Os
EUA tencionam criar uma "OTAN global" para garantir apoio à sua
política a nível mundial, acredita Pierre-Emmanuel Thomann, chefe do centro dos
estudos geopolíticos Eurocontinent.
Ele
comentou à Sputnik a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, que
admitiu a possibilidade de "incluir o Brasil como um grande aliado
extra-OTAN, ou até mesmo começar a cogitar sua integração na OTAN".
Esse
status permitiria ao Brasil efetuar desenvolvimentos e pesquisas conjuntas com
o Pentágono, participar de programas antiterroristas e de treinamentos
conjuntos de militares, exportar equipamento espacial e assim por diante.
"Tradicionalmente
os EUA tentam fazer com que a OTAN se torne um bloco militar e político global,
cujos membros apoiem a política e as prioridades dos EUA a nível
mundial", notou o especialista.
"Porém,
os membros europeus da aliança, por seu lado, sempre demonstraram contenção
relativamente a serem envolvidos nos interesses geopolíticos dos EUA em outras
regiões do mundo, considerando que a OTAN visa garantir a segurança na
Europa", adicionou.
O
analista recordou que, não obstante os países da OTAN, sob pressão de
Washington, terem concordado com o envolvimento da aliança no conflito na
Líbia, inicialmente eles não apoiavam essa necessidade.
"A
questão da adesão do Brasil à OTAN não está na agenda. Os europeus não vão
querer serem envolvidos na proteção de um país na América Latina, especialmente
no contexto geopolítico atual", ressaltou Thomann.
Sputnik
| Foto: © REUTERS / Ints Kalnins
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