sábado, 23 de setembro de 2017

CASTELA versus CATALUNHA | Conflito em Barcelona: as razões do plebiscito



Governo conservador espanhol reprime luta pela independência. População resiste. Fala-se em “estado de emergência de fato”. Um brasileiro explica por que votará

Flávio Carvalho* | Outras Palavras

Os sinais de que a democracia está em crise em toda a parte eclodiram ontem (20/9) em Barcelona, capital da Catalunha. Por ordem do governo espanhol, chefiado pelo primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy, policiais enviados desde Madrid desencadearam uma vasta operação repressiva contra a luta catalã pela independência. Catorze membros do governo regional foram presos, entre eles, o vice-presidente da Catalunha. Dez milhões de cédulas de votação, para um plebiscito pró-autonomia marcado para 1º de outubro, foram confiscadas, assim como as convocações para 45 mil mesários.

A população respondeu. Poucas horas depois da operação policial, dezenas de milhares de pessoas, a maioria muito jovens, foram às ruas. Em alguns casos, os manifestantes cercaram integrantes da polícia nacional, encarregada da repressão. A multidão gritou em coro: “Forças de ocupação fora!” e “As ruas são nossas!”. A mobilização foi retomada hoje (21/9). A prefeita de Barcelona, Ada Colau, exortou os que se manifestam a se manter nas ruas, pacificamente. Acrescentou que a provocação de Rajoy daria ainda mais força aos anseios de independência. Já o presidente da região, Carles Puigdemont, acusou o Estado Espanhol de impor um “estado de emergência de fato” e de conspirar contra os poderes locais apertando o torniquete sobre as finanças catalãs.

Nada indica, neste momento, que a violência freará o plebiscito. No texto a seguir, Flávio Carvalho, um brasileiro que reside em Barcelona, explica as razões que o levarão a comparecer às urnas. “Parem de falar em meu nome”, diz ele, aludindo à crise da representação: “Deixem-me votar. Essa solução já foi inventada, séculos atrás. Chama-se democracia”… (Antonio Martins)

Cinco argumentos em favor do plebiscito catalão

1. Dos doze anos que moro na Catalunha, mesmo quem não é independentista já não aguenta mais escutar a boca dos políticos dizerem, supostamente em meu nome, o que eu mesmo quero dizer. Parem de ficar especulando que a maioria “quer isso ou aquilo”! Deixem-me votar, afinal, e expressar-me, definitivamente. E coletivamente, junto ao povo que eu escolhi para compartilhar minha vida, em família, em paz. Essa solução já foi inventada, séculos atrás, se chama democracia e consiste em poder, simplesmente e livremente, colocar um voto numa urna. Contra os que não gostam disso ou morrem de medo de urnas, eu vou votar no dia 1 de outubro.

Angola | A NARRATIVA É DIZER NÃO AO MEDO



Raul Diniz | opinião

Pateticamente João Melo veio agora tentar atirar areia para os olhos dos angolanos menos atentos, afirmando, que a narrativa da fraude eleitoral começou a ser ventilada há 1 ano. Ainda bem que assim foi, porém, o articulista e fiel escudeiro da verdade insípida no regime, não conseguirá por mais tempo ludibriar o povo sofrido. O povo está atento e não mais partilha da ideia que somente o MPLA nasceu com sabedoria para governar.

Senhores do MPLA, utilizem a vossa vontade, a policia criada a imagem do pai banana, cerquem com a vossa vontade o país. A nossa resposta firme é dizer não ao medo.

Esta claro que o medo do MPLA é desesperante e grande, O MPLA está assustado, assim ele reza para que as oposições e o povo em geral, lhes concedam o tão desejado pretexto para utilizar a força policial bélica, contra as lideranças da sociedade civil e dos partidos políticos das oposições hoje graças a Deus (UNIDAS) bem unidas.

João Melo terá de entender que o tempo do preto matumbo já passou, esse tempo do medo já era meu kamba. Ninguém mais aqui na banda engole a verborreia discursiva habitual de arquitecto da paz, sobretudo, quando esses discursos são idênticos aos que marcaram o país nas sucessivas fraudes eleitorais desde 1992 até o presente momento.

Mas, nos dias de hoje, não existe nenhum angolano, nem mesmo aqueles que de uma maneira ou de outra concordaram em utilizar a inútil fraude como elemento surpresa para justificar a ignomínia megalómana intolerável como trampolim para manterem-se no poder, pode-se afirmar com toda certeza, que essa gente não estarão interessados em assassinar friamente mais angolanos para simplesmente manter no poder o tirano JES corrupto, nem mesmo para justificar a permanência do seu auxiliar João Lourenço no poder.

ANGOLA | Decreto presidencial arquiva irregularidades cometidas por gestores públicos



Despacho publicado no Diário da República de Angola informa que a Inspeção Geral do Estado (IGAE) vai arquivar todas as inspeções realizadas nos últimos cinco anos.

A poucos dias de deixar a presidência de Angola, o Presidente José Eduardo dos Santos aprovou e permitiu a publicação de um decreto que arquiva todas as irregularidades cometidas pelos gestores públicos nos últimos cinco anos em Angola.

O documento que a DW África teve acesso é assinado pelo Inspector Geral do Estado, Joaquim Mande, e informa que, "são arquivados todos os processos da atividade inspetiva desenvolvida pela Inspecção Geral da Administração do Estado de 01 de janeiro de 2013 a 30 de agosto de 2017".

A medida, no entanto, exclui a inspeção às contas do Ministério da Saúde de 2015 e 2016, cuja a finalidade seria analisar a despesa contraída e por pagar, depois de uma denúncia do Fundo Global que dava conta do desvio de cerca de 4,3 milhões de dólares destinados ao programa de combate à malária em Angola.

 "Medida belisca a transparência"

Em entrevista à DW África, um dos vice-presidentes da CASA-CE, Manuel Fernandes, afirma que a iniciativa das autoridades angolanas belisca a transparência que se deseja dos gestores públicos.

"É um ato que vem beliscar aquilo que corresponde de facto ao exercício da função pública deste responsável. Não sei se está a fazer por uma orientação mas se for o caso, não sei porquê é que se está a esconder responsabilidades de algumas pessoas. E se for para proteger algumas pessoas isso não é positivo".

Segundo o Manuel Fernandes, a Procuradoria-Geral da República de Angola deve investigar as razões do arquivamento do referido processo. O também deputado da CASA-CE alega que a medida tem a ver com as promessas de combate à corrupção que o Presidente eleito João Lourenço, cuja tomada de posse está marcada para a próxima terça-feira (26.09.) fez durante a recente campanha eleitoral.

Angola | BESA, JOÃO LOURENÇO E Cª



João Lourenço, a partir de 26 de Setembro presidente de Angola, tornou-se o principal responsável pela dívida de cerca de cinco mil milhões de dólares que Angola deve a Portugal. Ainda que a sua legitimidade democrática seja nula, dadas as múltiplas alegações de fraude eleitoral, a sua responsabilidade financeira é total.

Paulo de Morais* | Folha 8 | opinião

A origem da dívida está na mega fraude luso angolana que foi a falência do Banco Espírito Santo em Portugal e do seu associado em Angola, o BESA (BES Angola). Ao longo de anos, o BES concedeu empréstimos sem garantias a personalidades ligadas a José Eduardo dos Santos. Muitos, entre os quais o próprio João Lourenço, foram bafejados com dinheiro a rodos.

No topo da lista dos beneficiados estava Marta dos Santos, irmã do ex-presidente, que usufruiu dum crédito de 800 milhões de dólares, utilizados em projectos imobiliários em Talatona. Sem quaisquer contrapartidas ou garantias! O conjunto de bafejados pelo BESA com muitos milhões é extenso, com destaque para membros da cúpula do MPLA, para além de João Lourenço: de Roberto Almeida a França Ndalu, passando por muitos outros.

Muitas aquisições de angolanos em Portugal terão mesmo sido efectuadas com o capital do BES. A herdade que os filhos de Dos Santos adquiriram perto de Lisboa resultava aparentemente duma entrada de dinheiro angolano. Mas os milhões gastos pertenciam afinal aos depositantes do BES em Portugal.

A OFENSIVA DO OUTONO: EUA, FRANÇA E BRASIL



James Petras

O Outono de 2017 testemunhará o mais brutal assalto aos padrões de vida da classe trabalhadora e média desde o fim da II Guerra Mundial. Três presidentes e seus aliados nos congressos irão "rever" legislações trabalhistas, leis e regulamentos fiscais progressistas sobre o rendimento e efectivamente acabarão com as economias mistas em França, nos EUA e no Brasil. 

Durante o Verão, a opinião pública foi desviada pelas ameaças dos EUA de lançar novas guerras além-mar; pela retórica da França acerca de um pacto Berlim-Paris pós Brexit, o qual refará a União Europeia; e pela corrupção e escândalos criminais de Michel Temer, presidente do Brasil.

Estas controvérsias superficiais serão esmagadas por conflitos de classe fundamentais, os quais prometem alterar relações estruturais presentes e futuras dentro do capitalismo ocidental.

Ofensiva de Outono de Trump:   Lucros, guerras e epidemias

O presidente Trump propõe enriquecer capitalistas e intensificar desigualdades de classes através da sua transformação radical do sistema fiscal. Impostos corporativos serão cortados pela metade, impostos corporativos além-mar serão abolidos e trabalhadores assalariados pagarão mais por menos benefícios sociais.

Trump pode contar com o apoio da liderança republicana, dos negócios e da elite da banca assim como de sectores do Partido Democrata nos seus planos para implementar uma maciça dádiva fiscal para os bilionários.

O gabinete de Trump, liderado pelo trio da Goldman Sachs e sua troika de generais garantirá que o orçamento incluirá cortes de fundos para a educação e saúde a fim de aumentar o gasto militar, expandir guerras e cortar impostos para os ricos.

VAMOS CONTAR MENTIRAS? TANCOS E CAMPANHA ELEITORAL DAS TANGAS



Já não é bom dia, é boa tarde, assim devemos saudar-vos por esta hora (18:30). Hoje não é um dia útil porque é sábado, mas também não é um dia inútil. Por esta hora muitos desgraçados estão a laborar, fedidos – porque suados – e mal pagos. Muito mal pagos porque até mesmo os muito pequenos empresários têm em mira vir a ser maiores empresários… E os ordenados paupérimos, os part-times, os truques e expedientes que visam a exploração dos que trabalham por conta de outrem sempre dão jeito no percurso de atingirem a meta do enriquecimento aos patrões. Não são todos assim mas são demasiados. Pois.

Fique sabendo: a seguir vem por aí o Expresso Curto. Martim Silva é quem o serve. Refere os destaques do órgão do tio Balsemão, para além do pâncreas, do baço, da vesícula e outros acessórios que ele tem poupado ou se calhar já trocou por uns novos. Talvez na mira de ultrapassar o Manuel de Oliveira e os seus (dele) 105 anos. Manuel, esse ex-egocêntrico… porque se finou com aquela idade. O tio Balsemão é capaz de ir mais além na longevidade com aquela técnica de trocar órgãos velhos e gastos por novos. O dinheiro dá muito jeito, não é?

Bem, mas adiante, que se faz tarde e daqui a pouco já é noite.

Hoje há a celeuma de Tancos e do armamento que foi rapinado e que decerto deu uns valentes cobres a uns quantos. É a história de Tancos. E eles a julgarem que somos todos mancos cerebrais. No Expresso é tema, blá-blá-blá.

Antes ainda há a abordagem às eleições autárquicas e respetiva campanha eleitoral. Um período avantajado em comparação com uma peça de teatro com o nome de “Vamos Contar Mentiras” – com Otávio de Matos e Luís Aleluia. Mentiras, o costume.  As tangas da direita em desespero. Só cai quem quer ou é mesmo um grande calhau com dois olhos… ou cego. Passos fala, fala, fala… Já se esqueceram que aquele super-aldrabão nos pôs a pão e água? Pois. Alguns já, esses são calhaus sem memória?

Adiante… Adiante está a prosa do Martim no Curto fora de horas. Boa tarde, bom domingo porque o sábado já era. Leiam, é sempre bom saber coisas que ali constam. É, não é? Então continue a ler.

MM | PG

Portugal | MELHORAR É POSSIVEL...



Melhorar significativamente a vida dos portugueses mais carenciados e que mais sofreram com o esbulho do governo de Passos Coelho, Portas e Cavaco Silva é possível. 

A base para tal afirmação encontramos na divulgação do INE. Aqui, a seguir, podemos testemunhar tal possibilidade na referência em AbrilAbril e que é vasta em presença por quase todos os órgãos de comunicação social de Portugal. 

A realidade mostra-nos que é facto que têm sido os portugueses de menores recursos os grandes espoliados e injustiçados da sociedade portuguesa, não se confunda com os que sempre e ainda recebem reformas avultadas e extremamente dispares dos rendimentos de miséria de tantos portugueses. Nem com os que já reivindicam aumentos e mordomias extemporâneas, como o caso de juízes e médicos, por exemplo. Que podem esperar mais um pouco. 

Primeiro devem ser contemplados os que mais necessitam de justiça socialmente em débito flagrante. São esses os que mais devem beneficiar daquilo que Portugal lhes deve por uma vida de sacrifícios, de dificuldades injetadas por políticas e uma sociedade injusta que em muitos exemplos não dá valor à obra feita, preferindo beneficiar a exploração selvagem e o debulho das classes sociais justamente consideradas mais desfavorecidas. (CT / PG)

INE divulga défice no primeiro semestre de 2017

Contas públicas mostram que é possível ir mais longe

Os dados sobre o défice orçamental na primeira metade do ano, divulgados pelo INE, revelam margem para que o Governo vá mais longe na recuperação de direitos e rendimentos – mesmo de acordo com os restritivos critérios da UE.

Segundo a informação hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o défice das contas públicas no primeiro semestre de 2017 foi de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto no ano passado foi de 3,1%.

Esta redução significativa – num ano em que a recuperação de direitos e rendimentos se fez sentir de forma mais acentuada do que em 2016 – aponta para o cumprimento da meta que o Executivo assumiu junto de Bruxelas, um défice de 1,5% do PIB, metade do limite previsto pelas imposições europeias.

De acordo com o Ministério das Finanças, o valor «corrigido de efeitos temporários» seria de 1,33%. Já no ano passado, apesar de o défice ter ficado nos 3,1% na primeira metade do ano, viria a cair para 2% até Dezembro.

Todos estes dados apontam para uma margem significativa para dar resposta a reivindicações em vários sectores, como as dos trabalhadores da Administração Pública, o desagravamento fiscal para os trabalhadores com mais baixos rendimentos ou a valorização das pensões e reformas.

AbrilAbril

PORTUGAL | Centeno tem 16 exigências da esquerda à espera de resposta



Encaixar as reivindicações para o Orçamento dos partidos que apoiam o Governo, sem penalizar empresas, é um puzzle difícil de resolver. Sobram peças de contornos complexos.

Há negociação dura sobre impostos, mas as negociações do Orçamento do Estado (OE) para 2018, entre Governo e a esquerda, emperraram noutros pontos difíceis de resolver. O Bloco e o PCP não aceitam a proposta que o Ministério das Finanças levou na quinta-feira aos sindicatos da administração pública, com um calendário de descongelamento das carreiras e salários que vai até à próxima legislatura: os quatro anos inscritos no Programa de Estabilidade são uma hipótese fortemente considerada por Mário Centeno, mas Catarina Martins, a líder do BE, já disse que só aceita dois.

Em contraponto, a esquerda “oferece” 100 milhões de receita extra sobre as maiores empresas — na derrama de IRC — e mais alguns no englobamento no IRS de receitas de capital e património. Centeno tem resistido, com o argumento de que não quer prejudicar as empresas.

Mas a lista de exigências à esquerda é extensa: nos últimos meses, o PÚBLICO anotou estas 16, que agora confirmou ser a lista-base das negociações em curso. Restam 20 dias até à entrega do Orçamento na Assembleia.

1. Mudanças no IRS, que podem incluir um desdobramento do segundo escalão em dois, baixando o imposto para as famílias de menores rendimentos, e um alargamento da isenção de IRS a um maior número de contribuintes de rendimentos mais baixos — incluindo recibos verdes. Mas o BE e PCP não querem que se fique por aqui: exigem que as boas notícias se alarguem ao terceiro escalão, o que custaria cerca de 440 milhões de euros ao OE2018. Até aqui, Centeno fez duas revisões em alta, face aos 200 milhões iniciais, mas ainda está longe deste objectivo.

2. Aumentar impostos sobre o capital, englobando no IRS rendimentos de capital e de património, é uma bandeira antiga da esquerda. O PS e Governo nunca o defenderam, mas agora a pressão aumentou: a esquerda diz que isto pode compensar financeiramente uma maior descida do IRS para as famílias. E querem que sejam assim compensadas as medidas do ano passado que beneficiaram as maiores empresas: perdão fiscal e reavaliação de activos.

3. O aumento da derrama estadual, um imposto pago, em sede de IRC, pelas empresas com grandes lucros, é outra opção que o PCP e o BE têm levado em uníssono para a mesa de negociações — igualmente para compensar o alívio fiscal às empresas de 2017. Segundo o Jornal Económico, renderia 100 milhões de euros. É outro ponto em que o Governo tem resistido (para não prejudicar a economia).

4. Começa o descongelamento de carreiras no Estado, isso é certo, já em 2018. Mas o Governo mantém o jogo aberto, apresentando cinco cenários aos sindicatos e partidos, abrindo o leque de opções. O custo de um descongelamento imediato, segundo dados do executivo, custaria 600 milhões de euros — se fosse feito num ano. Mário Centeno só tem, aparentemente, 200 milhões para 2018. O faseamento é uma solução — e o Governo admite que o processo se possa concluir apenas na próxima legislatura —, o que deixa a esquerda muito desconfortável. Deixar de fora quem teve alguma progressão nos últimos anos também, mas o menu de opções está longe de estar concluído.

5. Um aumento dos salários do Estado, para lá das carreiras descongeladas, está a ser exigido pelo PCP — mas também pelos sindicatos da administração pública. A CGTP pede 4%, mas a esquerda admitia um aumento em linha com a inflação prevista. O Governo nunca abriu esta porta (pelo menos em público).

6. Eliminar os cortes nas horas extras e subsídios no Estado que subsistem dos tempos da troika. Pedido de Jerónimo de Sousa, feito no palco da Festa do Avante!. O Ministério das Finanças já confirmou aos sindicatos ter condições para avançar no próximo ano, pelo menos com o fim do corte restante nas horas extras e no subsídio de almoço dos funcionários públicos (que podem deixar de descontar para o IRS esse subsídio). O custo é desconhecido.

7. Menos descontos para a ADSE. É uma exigência antiga da esquerda, sempre sublinhada pelos sindicatos. Desta vez, o executivo sinaliza uma disponibilidade para o aplicar.

8. Um novo aumento das pensões em 2018, outro extraordinário como o que aconteceu a meio deste ano, é um dos pontos mais repetidos pelos comunistas para o próximo Orçamento. O pedido é de dez euros. E é acompanhado (sem valor em cima da mesa) pelos bloquistas. Para já, sem sinais de abertura do lado socialista.

9. O fim do factor de sustentabilidade, usado para calcular o valor a atribuir nas reformas antecipadas, para quem tem 40 anos de trabalho e 60 de idade. Este é o pedido do Bloco, num “meio caminho” face ao que o partido antes pedia. Catarina Martins avalia a medida em 70 milhões de euros.

10. Aumento do salário mínimo para 580 euros no próximo ano — é o que promete o próprio programa de governo. Mas o Bloco de Esquerda e PCP lutam pelos 600. Não é provável que o executivo aceda, até porque criaria novos desequilíbrios nas tabelas da própria administração pública.

11. Acabar com o corte no subsídio de desemprego é outra das medidas pedidas pelos partidos da maioria, depois de um alívio já negociado no Parlamento para este ano. Actualmente, a redução é de 10% ao fim de seis meses de desemprego.

12. Mais investimento no SNS e na Educação foi promessa já feita por António Costa, seguindo uma exigência da esquerda. Mas ainda não foram conhecidas propostas de verbas, nem no que se aplicará esse investimento adicional.

13. As cativações são outro problema, mas mais fácil de resolver. Os partidos, todos eles, pressionam para que sejam reduzidas em volume, mas também que a sua execução ao longo do ano seja transparente. E que seja impedido o seu aumento após a aprovação do Orçamento. O Governo está receptivo.

14. Na área da habitação, o Governo já prometeu baixar o IRS aos proprietários que arrendem as casas com contratos de longa duração. Não se conhecem detalhes da medida.

15. Para o interior há dois apoios extras a considerar: a atribuição de benefícios fiscais, em sede de IRS, a quem fizer limpeza dos seus terrenos; e mais benefícios fiscais para quem instalar empresas no interior.

16. Taxar mais as bebidas açucaradas, de forma a penalizar as mais prejudiciais à saúde, e taxar os produtos com altos teores de sal ou gordura saturados. A ideia de aumentar a medida aplicada este ano, com sucesso na redução do consumo, está a ser ponderada pelo Ministério da Saúde.

E restam 20 dias até à data de entrega à Assembleia da República da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2018.

David Dinis | Maria João Lopes | Público | Foto Nuno Ferreira Santos

O fim de semana está aí. Saiba o que pode ver à borla em Lisboa e no Porto



São vários os eventos culturais que têm lugar na Grande Lisboa e no Grande Porto e não tem de gastar um cêntimo para assistir a muitos deles. 

O Notícias ao Minuto voltou a reunir algumas sugestões para o ajudarem nas suas escolhas para a agenda deste fim de semana.

O Open House volta a abrir as portas de vários espaços emblemáticos da cidade de Lisboa. Uma oportunidade, em alguns casos, única para visitar monumentos históricos e edifícios vanguardistas no que à arquitetura diz respeito. 

O Lumina promete iluminar ainda mais a vila de Cascais. O evento 'caiu no goto' dos portugueses, como demonstra o sucesso das edições passadas. Espetáculos de luz e cor e projeções multimédia fazem parte do prato principal deste evento. 

No Porto, a Casa das Associações organiza uma sessão de cinema Open Air. O drama 'O Sonho de Wadjda' é o filme a ser exibido.

Conheça todas as nossas sugestões culturais na Grande Lisboa e no Grande Porto para os dias 22, 23, e 24.

Lisboa

Open House Lisboa

Lisboa é uma das 35 cidades mundiais que recebe este evento, que dá a conhecer por dentro a melhor arquitectura da cidade. No roteiro desta 6.ª edição estão incluídos espaços como o MAAT, o Aqueduto das Águas Livres, o Teatro Romano, o miradouro das Amoreiras ou o recentemente reaberto Panorâmico do Monsanto, entre outros. O evento tem lugar no sábado e no domingo. A maior parte das visitas não requerem marcação antecipada, mas as excepções estão assinaladas no roteiro, que pode conhecer melhor aqui.

Lumina

As ruas de Cascais vão estar novamente mais iluminadas. O Festival de Luz está de regresso para mais uma edição, pronto para recriar o espaço urbano de Cascais com espetáculos de luz e cor, projeções multimédia e instalações interativas. Considerado pelo The Guardian como um dos 10 melhores Festivais de Luz da Europa, o evento vai exibir obras de artistas nacionais e internacionais. O tema da edição deste ano é a Natureza. Decorre entre hoje e domingo sempre a partir das 20h. 

Tiago Bettencourt na Feira da Luz

A Feira da Luz, em Carnide, é já um clássico no que a festas lisboetas de verão diz respeito. Este fim-de-semana chega ao fim um mês marcado por muitos concertos, bancas de artesanato, comida e todo o tipo de animação, bem no centro de Carnide. Tiago Bettencourt atua no último dia do evento, no domingo, às 21h30.

All that Out Jazz chega ao fim 

O Somersby Out Jazz tem sido garantia de chill-out e boa música nos mais variados e emblemáticos espaços verdes de Lisboa. A edição deste ano termina no domingo no Parque Tejo. 

Quem
  Lokomotiv + DJ Johnny
Onde e Quando

  Domingo, 24 de setembro, a partir das 17h -  Parque Tejo


Cinema ao Luar

O cinema ao ar livre tornou-se um hábito e tem lugar em cada vez mais locais da Grande Lisboa. O 'Cinema ao Luar' regressou em setembro a Odivelas. De 1 a 30 de setembro vão ser exibidos filmes todas as sextas-feiras e sábados em locais diferentes do município. O cartaz conta com filmes que fizeram sucesso nas bilheteiras nacionais. Este fim-de-semana pode ver o filme de animação 'Cegonhas' e o filme 'O Prodígio'.

Onde e quando
Ringue de futebol da Póvoa de Santo Adrião, a partir das 21h30
Filmes

22 de setembro - 'Cegonhas'
23 de setembro - 'O Prodígio'


Festival do Livro em Belém

A literatura volta a estar em destaque em Belém, com dezenas de livreiros presentes e autores como José Eduardo Agualusa. Mas este evento não vive só de literatura, a música também está presente e Luísa Sobral vai estar encarregue do concerto de encerramento. Debates, leitura de poesia, atividades infantis e cinema também marcam a agenda deste evento que começou esta quinta-feira e  decorre até domingo no Palácio de Belém. Não se espante por isso se encontrar Marcelo Rebelo de Sousa durante a sua visita. Pode conhecer melhor a programação aqui.

Ball-Trad no Museu de Arte Popular

É um dos eventos incluídos nas Jornadas Europeias do Património deste ano. Ao som de música ao vivo, esta é uma boa oportunidade para participar na descoberta de tradições coreográficas de várias culturas europeias. A não perder hoje e amanhã a partir das 22h.

Músicas do Mundo no Bartô

No Chapitô não há só artes circenses. No Bartô há uma deliciosa vista sobre Lisboa mas também Músicas do Mundo, uma oportunidade para ouvir sonoridades diferentes nas noites de fim de semana.

Porto

'O Sonho de Wadjda' na Casa das Associações - FAJDP

Inserido na 2ª edição do Dia Aberto da Casa das Associações, a FAJDP e a XX Element Project - Associação Cultural promovem uma sessão de cinema Open Air. O filme exibido é 'O Sonho de Wadjda', de Haifaa Al-Mansour. Sexta-feira pelas 21h30 nas traseiras da Casa das Associações, na rua Antero de Quental.

Mocho na Fnac do Santa Catarina

A banda de rock portuguesa vai mostrar a sua sonoridade densa e com arranjos que primam pelo requinte. Uma atuação a não perder na Fnac do Santa Catarina no domingo às 17h. 

Centro Português de Fotografia

Entre fotografia contemporânea e histórica, há sempre exposições para espreitar no Centro Português de Fotografia. Localiza-se na Cadeia da Relação do Porto, a cadeia oitocentista onde, por exemplo, Camilo Castelo Branco esteve detido. A entrada é sempre gratuita. 'The portuguese prison photo' é a novidade, estará patente entre 9 de setembro e 3 de dezembro.

Onde
 Largo Amor de Perdição
Quando

 De terça a sexta das 10h às 18h, sábados, domingos e feriados das 15h às  19h. Encerra à segunda-feira


Portobello... Porto Belo

Todos os sábados, o histórico e mundialmente conhecido mercado londrino de Portobello tem uma versão a pensar no 'relax' na Invicta. Eis o Porto Bello, que conta com bancas variadas. As compras terão de ser pagas com o esforço da carteira, o passeio nem por isso.

Onde

Quando
Praça Carlos Alberto


Todos os sábados, entre as 10h e as 19h


Parque Biológico de Gaia com entrada livre

O Parque Biológico de Gaia terá entrada gratuita todas as segundas e sábados deste mês de setembro. Uma boa oportunidade para conhecer este maravilhoso espaço verde.

Renato Ferreira na Fnac do Gaia Shopping

O cantautor Rentato Ferreira vai dar a conhecer as músicas do seu novo álbum, onde o amor explora os limites de uma poesia pop. Hoje às 22h na Fnac do Gaia Shopping. 

Bom fim de semana e boas descobertas culturais!

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