NOVO PASSO NA ESCALADA DA
AGRESSÃO
Os ciberataques contra o sistema
eléctrico da Venezuela constituem um novo passo na guerra suja contra o governo
bolivariano. Eles mostram que o imperialismo não olha a meios quando quer impor
uma mudança de regime. Com o acto terrorista de ontem conseguiu atingir milhões
de pessoas em 18 estados do país. A paralização da quarta maior central
hidroeléctrica do mundo, Guri, e o incêndio da subestação Sidor, no estado de
Bolivar, foram meticulosamente preparados pela CIA, a NDA e outras agências do
governo dos EUA.
A mão do imperialismo sequer é ocultada: Marco Rubio, senador da Florida, tuitou o apagão minutos após o seu início. Como sabia? Também tuitou que os geradores de back-up do Aeroporto de Caracas foram sabotados antes de esta informação ter sido divulgada.
Neste enfrentamento com o império trumpiano e seus agentes internos (como Guaidó), só com a adopção de medidas muitíssimo firmes o governo bolivariano poderá ter êxito. Uma revolução que não se defende é uma revolução morta.
MOMENTO DEFINIDOR: O FIM DA
REVOLUÇÃO BOLIVARIANA
Em 4 de Março de 2019, foi o
grande momento definidor da chamada Revolução Bolivariana. Pode-se afirmar
desde já que ela está liquidada.
O governo Maduro não prendeu o agente Guaidó, da NED-CIA, no seu retorno à Venezuela. Esta pusilanimidade é um sinal gritante de fraqueza do governo venezuelano. Tristemente, verifica-se que ele nem teve força para fazer cumprir as leis do país, pois há motivos mais que suficientes para justificar a detenção do referido indivíduo.
Pouco importa as declarações vacilantes da vice-presidente Delcy Rodrigues a dizer que o governo "avalia acções legais sobre Juan Guaidó" , como se a prisão deste agente do imperialismo formado na escola da Otpor fosse uma simples questão jurídica.
Na verdade a não-prisão de Guaidó marca o começo do fim da Revolução Bolivariana, sem honra nem glória. A dita Revolução Bollivariana constitui uma variante da chamada "terceira via" entre o capitalismo e o socialismo e o seu fracasso anunciado confirma que não pode haver terceiras vias.
Registe-se o magote de embaixadores ocidentais arrebanhados pelo imperialismo que se prestou a receber o sr. Guaidó no aeroporto, tal como um escudo humano.
O SERVILISMO DO GOVERNO PORTUGUÊS
A primeira consequência do servilismo do governo português – que reconheceu o agente Guaidó dos EUA como "presidente" da Venezuela – já se manifestou. O escritório europeu da empresa venezuelana de petróleo (PDVSA) – que era em Lisboa– agora foi transferido para Moscovo.
Para o governo de António Costa, os ditames trumpianos e da UE sobrepõem-se aos interesse nacionais – mesmo que isso possa atingir os emigrantes portugueses na Venezuela e os interesses da Galp naquele país.
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