Relatório da ONG Oxfam fez as
contas. Em 2017 aumentou o número de multimilionários no mundo
Mais de 80 por cento da riqueza
criada no mundo em 2017 foi parar às mãos dos mais ricos que representam 1 por
cento da população mundial, refere um relatório da organização
não-governamental Oxfam hoje divulgado.
No relatório "Recompensem o
trabalho, não a riqueza", a Comissão de Combate à Fome de Oxford (Oxfam,
no acrónimo em inglês da confederação de 17 organizações não-governamentais)
refere que metade da população mundial não ficou com qualquer parcela daquela
riqueza.
Segundo a Oxfam, houve um aumento
histórico no número de multimilionários no mundo: "atualmente existem
2.043 multimilionários no mundo e 9 em cada 10 são homens".
O estudo calculou que a riqueza
dos multimilionários aumentou 13% ao ano em média desde 2010, seis vezes mais
do que os aumentos dos salários pagos aos trabalhadores (2% ao ano).
O mesmo relatório indicou que em
2017 a riqueza desse grupo aumentou 762 mil milhões de dólares (622,8 mil
milhões de euros), uma verba suficiente para acabar mais de sete vezes com a
pobreza extrema no mundo.
Para a organização
não-governamental, o crescimento sem precedentes do número de bilionários não é
um sinal de uma economia próspera, mas um sintoma de um sistema extremamente
problemático já que mais de metade da população mundial tem um rendimento
diário entre 2 e 10 dólares (entre 1,6 euros e 8,1 euros).
"Enquanto o 1% mais rico
ficou com 27% do crescimento do rendimento global entre 1980 e 2016, a metade
mais pobre do mundo ficou com 13%", refere o relatório.
"Mantendo o mesmo nível de
desigualdade, a economia global precisaria ser 175 vezes maior para permitir
que todos passassem a ganhar mais de 5 dólares (4 euros) por dia",
concluiu a análise.
O lançamento do relatório
internacional da Oxfam é feito na véspera do Fórum Económico Mundial, que junta
os principais líderes políticos e empresariais do mundo na cidade de Davos, na
Suíça, entre 23 e 26 de janeiro.
Diário de Notícias | Lusa
Na foto: Relatório é divulgado na
véspera do Fórum Económico Mundial, que junta os principais líderes políticos e
empresariais do mundo em Davos, na Suíça | Reuters/ Denis Balibouse
1 comentário:
Se essa gente comesse o dinheiro que tem ficavam obesos e doentes!! Será que não estão a sustentar milhares de postos de trabalho?? E eles próprios também trabalham noite e dia para gerir tudo isso!!! Ao contrário do parasitismo sindical que para além de nada produzirem ainda tentam destruir quem o faz bem e com eficiência!! Todos devíamos pensar muito bem quem nos faz mais falta!!
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