quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

MOÇAMBIQUE | Juiz liberta caçadores furtivos confessos em Magude

Um juiz afecto ao Tribunal Judicial do distrito de Magude, na província de Maputo, ordenou semana finda a libertação de quatro caçadores furtivos confessos, capturados por fiscais dentro de uma das fazendas do bravio no Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo.

Quatro jovens foram interceptados a caçarem ilegalmente por fiscais da fazenda Karingani Game Park, a sul de Massingir. O furtivos tentaram fugir dos fiscais mas acabaram detidos na posse de uma arma de fogo, do tipo espingarda, com dez munições e um machado.

O @Verdade apurou que conduzidos à esquadra da polícia no distrito de Magude os quatro furtivos, que confessarem estar a caçar dentro da fazenda que faz fronteira com o Parque sul-africano do Kruger, foram presente ao juiz do Tribunal Judicial local que decidiu não existirem provas para a legalização da prisão de dois deles.

Fontes do @Verdade indicaram ainda que o juiz decidiu ainda que os dois furtivos restantes podiam aguardar julgamento em liberdade caso pagassem caução que fixou em 80 mil meticais por cada um dos acusados. Milagrosamente, os dois jovens acusados de caça furtiva, que não apresentaram nenhuma referencia de trabalho formal, pagaram a caução fixada e saíram em liberdade.

As autoridades de combate à caça furtiva revelaram ao @Verdade ser esta uma decisão recorrente dos Tribunais distritais, ao abrigo de um acórdão do Conselho Constitucional que estabelece que todos os crimes são caucionáveis em Moçambique, que claramente mina a protecção da fauna bravia.

Recorde-se que depois de alguns anos de significativa redução a caça furtiva, particularmente do rinoceronte e do elefante, voltou a recrudescer na região Sul de Moçambique apesar dos esforços das autoridades de fiscalização que trabalham em estreita colaboração com a contraparte sul-africana.

Adérito Caldeira | @Verdade

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