O Massacre de Batepá (do
português coloquial "Bate-Pá!") teve lugar em São Tomé e Príncipe a 3 de
fevereiro de 1953, quando, a mando do ex-Governador-geral português,
coronel Carlos de Sousa Gorgulho (1945-1948),
proprietários portugueses de terras desencadearam uma onda de violência contra
os africanos nativos.[1]
Entre outros, estiveram
envolvidos no episódio os nomes de:
- Afonso Manuel
Machado de Sousa, Tenente da Armada e capitão dos Portos, Governador representante
(maio a julho de 1953);
- Alfredo Correia Nobre,
coronel, lugar-tenente do Governador representante;
- Firmino Abrantes, inspector do
Ensino, curador dos Indígenas;
- Abrantes Pinto, chefe de
Gabinete do Governador representante;
- Armando Lopes da Cruz,
notário e ex-Delegado do Procurador da República, magistrado
judicial do Ministério Público;
- Raúl Simões Dias, tenente,
Presidente da Câmara;
- Manuel da Costa Morão,
delegado de Saúde;
- Padre Monteiro, Vigário-Geral;
- Martinho Pinto da Rocha,
pároco, membro do Conselho do Governo.
No cerne da questão é apontada a
desmedida ambição do Governador-geral Carlos Gorgulho, que se lançou num vasto
programa de construções e melhoramentos públicos, recorrendo a rusgas
constantes nas povoações nativas por forma a angariar mão-de-obra barata ou
gratuita. Terão sido o governador e o seu grupo a forjar a história de uma
conspiração de africanos contra os portugueses, que desencadeou a violenta
repressão de fevereiro de 1953, em que pereceram mais de um milhar de pessoas.
Nos autos de
"confissão" dos presos, obtidos pelas forças de segurança coloniais,
figurava o nome do engenheiro agrónomo Salustino da
Graça do Espírito Santo como "(…) chefe da revolução, seu instigador,
seu preparador e futuro Rei da Ilha".
Destacou-se ainda a atuação do
advogado português, Dr. Manuel João de Palma
Carlos, defensor dos nativos em São Tomé, que foi crucial para pôr fim à
matança.
Wikipédia
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