Nesta quinta-feira, os
trabalhadores da PSP, GNR, SEF, guardas prisionais, Polícia Marítima
e ASAE estão em Lisboa, num protesto nacional contra a
falta de efectivos e de investimentos necessários.
Os protestos foram
convocados pela Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e
Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança (CCP), que
congrega os sindicatos e associações sindicais mais representativos
do sector da segurança interna.
De momento está a
decorrer a vígilia dos guardas prisionais, junto à
residência ofical do primeiro-minitro, no contexto da greve nacional de
três dias, estando a «manifestação nacional de protesto» conjunta marcada para
as 17h, da Praça do Comércio à Assembleia da República.
César Nogueira, presidente da
Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) e secretário nacional da CCP,
afirmou à Lusa que a manifestação «é aberta a todos os
polícias», devendo por isso estar presentes no protesto outras estruturas que
não fazem parte da CCP.
César Nogueira adiantou que em
comum os polícias protestam contra a falta de efectivos e de investimentos nas
instituições policiais, além de estarem desagradados com a proposta do
Orçamento do Estado para 2019, que não contempla a valorização das carreiras e
a consagração da profissão de desgaste rápido.
O secretário nacional da CCP
considerou também que o próximo orçamento não prevê «investimentos visíveis em
meios humanos e materiais, promovendo instituições policiais envelhecidas e
a trabalhar no limite». Algo evidente na PSP, onde a idade
média é de 47 anos.
Sobre esta matéria, no
estudo recentemente publicado de Miguel Rodrigues, Os Polícias não choram,
é apontado que, nos últimos 19 anos, a taxa de suicídios na PSP e GNR esteve perto do dobro da média
nacional, um total de 143 casos, afectando sobretudo os elementos da base
(agente/guarda).
Fazem parte da CCP a Associação
dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), Associação Sindical dos Profissionais da
Polícia (ASPP/PSP), Associação Socioprofissional da Polícia Marítima, Sindicato
da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e
Fronteiras, Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional e Associação
Sindical dos Funcionários da ASAE.
AbrilAbril com agência Lusa
Foto: Sena Goulão/Lusa
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