Um juiz afecto ao Tribunal
Judicial do distrito de Magude, na província de Maputo, ordenou semana finda a
libertação de quatro caçadores furtivos confessos, capturados por fiscais
dentro de uma das fazendas do bravio no Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo.
Quatro jovens foram interceptados
a caçarem ilegalmente por fiscais da fazenda Karingani Game Park, a sul de
Massingir. O furtivos tentaram fugir dos fiscais mas acabaram detidos na posse
de uma arma de fogo, do tipo espingarda, com dez munições e um machado.
O @Verdade apurou que conduzidos
à esquadra da polícia no distrito de Magude os quatro furtivos, que confessarem
estar a caçar dentro da fazenda que faz fronteira com o Parque sul-africano do
Kruger, foram presente ao juiz do Tribunal Judicial local que decidiu não
existirem provas para a legalização da prisão de dois deles.
Fontes do @Verdade indicaram
ainda que o juiz decidiu ainda que os dois furtivos restantes podiam aguardar
julgamento em liberdade caso pagassem caução que fixou em 80 mil meticais por
cada um dos acusados. Milagrosamente, os dois jovens acusados de caça furtiva,
que não apresentaram nenhuma referencia de trabalho formal, pagaram a caução
fixada e saíram em liberdade.
As autoridades de combate à caça
furtiva revelaram ao @Verdade ser esta uma decisão recorrente dos Tribunais
distritais, ao abrigo de um acórdão do Conselho Constitucional que estabelece
que todos os crimes são caucionáveis em Moçambique, que claramente mina a
protecção da fauna bravia.
Recorde-se que depois de alguns
anos de significativa redução a caça furtiva, particularmente do rinoceronte e
do elefante, voltou a recrudescer na região Sul de Moçambique apesar dos
esforços das autoridades de fiscalização que trabalham em estreita colaboração
com a contraparte sul-africana.
Adérito
Caldeira | @Verdade
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