Ana Alexandra Gonçalves* |
opinião
Oficialmente. Na prática poucos
reconhecem em Rio um líder em plenas funções.
Apesar ocupar o cargo de
Presidente do PSD desde o congresso, Rui Rio ainda não parece ser efectivamente
líder do partido. Na verdade e apesar do tempo ir passando, Rui Rio está mais
ocupado em lidar com as polémicas do que propriamente com a liderança do maior
partido da oposição.
Primeiro foi a forte contestação
à escolha de Elina Fraga, ex-bastonária da Ordem dos Advogados envolvida em
processos judiciais e pessoa que se repugna com as esquerdas. Agora é a vez do
secretário-geral do PSD, Barreiras Duarte, ter mentido sobre as suas
habilitações académicas, inventando ter sido professor convidado em Berkeley.
Recorde-se que este criativo já foi chefe de gabinete de Passos Coelho e
secretário de Estado Adjunto do inefável Miguel Relvas. Talvez se Barreiras
Duarte ocupasse ainda um desses cargos não existiria polémica. Quem sabe?
Entre as polémicas, Rio não está
a ter a oportunidade de se afirmar como líder do PSD e muito menos como líder
da oposição, preferindo aproximações ao PS, deixando esse papel para Assunção
Cristas. Ora, essa aproximação, ao invés das habituais críticas, custar-lhe-á
caro junto da orfandade de Passos Coelho que vê em António Costa um demónio que
ameaça o neoliberalismo de pacotilha que preconizam e que se aliou a outros
demónios ainda mais perigosos, os tais das "esquerdas unidas". Pelo
andar da carruagem, prevê-se vida curta para Rui Rio como líder do PSD.
*Ana Alexandra Gonçalves | Triunfo da Razão
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