quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Angola | Cooperação chinesa

Segundo um “site” nas redes sociais, “as comunidades das aldeias do Sachitemo, Capunda e Pungua, no município de Tchicala Tcholoanga, na província do Huambo, aguardam, há mais de um ano, por uma decisão judicial sobre o processo que moveram contra a empresa chinesa Jiangzhou Agriculture, Lda. por expropriação das suas terras comunitárias”. 

Não sou contra a cooperação de Angola com a China, mas as crescentes queixas e denúncias do comportamento de chineses à frente de pequenos, médios e grandes empreendimentos começam a tornar-se preocupantes. Às vezes, pergunto-me até que ponto as nossas autoridades acompanham e procuram certificar-se de denúncias sobre a presença de embarcações ilegais chinesas no nosso mar. Até que ponto estamos a ser devidamente rigorosos com o envolvimento de empresas chinesas no abate de árvores, em quantidades industriais que, em determinadas áreas, representa já um atentado ao meio ambiente? 

A cooperação com a China deve ser boa e mutuamente vantajosa, mas vejo que há uma parte que fica em desvantagem. Não podemos assistir a excessos em empreendimentos chineses, ora sobre atentados ao meio ambiente, ora sobre maus-tratos a trabalhadores angolanos, e simplesmente  ficar calado.

Jorge Bartolomeu, Menongue | Jornal de Angola, opinião

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