@Verdade | Editorial
Não há dúvidas de que, desde a
Independência Nacional, o Governo da Frelimo tem se revelado insensível em
relação à situação miserável em que o povo moçambicano é obrigado a viver. São
situações verdadeiramente clamorosas a que os moçambicanos são forçados a viver
na promessa de um futuro melhor feita por um bando de indivíduos que ampliam as
suas riquezas à custa do sofrimento da população.
A título de exemplo, é que
diariamente o custo de vida agrava-se e, consequentemente, o poder de compra
vai-se deteriorando sob olhar do Governo que finge estar preocupado com a
situação. Aliás, diante desses aspectos revoltantes, o Governo da Frelimo não perde
a oportunidade de mostrar ao país e aos moçambicanos a sua contínua falta de
bom senso.
Não há dúvidas de que a situação
económica está longe de melhorar, o que irá trazer situações adversas para o
país, mas há por parte do Banco de Moçambique ilusórias previsões de que a
economia moçambicana está a sair da crise, para não falar da cega aposta do
Governo em resistir às mudanças reformistas que precisa de fazer. Na verdade,
tudo indica que essas previsões que só empurram o país para o abismo deverão sofrer
mais um revés com o recente agravamento da taxa de juro do Fed (Federal
Reserve). Ou seja, o banco central norte- -americano, comummente designado Fed,
elevou a sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual a 21 de Março
passado, naquele que foi o quarto aumento desde que Donald Trump assumiu a
Presidência e o primeiro deste ano. O mais preocupante é que outros dois
agravamentos voltarão a acontecer em 2018.
Esta situação ignorada pelo
Governo da Frelimo vai afectar sobremaneira os moçambicanos, uma vez que o
nosso país se encontra em situação de maior vulnerabilidade financeira. O
Executivo finge que que isto não é um mal maior porque se acostumou a falar de
confiança no futuro e no mítico combate à pobreza absoluta e o povo a aplaudir
projecções, alucinações ou discursos cheios de frases feitas na expectativa de
milagres vindos de quem se serve do Estado para ampliar a sua riqueza para lá
do obsceno.
Importa referir que desde a
Independência Nacional pouco (ou quase nada) foi feito para aumentar a produção
de alimentos ou dinamizar a economia deste país que anda alegremente aos papéis
e à volta do seu umbigo. Portanto, a pergunta que se coloca é: por quê ainda
toleramos este Governo incompetente?
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