domingo, 30 de setembro de 2018

Portugal | O caso de Tancos contado a mancos… da cabeça


O caso de Tancos - desaparecimento de armamento e munições, bombas, granadas e o mais que há para os portugueses conhecerem, se divulgarem – vai arrastar-se no tempo mas não na divulgação exata do que realmente aconteceu. Palpite. Os portugueses sabem muito bem como são estas coisas dos “segredos de Estado”. Ou seja: pagamos, não bufamos e somos a maior parte das vezes enganados. E vai daí continuamos a pagar, sem bufar.

O “caso” tem por nome “Operação Húbris” que deriva de um conceito grego que pode ser traduzido como "tudo que passa da medida; descomedimento" e que atualmente alude a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunçãoarrogância ou insolência (originalmente contra os deuses), que com frequência termina sendo punida”. Segundo pesquisa na Wikipédia.

Que “com frequência termina sendo punida”. A ver vamos. Mas há quem já se esteja a rir.

Em baixo podem ler sobre o militar arguido e líder da investigação ao furto das armas (e não só). No JN podem ler sobre os envolvidos que estão em prisão preventiva, um deles é o diretor da PJM, um militar de carreira, presumivelmente…

O embróglio é grande e os “segredos” jamais verão a luz do dia. Nem que a vaca tussa! Isso não é aqui dito por novidade mas sim por algum conhecimento do que é ser militar e também porque sempre pareceu e dissemos aqui no Página Global que a “história devia estar mal contada”. "Os militares também se enganam", devia ser um bom título para uma prosa. Ou até esta. Mais portugueses assim consideram.

O “caso” decerto que é mais complicado do que aquilo que soa. Seremos todos ouvidos, nem que nos passe um mangalho rés-vés. Porém, saiba-se que nem todos são mancos… da cabeça. (MM | PG)

Operação Húbris | Militar arguido no caso de Tancos regressa a Portugal "arrependido"

O antigo porta-voz da Polícia Judiciária Militar, e principal investigador do assalto a Tancos, chega a Lisboa na próxima terça-feira. Vasco Brazão liderou a investigação ao furto das armas.

"Não sou criminoso nem tão pouco os meus Camaradas de Armas o são. Somos militares", escreveu o militar da PJM, numa publicação do Facebook, na madrugada de sábado para domingo.

"Estou arrependido mas de consciência tranquila", escreveu no Facebook. "Como é que é possível esta duplicidade de sentimentos? É o que irei procurar transmitir ao Ministério Público", acrescentou.

Vasco Brazão escreve que em "em breve" se vai apresentar à Justiça e que só ainda não o fez "por estar na República Centro Africana". "Nada mais quero que, rapidamente, esclarecer a verdade dos factos", explica.

Já na quinta-feira, o advogado Ricardo Sá Fernandes, que está a defender Vasco Brasão, tinha admitido que o cliente pretendia esclarecer os equívocos.

"Não houve a prática de nenhuns ilícitos da parte dele e das pessoas que ele comandou. Há um desfasamento entre instituições, mas nenhuma atividade criminosa", afirmou aos jornalistas Ricardo Sá Fernandes à porta do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa onde começaram a ser ouvidos oito detidos no âmbito da investigação ao aparecimento do armamento roubado em Tancos.

O major é um dos nove arguidos do inquérito. Há outros sete militares da PJM e da GNR e um civil que será o autor do roubo. É um ex-militar, referenciado por tráfico de armas e de drogas, que conduziu a GNR e a Polícia Judiciária Militar (PJM) às armas.

Jornal de Notícias | Na foto: Vasco Brazão - Facebook

Sem comentários:

Mais lidas da semana