O caso de Tancos - desaparecimento de armamento e munições,
bombas, granadas e o mais que há para os portugueses conhecerem, se divulgarem –
vai arrastar-se no tempo mas não na divulgação exata do que realmente
aconteceu. Palpite. Os portugueses sabem muito bem como são estas coisas dos “segredos
de Estado”. Ou seja: pagamos, não bufamos e somos a maior parte das vezes
enganados. E vai daí continuamos a pagar, sem bufar.
O “caso” tem por nome “Operação Húbris” que deriva
de um “conceito grego que
pode ser traduzido como "tudo que passa da medida; descomedimento" e
que atualmente alude a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunção, arrogância ou insolência
(originalmente contra os deuses), que com
frequência termina sendo punida”. Segundo pesquisa na Wikipédia.
Que “com frequência termina sendo punida”. A ver vamos. Mas há quem já se esteja a rir.
Em baixo podem ler sobre o militar arguido e líder da
investigação ao furto das armas (e não só). No JN podem ler sobre os envolvidos
que estão em prisão preventiva, um deles é o diretor da PJM, um militar de
carreira, presumivelmente…
O embróglio é grande e os “segredos” jamais verão a luz do
dia. Nem que a vaca tussa! Isso não é aqui dito por novidade mas sim por algum
conhecimento do que é ser militar e também porque sempre pareceu e dissemos
aqui no Página Global que a “história devia estar mal contada”. "Os militares também se enganam", devia ser um bom título para uma prosa. Ou até esta. Mais portugueses
assim consideram.
O “caso” decerto que é mais complicado do que aquilo que
soa. Seremos todos ouvidos, nem que nos passe um mangalho rés-vés. Porém,
saiba-se que nem todos são mancos… da cabeça. (MM | PG)
Operação Húbris | Militar arguido no caso de Tancos regressa
a Portugal "arrependido"
O antigo porta-voz da Polícia Judiciária Militar, e
principal investigador do assalto a Tancos, chega a Lisboa na próxima
terça-feira. Vasco Brazão liderou a investigação ao furto das armas.
"Não sou criminoso nem tão pouco os meus Camaradas de
Armas o são. Somos militares", escreveu o militar da PJM, numa publicação
do Facebook, na madrugada de sábado para domingo.
"Estou arrependido mas de consciência tranquila", escreveu no Facebook. "Como é que é possível esta
duplicidade de sentimentos? É o que irei procurar transmitir ao Ministério
Público", acrescentou.
Vasco Brazão escreve que em "em breve" se vai
apresentar à Justiça e que só ainda não o fez "por estar na República
Centro Africana". "Nada mais quero que, rapidamente, esclarecer a
verdade dos factos", explica.
Já na quinta-feira, o advogado Ricardo Sá Fernandes, que
está a defender Vasco Brasão, tinha admitido que o cliente pretendia esclarecer
os equívocos.
"Não houve a prática de nenhuns ilícitos da parte dele
e das pessoas que ele comandou. Há um desfasamento entre instituições, mas
nenhuma atividade criminosa", afirmou aos jornalistas Ricardo Sá Fernandes
à porta do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa onde começaram a ser
ouvidos oito detidos no âmbito da investigação ao aparecimento do armamento
roubado em Tancos.
O major é um dos nove arguidos do inquérito. Há outros sete
militares da PJM e da GNR e um civil que será o autor do roubo. É um ex-militar, referenciado por tráfico de armas e de
drogas, que conduziu a GNR e a Polícia Judiciária Militar (PJM) às armas.
Jornal de Notícias | Na foto: Vasco Brazão - Facebook
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