guerras intermináveis, em disputa de espaço vital e de acesso à escassa água interior!...

A contradição dialética da natureza continental, entre o deserto e a água interior, influi severamente nas contradições humanas, quando a população sedentária aumenta exponencialmente e diminui o espaço vital, tal como o acesso à água (http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/05/angola-deve-reequacionar-as-abordagens.html).

A partir do discurso do Comandante no Rio de Janeiro, sem dúvida que há que reequacionar e reinterpretar o que antropologicamente se passa com o continente africano, berço da humanidade, em função das razões causais das tensões, conflitos e guerras disseminadas continente fora, bem como das migrações forçadas que esses fenómenos estão a gerar.

A pressão sobre a Região fulcral dos Grandes Lagos, onde além das enormes reservas de água interior, rios fabulosos como o Nilo, o Congo e o Zambeze têm suas nascentes e cursos iniciais, tem aumentado inexoravelmente, apesar da relativa lucidez duns poucos, impotentes para fazer face a fenómenos que ultrapassam as anémicas potencialidades das respostas comuns africanas, quantas vezes aproveitadas nas suas “correntes quentes”, pelas longas asas do condor.

4- O relacionamento dos factores físico-geográfico-ambientais com os factores humanos em Angola, reproduz a nível do território do país a similar à escala da mais ampla situação continental.

Em Angola há riscos das áreas desérticas, ou desertificadas por acção humana, poderem avançar e tomar de assalto a Região Central das Grandes Nascentes, por que os impactos da terapia neoliberal não foram sustidos nos seus apetites mais vorazes em relação à preservação da vitalidade da água interior, quando não se podem perder de vista as projecções geoestratégicas de desenvolvimento sustentável.

Urge adoptar uma geoestratégia a muito longo prazo de desenvolvimento humano, com fundamento no relacionamento dos factores físico-geográfico-ambientais com os factores humanos, tendo como base a distribuição da água interior do país e o facto do centro geográfico do“quadrado” angolano coincidir com a Região Central das Grandes Nascentes, conforme tenho vindo a sublinhar de há alguns anos a esta parte (http://paginaglobal.blogspot.pt/2016/01/geoestrategia-para-um-desenvolvimento.html).

Urge agregar a essa geoestratégia as universidades do país, que precisam ser incentivadas para a investigação multissectorial e tendo em conta que a inteligência nacional precisa ser equacionada nessa via, pondo fim à ignorância que os angolanos possuem do seu próprio território e espaço vital.

Ainda há pouco uma equipa do National Geographic (http://jornaldeangola.sapo.ao/reportagem/national_geographic_anuncia_importantes_descobertas) percorreu a bacia do rio Cubango (Cubango e Cuito) desde a sua nascente à fronteira, recolhendo amostras da água, da flora, da fauna e dos ambientes circundantes, para além das filmagens levadas a cabo e levando os dados para as universidades sul-africanas, a fim de serem homologados cientificamente…

Os angolanos ficaram muito satisfeitos, mas pouco foi feito sobre o imenso trabalho de investigação que deve recair sobre as nossas próprias universidades e institutos superiores espalhados pelas capitais provinciais do país (salvo os polos universitários do Cuito Cuanavale e da Universidade Agostinho Neto)!

Nesse caminho há que mobilizar a imensa competência cubana em relação pelo menos às questões ambientais), tendo como alvo a mobilizar a juventude angolana, há que alterar os parâmetros sócio-político-administrativos, com implicações multissectoriais no conhecimento e na gestão corrente do próprio estado… e todavia tudo parece que se vai passando ainda como se atavicamente a âncora colonial, nos seus múltiplos processos mentais de assimilação, nos prendesse ainda ao passado!

A batalha das ideias e do conhecimento que nos propõe o Comandante Fidel, conforme à sua memória e ao seu memorável discurso no Rio de Janeiro, pronunciado a 12 de Junho de 1992, merece em Angola um reequacionamento ao nível da inteligência científica do país e das aspirações nacionais, de África e de todos os povos que compõem a humanidade!

Fotos e ilustrações: 
- Memória e ensinamentos do Comandante Fidel;
- Mesa Redonda de 11 de Agosto de 2017 em Luanda sobre o papel do Comandante Fidel, da revolução Cubana e do povo cubano em África. 

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