A crise económica, social e
política que a Venezuela enfrenta tem sido notícia na última semana, em
especial desde que Juan Guaidó se autoproclamou como Presidente interino do
país.
A Venezuela atravessa um momento
muito delicado, com o receio de uma guerra civil a assustar tanto os
venezuelanos como a comunidade internacional.
Face a esta situação e exigindo
eleições “livres e democráticas”, Juan Guaidó autoproclamou-se como Presidente
interino do país, contando com o apoio de vários países, incluindo da União
Europeia. A título individual, Portugal mostrou-se, esta segunda-feira,
ao lado de Guaidó, reconhecendo-o como Presidente interino.
Esta posição não agradou a
Alfredo Barroso que acusa a “União Europeia, Portugal incluso, de abrir
contra a Venezuela um gravíssimo precedente e violar o Direito Internacional”.
Numa publicação feita na sua
página de Facebook, um dos fundadores do Partido Socialista escreve que a
posição assumida pelo Governo, na pessoa do ministro dos Negócios Estrangeiros,
mostra que “afinal a ‘frivolidade política’ não é uma característica
exclusiva do irresponsável Presidente da República que temos”, pois a
mesma “já se alastrou ao Governo, ao ministro dos Negócios Estrangeiros
Augusto Santos Silva (o ‘Suslov’ do pior PS que temos) e ao primeiro-ministro
António Costa, na sua irresistível caminhada para a Direita, atraído pela
lógica do ‘bloco central’”.
As críticas de Alfredo Barroso
chegam também além-fronteiras, uma vez que acusa a União Europeia de ser
“seguidista” e de estar “intimidada pelo ‘louco furioso’ que preside aos
Estados Unidos da América”.
“Terá toda esta ‘tropa fandanga’
coragem para fazer idêntico ultimato à República Popular da China, à Coreia do
Norte, à Turquia, às Filipinas, à Arábia Saudita, à Hungria, à Polónia, ao
Brasil e a todas as ditaduras e ‘democraduras’ que, infelizmente, ainda
subsistem por esse mundo fora?”, questiona em jeito de conclusão.
Patrícia Martins Carvalho | Notícias
ao Minuto | Foto: Facebook / Alfredo Barroso
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